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Artigo sobre o Livro Primo Levi

Por:   •  27/11/2015  •  Artigo  •  899 Palavras (4 Páginas)  •  359 Visualizações

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Formação de Professores

Sociologia da Educação

Artigo sobre o livro “É isto um homem?”

VITOR RIAN ALVAREZ

História 2015.1

 Adir Luz

São Gonçalo RJ

 2015

Desumanos: Alemães e Judeus Desumanizados

No livro “É isto um homem” de Primo Levi vemos a história do autor dentro de um campo de concentração Nazista e como funciona as rotinas dentro do campo. Levi era um italiano que tentou criar um pequeno grupo de resistência anti-nazista e foi pego pela milícia nazista.

No texto são apresentados exemplos claros de desumanização, apesar de para Marx o conceito desumanização tem a ver com a supervalorização do capital em detrimento ao ser humano que não tem o capital. Nos campos nazistas essa desumanização está relacionada ao pensamento da raça pura e de que todos os outros são inferiores, tanto que os bandidos arianos ainda estão acima de todo e qualquer Judeu e por isso são geralmente chamados para chefiar os blocos dentro do campo. A Desumanização dentro do campo é extrema, e é feita de uma forma que tira todas as suas esperanças e (quase toda) felicidade, é uma espécie de Dementador[1].

A violência é feita de forma física e psicológica, trabalhada em conjunto com a fome, pois os “trabalhadores” são alimentados simplesmente para que não morram e nunca para serem saciados. E um trabalhador fragilizado era mais fácil de controlar, pois ele só conseguia pensar na sua fome, fazendo que pensamentos mais complexos desapareçam, minguando os sonhos a uma simples refeição. Devida a essa alimentação frágil começou a surgir um mercado negro de produtos, uma modelo de trocas que relembra ao mediterrâneo antigo, e obviamente com um câmbio variável, fazendo valer a Lei da Oferta e da Procura. Se estar frio o valor de uma blusa (que pode ser usada para esquentar os pés) aumenta bruscamente. Quando se entra no campo, não se tem nada, então precisa negociar algo em troca de uma colher, só assim conseguirá comer a sopa. Os objetos negociados geralmente são frutos de sobras(ou não, muitas vezes a necessidade de se ter um objeto em especifico faz com que se abra mão do pão que o alimenta para conseguir um casaco que o aqueça por exemplo) do negociante ou fruto de algum furto com algum novato que não tenha pego a dinâmica do campo.

Os Kapos são a pura demonstração de Alienação, são prisioneiros elevados a um posto privilegiado de comando, portanto eles se alimentavam melhor , tinham um trabalho de comando, de certa forma administrativo ou seja não tinham que “pegar no pesado” e ainda agrediam todos aqueles que desobedeciam as regras do campo (Regras que aliás, ninguém quando chegava sabia e também não podiam perguntar delas, pois uma das regras era de que ninguém podia perguntar nada, fazendo que ao chegar no campo já começasse o processo de desumanização) . Os Kapos são alienados pois pensam ser SS[2], porém não estão no mesmo nível, ao contrário, são prisioneiros e tem que estar à disposição do SS da mesma maneira que os trabalhadores.  A diferença é que uma estrutura de Luta de classes é criada dentro dos próprios escravos com o objetivo de dividir, assim diminuir as chances de revolta. Criando um Grupo privilegiado que detém o poder “legal” de coerção seja ela pela forção ou não, então é criada uma antipatia entre os grupos (Kapos e aliados VS Resto dos desumanizados) e assim diminuindo o trabalho do SS.

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