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CONSCIÊNCIA HUMANA E FILOSÓFICA

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Por:   •  21/8/2014  •  2.807 Palavras (12 Páginas)  •  1.959 Visualizações

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CONSCIÊNCIA HUMANA E FILOSÓFICA

Adriana Nascimento dos Santos

Ângela Ediliane Figueiro Moreira

Carla Noll Cruz

Daiane dos Santos Chaves Dutra

Simone da Silva e Silva

Prof. ª Nathalie Schneider

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (PED 1010) – Prática Módulo 1

13/06/14

RESUMO

O ser humano desde sempre busca definir a palavra consciência, que é a capacidade mental que permite-nos o saber, de alguma forma. Esta busca resultou em diferentes abordagens sobre a consciência humana, como por exemplo, a psicologia que acredita que a consciência é um conjunto de fenômenos e dados psíquicos verbalizados reflexamente. Já a sociologia retrata que a consciência é conformidade de idéias, que caracteriza os membros de um grupo social. Contudo, a consciência filosófica busca a compreensão dos fatos em sua totalidade, englobando tanto a perspectiva social, como a psíquica e as demais ciências passíveis de aplicação. Através do desenvolvimento da consciência humana, sob perspectiva filosófica, foi possível compreender a formação da consciência humana e seus diferentes tipos, utilizando abordagens diversificadas, destacando-se: a consciência mítica e religiosa, marcadas pela falta de criticidade, tendo por base a fé no sobrenatural. Em contrapartida, as consciências racional e crítica, buscam a compreensão da realidade por meio de princípios racionais, como também através da lógica e critérios intelectuais. Para tanto, foram estabelecidos critérios metodológicos de pesquisa, optando-se por multiplicidade de autores e fontes concretas para o desenvolvimento do mesmo. Pode-se então afirmar, que o homem ao longo do tempo, busca incansavelmente a capacidade de compreender a realidade na qual se encontra, permitindo-se transitar livremente pelos níveis de consciência que lhe são dispostos.

Palavras-chave: Consciência. Filosofia. Humana

1 INTRODUÇÃO

Nada caracteriza melhor o ser humano do que a consciência, capacidade mental que nos permite estar no mundo, com algum saber. Diversas ciências procuraram dar significados a palavra consciência, mas foi principalmente com a filosofia, a psicologia e a sociologia que foi possível uma melhor reflexão e entendimento sobre o tema. Para a psicologia o ser humano precisa ser compreendido como indivíduo, desta maneira a consciência é entendida como um conjunto de fenômenos e dados psíquicos que a pessoa é capaz de verbalizar reflexamente. A sociologia procura estudar o homem mediante as relações sociais e o meio. Este olhar relacionado com o social é “[...] conformidade de ideias, ações que caracterizam os componentes de determinado grupo ou sociedade”. (OLIVEIRA, 2000, p. 236).

A filosofia, por sua vez, procura investigar os fatos em sua profundidade e compreendê-los na sua totalidade. A consciência se manifesta através do psicológico e do social, não podendo assim ser compreendida isoladamente. Desta forma a consciência humana tem a capacidade de prever, e/ou planejar as próprias atividades, refletir sobre as mesmas e depois analisar e examinar resultados, através de planos ou ideais teóricos ou práticos, ou seja, um planejamento e também uma reflexão. A filosofia desenvolve nas pessoas, a capacidade de refletir e de julgar os fatos, analisando aqueles que melhor correspondem a sua consciência. O presente trabalho tem como objetivo compreender a formação da consciência humana e filosófica seus diferentes tipos, utilizando abordagens diversificadas, tendo como base concreta de pesquisa, a literatura que encontra-se nas referências. Segundo Descartes, e seu princípio “penso, logo existo” a consciência surge como fundamento para todo o conhecimento, através dela sabe-se que, existe, e sim que se é uma coisa pensante, uma alma separada do corpo. Isto significa que temos certeza de nossa existência depois de pensar. Com o passar dos anos, e do desenvolvimento humano foi possível identificar algumas formas de consciência, dentre elas: Consciência Mítica, Consciência Religiosa, Consciência Racional e Consciência Crítica.

2 CONSCIÊNCIA MÍTICA

A filosofia, desde o seu aparecimento, estabeleceu uma relação de amizade e de confronto com o mito. Sendo a consciência mítica uma consciência comunitária, o homem primitivo desempenha papéis que o distanciam da percepção de si como sujeito propriamente dito. Não é ele que comanda sua ação, já que sua experiência não se separa da experiência da comunidade, mas se faz por meio dela. Este tipo de consciência é marcado pela falta de criticidade, em que o indivíduo não se reconhece em si, mas como parte do grupo. Como diz Gusdorf, (apud, ARANHA; MARTINS 1999, p. 57), “a primeira consciência pessoal está, portanto, presa na massa comunitária e nela submergida. Mas esta consciência dependente e relativa não é uma ausência de consciência: é uma consciência em situação extrínseca e não intrínseca, a individualidade aparecendo então como um nó no tecido complexo das relações sociais. E o eu se afirma pelos outros, isto é, ele não é pessoa, mas personagem”.

A contribuição dos antropólogos que, no início do século, desenvolveram contatos diretos com tribos das ilhas do Pacifico, da África e do interior do Brasil, mostram que o mito vivo é muito mais rico, do que quando apenas ouvimos seu relato, o mito surge como verdade. A verdade do mito não se refere às explicações racionais, nem pelas argumentações e provas exigidas, mas pela verdade que é intuída, percebida espontaneamente, sem comprovações. O critério de adesão não é a evidencia racional, mas a realidade vívida, das emoções e afetividade. Sua função não é explicar a realidade, mas tranquilizá-lo em um mundo assustador. O mito é, portanto, uma intuição da realidade compreendida, isto é, uma forma espontânea do homem situar-se no mundo. Após o surgimento da escrita, acontece a passagem para o pensamento reflexivo com a conseqüente quebra da unidade do mito. A nova forma de compreensão do mundo retira do pensamento e da ação o caráter de sobrenaturalidade, fazendo surgir à filosofia, a ciência, a técnica e a religião.

Augusto Comte, (apud, ARANHA; MARTINS 1999, p. 58) filósofo francês do século

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