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Cidade Antiga

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Por:   •  3/12/2013  •  2.062 Palavras (9 Páginas)  •  476 Visualizações

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No livro "A cidade Antiga" Fustel de Coulanges estuda as instituições e mentalidades do povo Grego e Romano, demonstrando a base dessa sociedade dada pela religião primitiva. O autor resalta que o principal problema da sociedade moderna quando se estuda as crenças dos povos antigos é o hábito de querer comparar a antiguidade greco-romana com os dias atuais; para Fustel é preciso estudar os povos antigos sem pensar em nós, para não haver influencia em nossos pensamentos, pois o homem de hoje não pensa mais da mesma forma que pensava á vinte e cinco séculos atrás. Em primeiro lugar é preciso que se estude a crença desses povos buscando as raízes de um passado bem longínquo como se o presente não existisse, tentar encontrar as raízes das crenças e como elas se formaram ao longo dos tempos. Na história da Grécia e de Roma, as crenças exerceram seu império sobre o homem por muitas e muitas gerações, um conjunto de pensamentos e costumes e os principais princípios a respeito da própria natureza, da alma e sobre o mistério da morte. Eles acreditavam que a morte era uma mudança de vida, durante essa segunda existência a alma continuava unida ao corpo dentro da sepultura que para eles, sem a sepultura, a alma era miserável, e que pela sepultura tornava-se feliz, sendo assim acreditavam que quando colocavam um corpo na sepultura acreditavam enterrar algo vivo. De acordo com essas crença os mortos eram considerados criaturas sagradas, tinham por eles toda a veneração para eles cada morto era um deus. Por isso era preciso seguir todo um ritual visando a felicidade da alma do morto, depositando junto aos mortos corpo objetos que supunham ser-lhe necessários, como vestidos, e ate mesmo alimentos, para que a alma do morto nao aparecesse aos vivos. Acredita-se que a religião os mortos é a mais antiga entre os homens, levando o homen a acreditar nas coisas sobrenaturais, naquilo que eles não viam com os olhos. Juntamente com a crença aos mortos existia também a crença do fogo sagrado. Essa crença dizia que em toda do grgo e do Romano deveria haver um altar com o fogo acesso, esse fogo representava os mortos, os antepassados, os deuses da família, e se esse fogo se extinguisse o deus deixaria de existir. Esse fogo era um ser divino dotado de conciência,, que preservava pela segurança da família, por isso era tão importante que permanecesse acesso, pois uma vez apagado a família estaria desprotegida. Para os gregos e os romanos a religião era puramente doméstica. Só participava do culto pessoas da mesma família. Nenhum estranho poderia ver o fogo sagrado e nem chegar pertos dos tumulos dos antepassados. Cabia ao pai velar pelos antepassados e pela família, além de cuidar do cullto doméstico. O culto doméstico passou sempre de homem para homem; a mulher, dele não participava senão por intermédio do pai ou do marido, depois que estes morriam, a mulher não tomava a mesma parte que o homem no culto e cerimônias do banquete fúnebre. Essa religião era inteiramente da família, por isso o culto só poderia ser assistido por esta, cada família tinha seus deuses, cada deus protegia apenas a uma família pois era deus apenas de uma casa. LIVRO SEGUNDO A FAMÍLIA A religiao foi o principio constitutivo da família, pois era através da religião do fogo sagrado e dos antepassados, que a família formava um só corpo nesta e na vida após a morte. Sendo assim pode-se dizer que foi a religião que deu regras a família, determinando quem era permitido invocar e a quem deveria oferecer os banquetes funebres aos mesmos antepassados. A religião também estabeleceu as regras do casamento, onde quando um rapaz pedia a mão da moça em casamento, para moça isso era muito importante pois ela nao ia somente passar de uma casa para outra, mas sim trocar de religião, abandonar seus deuses paterno, os deuses de sua infância, para invocar daí por diante aos deuses do seu esposo. Pois de acordo com os principios fundamentais dessa religião uma pessoa não pode invocar dois lares, nem duas séries de antepassados ao mesmo tempo. A partir do casamento, a mulher não tem mais nada em comum com a religião doméstica dos pais dela passando assim a sacrificar aos manes do marido. Na cerimonia do casamento é realizados alguns rituais sagrados para que a moça se desligue de sua família, e que se acenda o fogo no lar, para que o rapaz possa dar continuidade aos seus antepassado fazendo nascer assim um nova família, por conta de todo esse ritual o casamento era considerado uma cerimônia sagrada por excelência. Quando se fala em divorcio os direitos não era igual para ambos os lados, a mulher jamais poderia pedir o divórcio, já o marido poderia pedir. Como era muito importante que se tivesse filhos para dar continuidade a família, quando a mulher era esteril, o marido podia se divorciar, para dar continuidade ao culto da família, e assim se casar de novo para poder ter filhos, já se o marido fosse estéril, a mulher era impedida de se divorciar, o irmão do marido ou parente do marido devia substituí-lo, a criança nascida dessa união era considerada filha do marido, e continuava seu culto. A melher não tinha direitos na antiga religião tanto que o nascimento de uma menina não supria os objetivos de uma familia, pois somente o menino poderia dar continuidade a familia, somente quando o menino nascia é que os objetivos do casamento eram saciados. Quando se nascia um filho onde a mulher não se havia unido ao esposo pela cerimônia do casamento religiosa, era considerado bastardo e não tinha direito a herança da família e muito menos dar continuidade ao culto aos antepassados. Quando ocorria de uma família não conseguir ter filhos homen era dado o direito de adoção para velar pela continuidade da religião doméstica, sendo asssim o filho adotivo precisava passar por uma cerimonia para fazer parte da família. Para um filho se emancipar ele tinha que renegar aos deudes de seu pai, e a partir de então não era mais membro da família, onde nascera, nem pela religião, nem pelo direito, agora ele pertencia e deveria adorar os deuses e os antepassados da família adotiva. Para os antigos não era pelo nascimento, mas pelo culto que se reconhecia verdadeiramente os parentes por agnação, ou seja só poderia prestar oferendas aos deuses aqueles que através de uma cerimônia religiosa fazia parte da família. Como cada família tinha seu lar e seus antepassados, o altar do lar uma vez colocado sobre a terra e construído, não deve mudar mais de lugar. Assim o lar toma posse da terra; essa parte da terra torna-se sua, é sua propriedade, não somente de um homem, mas de toda a sua família. Esse pedaço de terra será passado para os seus descendentes juntamente com o fogo sagrado, sendo assim quando o pai morre será o filho que terá o dever e o direito de continuar com o culto, nunca a filha. O testamento a principio

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