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Cidade antiga de Fustel de Coulanges

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Por:   •  16/4/2014  •  Tese  •  3.184 Palavras (13 Páginas)  •  538 Visualizações

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A Cidade Antiga

Fustel de Coulanges

Em “A Cidade Antiga” de Fustel de Coulanges, como o próprio prefácio expõem, o autor buscou “demonstrar os princípios e regras que governaram as sociedades grega e romana” por acreditar que estas possuíam a origem de suas instituições comuns, e que atravessaram uma série de revoluções semelhantes. Além de que, para ele, a Grécia e Roma “apresentam-se-nos com um caráter absolutamente inimitável” divergindo de tudo que é moderno, pois a forma de pensar do homem não é a mesma que há vinte e cinco séculos, e é por isso e que as instituições sociais não são originadas e governadas como outrora.

O autor faz a divisão da obra em cinco livros, onde cada livro é subdividido em capítulos. A divisão do livro é dada da seguinte forma: o primeiro livro se chama “Crenças Antigas”, o segundo “A Família”, o terceiro “A cidade”, o quarto “As revoluções” e o quinto “Desaparece o regime municipal”. Em continuidade ao proposto em sala de aula, faremos alguns apontamentos, de forma resumida, apenas do livro terceiro – “A Cidade”.

Livro Terceiro – A Cidade

Capítulo I: A Fratria e a Cúria. A tribo

Cada família tinha seus deuses, o homem não concebia nem adorava senão uma divindade domestica. A religião doméstica proibia que duas famílias se unissem e confundirem-se. Mas era possível que várias famílias se unissem para celebração de um culto que lhes fosse comum,

daí surgi a fatria na língua grega e cúria na latina.

Toda fratria e cúria possuíam seu altar e seus deuses protetores, culto religiosos que conservavam sua peculiaridade. Seus banquetes fúnebres, orações. Para se tornar parte de uma fratria, era indispensável ter nascido do casamento entre as pessoas que a compunham, a sua admissão na fratria se fazia através de ato religioso, e passava a ter um vínculo indissolúvel.

A tribo promulgava seus decretos, possuía um tribunal de jurisdição sobre seus membros e acima dela não havia nenhum poder. A sociedade cresceu sobre esse sistema, as fratrias e cúrias se agruparam dando origem as tribos, essa por sua vez também estabeleceu sua religião, com seu altar e sua divindade protetora, essa divindade normalmente era da mesma natureza da fratria ou da família.

Capítulo II: Novas Crenças Religiosas

1.° Os Deuses da Natureza Física

A religião antiga, primeiro tomou seus deuses com sendo da alma humana, o culto aos antepassados, e a segunda veio os deuses de natureza física, os fenômenos da natureza.

Isso não o levou a concepção de um Deus único, por se tratar de natureza, ignoravam a Terra , o Sol e os Astros (planetas), porém para o solo, a árvore, a nuvem, as águas dos rios, o sol e outros, passaram a olhar como deuses lhes dirigindo preces e adorações. Essas duas religiões não tiveram entre si algo em comum. Qual dessas

religiões foi a primeira a aparecer? Não saberíamos responder, nem saberíamos afirmar que uma tenha sido anterior a outra.

2.° A Relação Dessa Religião com o Desenvolvimento da Sociedade Humana

A religião natural surgiu de diferentes pensamentos como consequência de sua força natural. Na medida em que foi se desenvolvendo a sociedade cresceu, o fogo sagrado deixou de ser uma divindade e passou a ser o altar de sacrifícios dos Deuses e ficava no interior dos templos. Essa nova religião atuava num campo mais amplo e como consequência surge uma nova moral, que não se limitava a ensinar os deveres de família. Tendo – se dado que essas crenças apareceram quando se viviam no Estado de família, esses deuses eram considerados demônios. Aconteceu que com o passar do tempo esses deuses passaram a ser adorados pelas famílias e logo toda cidade passou a adorá-los.

Capítulo III: Forma-se a Cidade

A religião subsistiu em pequenos cultos que dos quais se estabeleceu o culto comum, já politicamente continuou a funcionar pequenos governos que em cima dos quais se levantou o governo comum. A cidade era uma confederação e por isso durante muitos séculos respeitou a independência religiosa e civil das fratrias cúrias e famílias.

As tribos se associaram entre si com a condição de o culto de cada uma delas fosse respeitado, essa aliança nasceu a cidade. A concepção religiosa foi entre os antigos a inspiração

para organização das sociedades. A religião foi um fator determinante na formação das cidades, os homens à medida que a para eles uma divindade em comum, vão se associando em grupos cada vez maiores conforme as regras aplicadas nas famílias e sucessivamente nas fratrias cúrias e cidades.

Capítulo IV: A Cidade

Quando as tribos decidiam se unir e terem o mesmo culto, era necessário fundar a Urbe, lembrando que “cidade” e “urbe” não eram palavras sinônimas no mundo antigo, para representar o santuário do culto comum, assim a fundação da Urbe foi era sempre um ato religioso. Cidade era a associação religiosa e política das famílias e tribos, Urbe era o santuário dessa sociedade.

O primeiro cuidado fundador era escolher o local da nova cidade, essa escolha sempre fica entregue a decisão dos deuses. Chegado o dia da fundação primeiramente é oferecido um sacrifício, após a cerimônia cava-se um pequeno fosso e lança o torrão de terra trazido da cidade anterior, a religião proibia deixar a terra onde os antepassados repousavam, com esse ato julgavam trazer para ali a alma dos seus ancestrais da antiga pátria. Acende-se o fogo e ao redor desse ergue-se a cidade.

Como os deuses sempre estavam ligados a cidade, o povo jamais devia deixa-la. Havia um acordo entre deuses e homens, todas as cidades foram construídas para serem eternas. Esses costumes nos mostra como foi a urbe, dentro dos limites

sagrados, ao redor do altar, a cidade foi domicílio religioso que abrigava os deuses e acolhia os homens da cidade.

Capítulo V: O Culto do Fundador: A lenda de Enéias

Consideram Enéias, o fundador de Roma. O fundador era o homem que realizava o culto religioso, sem o qual a cidade não podia se estabelecer. Pode-se imaginar o respeito que as pessoas tinham por esse homem, pois era o pai da cidade. Depois de morto era cultuado como um deus e passava ser um antepassado comum para todas as pessoas da cidade. Na destruição de Tróia, graças a Enéias o

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