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A Cidade Antiga - Fustel De Coulanges - O Fogo Sagrado Resumo

Artigo: A Cidade Antiga - Fustel De Coulanges - O Fogo Sagrado Resumo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/10/2014  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  1.539 Visualizações

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A cidade antiga – Fustel de Coulanges

O fogo sagrado

Resumo

O culto do fogo sagrado era simples tendo como a primeira regra manter-se continuamente sobre o altar alguns carvões acesos para que o fogo não se extinguisse e como consequência o deus morresse. O altar ao fogo era a marca da casa grega ou romana.

Como sacerdote do culto, o chefe da casa, tinha a obrigação de manter o fogo aceso dia e noite pois sabia que a maior das infelicidades era ter o seu fogo extinguido. O fogo só se extinguia quando se extinguisse toda a família; fogo e família para gregos e romanos era uma expressão sinônima.

Ao fogo era ofertado tudo o que era agradável a um deus, preces eram oferecida antes e depois da refeições, as primícias dos alimentos lhe eram oferecidas, libações eram feitas, ninguém duvidava de sua presença. A semelhança do deus com o homem era evidente na sua avidez de honra e respeito como também de alimentos e bebidas. Pediam sua proteção, dirigiam-lhe preces para obter os eternos objetos do desejo humano como saúde, riqueza, felicidade. Consideravam-no um deus benfazejo, rico, forte, protetor. O fogo era a providencia da família, um deus tutelar. Mas o fogo não presidia apenas o plano material da vida humana, a ele pediam-se também pureza de coração, temperança e sabedoria - “Torna-nos ricos e prósperos – diz um hino órfico – torna-nos também sábios e castos. O fogo sagrado brilha e aquece mas também tem um pensamento, uma consciência; uma consciência dos deveres e que vela para que sejam cumpridos, tem sentimentos e afetos, ordena o bem e o mal e alimenta a alma.

A antiguidade dessas crenças e costumes é facilmente observada pela ocorrência simultânea entre os homens das margens do mediterrâneo e os entre os povos da península indiana. O Rigveda (Livro dos Hinos hindu) contem grande numero de hinos que são dirigidos ao fogo (Agni) e que repetem os clamores dos gregos e romanos ao deus.

Esses povos adoradores do fogo em época remotíssima viveram juntos na Ásia central quando ainda não eram nem gregos, nem romanos, nem hindus, chamavam-se arias. Quando se separaram levaram consigo essas crenças e ritos, que haviam concebido no berço comum de suas raças. O fogo era tão importante que mesmo após o surgimento dos outros deuses como Zeus, Jano ou Brama a ele sempre ofereciam a primeira prece.

O tempo mudou a forma dos ritos ao fogo sagrado, seu altar tomou nova forma, chamando-se “estia”, Vesta era sua Deusa. O tempo transformou o culto mas nunca conseguiu destruir as origens dessa crença primitiva, tanto que vemos Ovidio afirmando que Vesta não era mais do que uma chama “viva”.

Certo é que as gerações antigas que deram origem a gregos e romanos não tiravam seus deuses da natureza física mas do próprio homem, adorando o ser invisível que há em nós, força moral e pensadora que anima e governa o corpo. Essa adoração enraizou-se profundamente nas entranhas dessas raças que nem mesmo a brilhante religião do Olimpo foi forte para arrancá-la, sendo necessário para isso o advento do Cristianismo.

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