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Ciencia Colonial

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Por:   •  9/7/2014  •  577 Palavras (3 Páginas)  •  243 Visualizações

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O artigo dá destaque à viagem filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira, entre 1783 a 1792. Esta encontra-se inserida num processo de conhecimento e exploração do território, sendo uma sistematização de informações relativas à população e recursos naturais. O trabalho centrou-se nas enfermidades da população e a sua preocupação com as condições de alimentação e saneamento, o registo das principais doenças e formas de cura por parte dos habitantes. Escreveu sobre as causas das doenças sendo elas a qualidade dos alimentos e as condições de higiene, referindo a prática de enterrar cadáveres nas igrejas que seria prejudicial para a saúde da população.

As informações acerca das enfermidades foram da responsabilidade de António José de Araújo Braga, cirurgião formado em Coimbra, atendendo à solicitação do naturalista. Aqui colocamos uma passagem da carta que foi enviada.

Então António José de Araújo Braga identifica as enfermidades mais comuns observadas nas populações: sarnas, pústulas, tosses convulsivas, cólera e febres. E para além disso também identifica as principais causas das mesmas que seriam a má vida que levavam sempre ocupados por trabalhos violentos, a má alimentação (visto que a maior parte só comia farinha e peixe estragado) e a exposição ao meio ambiente.

Para além disso ainda se refere à higiene pública (fala de talhos onde o sangue fica estagnado e as vísceras dos animais mortos são colocadas no meio da rua) e também da assistência médica. Em relação à assistência médica, António José Braga apercebeu-se que prevalecia a actuação dos empíricos que se consideravam árbitros da vida e a sua aprovação vinha da ingenuidade da população. Apesar de não concordar com este facto, António José Braga afirma que “a necessidade não tem lei e onde não há médico, nem cirurgião, melhor é sujeitar o enfermo ao curativo dos enfermeiros, que têm uma conhecida prática” e acabava por valorizar os conhecimentos dos empíricos pois estes eram possuidores de informações acerca das propriedades curativas das plantas. Assim ele acaba por descrever essas mesmas propriedades com o intuito de serem utilizadas posteriormente em Portugal. Isto tomava grande importância não só para os médicos e cirurgiões mas também para as populações que não tinham acesso a farmácias ou onde os medicamentos já vinham estragados.

Em relação à viagem de Alexandre Rodrigues Ferreira foram realizados estudos onde se referiram alguns limites da mesma. Por um lado, os resultados da viagem filosófica não perduraram no tempo, ou seja, eram efémeros. Por outro lado, o Estado não conseguiu aplicar os conhecimentos adquiridos pela viagem nas questões politicas e administrativas de Portugal.

A pesar destes limites, é impossível não dar destaque à importância e simbologia que a viagem adquiriu, no sentido em que o conhecimento médico assumiu um papel central na América portuguesa no séc. XVIII. O conhecimento das enfermidades encontrava-se no campo do interesse do governo português para promover a conservação da “saúde dos povos”.

Como conclusão retiramos um excerto do artigo que diz ““.. a medicina desempenhou papel significativo para outras ciências, na constituição de informações sobre a América portuguesa. A renovação do conhecimento, forjada pela reforma do ensino da Universidade de Coimbra,

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