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Consiencia Negra

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Por:   •  10/6/2013  •  3.437 Palavras (14 Páginas)  •  553 Visualizações

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A INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRICANA NA FORMAÇÃO DA CULTURA BAIANA .

.1 INTRODUÇÃO

A Bahia apresenta constantes e diversas manifestações culturais com tradições e raízes africanas que estiveram presentes e foram dinamicamente construídas ao longo da formação do povo brasileiro. São blocos de axé, blocos afro, de pagode, de forró que intensificam a mistura e as matrizes africanas, um dos exemplos que podem destacar a presença africana na Bahia é o carnaval, pois compõe ritmos, religiosidade, risistência a escravidão, dança, vestimentas, adereços e uma infinidade de expressões trazidas e reconstruídas no decorrer da nossa história.

A questão da identidade racial, desde uma perspectiva antropológica e sociológica é ainda uma faceta polêmica e geradora de tensões e contradições. Mas ainda, ao trata da identidade negra, hoje talvez o desafio maior seja incorporar, na sua construção, elementos positivos que vão além do reconhecimento das injustiças históricas cometidas contra a população negra e a denuncia do preconceito, das atitudes e das práticas discriminatórias

Nesse sentido, não podemos reconhecer o contexto africano em nosso país, apenas e, exclusivamente pelo processo de escravidão vivido pelos nossos antepassados africanos. A história do Brasil Colônia não se resume, no entanto, as articulações políticas da coroa portuguesa, sempre preocupada em tirar o máximo proveito das terras recém achadas e dos povos que escravizaram para realizar o seu objetivo.

A matriz cultural europeia foi durante séculos privilegiada e valorizada no Brasil, tanto na época colonial como durante o século XIX, enquanto as manifestações culturais afro-brasileiras foram desprezadas, desestimuladas e até proibidas. Desssa forma, as religiões afro-brasileiras e a arte marcial da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas.

Desta maneira, é importante ressaltar que os africanos não sejam lembrados somente pela força de seu trabalho, assim como, pelos anos de escravidão que se seguiram; pois vieram para o Brasil diferentes grupos de vários lugares da África, com fenótipos, histórias, tradições e culturas diversificadas, tornando a Bahia multicultural. Sendo assim, investigar a importância e a influência da África na formação da cultura baiana se faz necessário, devido à significante contribuição desses povos na construção da nossa sociedade.

Portanto, para compreender o processo permanente de elaboração da identidade negra na Bahia, é importante, sobretudo resgatar a história da sua matriz estabelecendo raízes antes e fora da escravidão. Nesse contexto, identificar as marcas de um continente extremamente rico em diversidade cultural reinventado dentro da Bahia, o estado brasileiro que melhor representa a influência do povo africano.

ÁFRICA DIVERSIDADE E CULTURA

O continente africano é dividido em países com línguas e culturas diversas, e reconhecer que essa mesma cultura vem a criar línguas, religiões, modos de viver diferenciados é um dos primeiros passos para desmontar a visão de que “todos os não negros são iguais” e, portanto, não se precisa ser específico em relação aos africanos, como se é, por exemplo, em relação aos ingleses, franceses, alemães ou italianos. Os moçambicanos, angolanos, malineses, sudaneses, quenianos, senegaleses, africanos do sul, argelinos, egípcios têm fenótipos, histórias, tradições e culturas diferentes.

A África é um continente tropical, com exceção de algumas regiões que devido a sua elevada altitude e temperatura, em razão da sua localização geográfica, pois está próximo a linha do Equador, Trópico de Câncer e Capricórnio. Por conseguinte, caracteriza-se como um dos continentes de maior biodiversidade do mundo, fato proveniente da quantidade de energia e calor que privilegia o desenvolvimento de matéria orgânica.

O mapa da África divide regiões a partir da sua localização espacial nos sentidos Norte, Sul, Leste e Oeste, são possivelmente visíveis. Dessa forma, classifica-se o continente em cinco regiões distintas quanto a sua posição geográfica: Norte da África, Oeste da África, África Central, Leste da África e Sul da África. Contudo, analisar a África destacando suas características culturais, promove uma divisão bem diferente da anterior. Ao observar o continente africano pela sua ocupação ao longo dos anos, classifica-se a África em duas regiões: África “branca” (cultura árabe) e África “negra” (culturas locais).

Podemos destacar que a influência na região norte da África (árabe) sofreu ocupação dos povos do Oriente Médio (Ásia) durante muito tempo, tendo como resultado um espaço totalmente adverso da África “negra”, sendo esta última caracterizada pelas culturas regionais provindas de milenares tribos africanas. Assim, é possível destacar a própria cor da pele dos africanos nessas duas regiões: os descendentes de árabes possuem uma tez clara, em grande parte, enquanto que os africanos relacionados com as culturas tribais já têm uma cor mais negra.

A África é um imenso continente, ocupado por muitos povos que apresentam uma grande diversidade cultural. Tal diversidade resulta dos diferentes processos históricos vividos pelos habitantes de cada região na África. (DREGUER, 2000, p. 56)

Dessa maneira, a África é o continente de diversas tribos, grupos étnicos e sociais, algumas representam populações muito grandes consistindo de milhões de pessoas, outras são grupos menores de poucos milhares. Num único país africano podemos encontrar mais de 70 diferentes grupos étnicos. Estas tribos e grupos formam um mosaico de uma das mais ricas diversidades do planeta. Incluem tribos e grupos étnico/social como os Afar, Éwés, Amhara, Árabes, Ashantis, Bacongos, Bambaras, Bembas, Berberes, Bobo, Bubis, Bosquímanos, Chewas, Dogons, Fangs, Fons, Fulas, Hútus, Ibos, Iorubás, Kykuyus, Masais, Mandingos, Pigmeus, Samburus, Senufos, Tuaregues, Tútsis, Wolofes e Zulus.

Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e transformaram seu continente num espaço diversificado e muitas vezes carente de recursos econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são únicas e, por enquanto, estão permanentes em todo seu território.

A RESITÊNCIA NEGRA

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