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Custo Brasil

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Por:   •  7/6/2014  •  399 Palavras (2 Páginas)  •  318 Visualizações

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3. Spread bancário exagerado

Spread bancário, em termos simplificados, é a diferença entre a taxa de juros cobrada aos tomadores de crédito e a taxa de juros paga aos depositantes pelos bancos. Em outras palavras, é a diferença entre a remuneração que o banco paga ao aplicador para captar um recurso e o quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro. O cliente que deposita dinheiro no banco, em poupança ou outra aplicação, está de fato fazendo um empréstimo ao banco. Portanto o banco remunera os depósitos de clientes a uma certa taxa de juros (chamada taxa de juros de captação ou simplesmente taxa de captação). Analogamente, quando o banco empresta dinheiro a alguém, cobra uma taxa pelo empréstimo - uma taxa que será certamente superior à taxa de captação. A diferença entre as duas taxas é o chamado spread bancário. Segundo a definição do Banco Central do Brasil, spread é a diferença entre a taxa de empréstimo e a média ponderada das taxas de captação de CDBs (certificados de depósito bancário).

No Brasil, o spread bancário é o mais alto ou um dos mais altos do mundo, e cerca de 1/3 do total do spread bancário é lucro. Apesar da queda da taxa de juros que ocorreu a partir de meados de 1999, o spread bancário no Brasil ainda se manteve em patamares elevadíssimos em termos internacionais, situando-se ao redor de 40% nos anos 2000 - enquanto que, em 2000, era de aproximadamente 12% no México, 3% na Argentina, 6% no Chile, 3% nos EUA e 3% na Zona do Euro. As elevadíssimas taxas de juros dos empréstimos vigentes no país explicam, pelo menos em parte, a alta rentabilidade dos grandes bancos varejistas. Alguns estudos têm procurado verificar se o spread bancário elevado estaria relacionado à oligopolização no setor, sem chegar a resultados conclusivos. Já a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) alega que os altos spreads resultam fundamentalmente das crescentes necessidades de caixa do governo, para pagar seus gastos, para isso emitindo títulos da dívida pública e provocando o aumento da taxa de juros. Além disso, a Febraban considera muito alta a parte dos depósitos dos bancos que é compulsoriamente depositada no Banco Central, e acredita ser excessiva a tributação sobre as operações de crédito, sem mencionar o elevado volume de créditos direcionados. Por tudo isso, haveria cada vez menos dinheiro disponível para empréstimos e a um custo crescente.

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