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Diferenças entre a leitura de Marx e de Gramsci sobre a atuação do indivíduo na sociedade civil

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Por:   •  30/10/2013  •  Artigo  •  594 Palavras (3 Páginas)  •  464 Visualizações

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TEORIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA

Diferenças entre a leitura de Marx e de Gramsci sobre a atuação do indivíduo na sociedade civil.

A idéia de sociedade civil é algo amplamente utilizado no campo das Ciências Sociais aplicadas, tais como a Antropologia e a Sociologia. Ao lançar mão da vasta bibliografia existente sobre o tema, é possível notar que dois autores tomam a dianteira nesse debate: Antonio Gramsci e Karl Marx.

O trabalho proposto apresenta uma breve comparação da atuação do individuo na sociedade civil, usando para isso os trabalhos dos dois autores acima citados, assim, deve-se deixar claro que é um tema longe de ser esgotado.

Para Marx a idéia de sociedade civil pode ser entendido como um sujeito, o que remete à idéia de classe e à questão materialista. Marx entende que deve haver uma emancipação política do individuo. De acordo com a literatura disponível, consta que o próprio Marx demorou cerca de dois anos para fechar a idéia do que seria essa sociedade civil, fato que ainda gera muitos debates e demonstra que não há uma determinação definitiva sobre o tema quando se trata do marxismo.

Deve se deixar claro aqui, que ao trabalhar a idéia de sociedade civil em Marx, faz-se necessário o retorno aos importantes conceitos por ele trabalhados, como a idéia de meios de produção, capital, etc. Ao se trabalhar a idéia de sociedade civil, Marx salienta a importância do individuo como protagonista deste processo da sociedade civil: a garantia através do individuo da produção de bens, ou seja, deixa-se claro que sua sobrevivência só se dá através do trabalho, é nesse ponto que o individuo (ser humano) se diferencia dos animais irracionais.

No que diz respeito à idéia de Hegel, o papel do individuo dentro da sociedade civil, leva muito em consideração a idéia de família e o processo de satisfazer as necessidades primárias, para que assim se dê condições para que esses indivíduos possam partilhar socialmente de suas vidas. Quando as necessidades extrapolam a idéia de conjunto, e entra em cena a questão da individualidade, surge a necessidade de se viver fora da unidade primeiramente estabelecida. Assim na sociedade civil exposta por Hegel, o individuo busca primeiramente a satisfação dos seus desejos, como por exemplo a questão de posse e propriedade, e utilizam do outro para atingir esses objetivos, suas necessidades particulares.

Apesar dessa vertente um tanto egoísta, nesse olhar lançado por Gramsci e também por Hegel, o individuo mesmo que tenha esse ímpeto da realização dos seus desejos particulares, não se pode pura e simplesmente não levar em conta a ação de outras pessoas. Hegel defende a idéia de quanto mais o individuo trabalha para si, mais ele dependerá da atividade de outras pessoas.

Para Hegel, baseando suas reflexões a partir da economia-politica clássica, expõe que essa interdependência é expressão da divisão social do trabalho, que vincula todos os indivíduos entre si, de modo que, só fazendo parte dela, cada individuo pode assegurar sua sobrevivência.

Por fim, pra fechar a tríade do pensamento político sobre a sociedade civil, Gramsci tenta demonstrar a relação orgânica entre a política e a economia, o que talvez vai contra ao que propôs a idéia de Marx. Para Gramsci “tudo é política”,

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