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ECONOMIA BRASILEIRA

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Por:   •  17/10/2013  •  9.196 Palavras (37 Páginas)  •  191 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica, no qual faremos a análise setorial do desenvolvimento econômico brasileiro. Apresentamos a evolução da indústria, da agricultura e do setor serviços, com destaque para o sistema financeiro, pois este se constitui no maior ramo do setor de serviços, e pelos impactos que este traz em termos de desenvolvimento econômico.

No período pós-guerra, ocorreu grande retração da atividade agrícola, em termos de participação no PIB, queda esta ocupada por rápido crescimento da indústria. O setor de serviços, que inclui comércio, transportes, comunicações, instituições financeiras e administração pública, manteve ao longo do período sua participação praticamente constante. Dentro deste setor, percebe-se que as instituições financeiras tinham uma pequena participação até 64, após o que vem apresentando crescimento constante, principalmente na década de 80.

Tabela 1

PARTICIPAÇÃO DOS SETORES NO PIB: 1955 - 1993 (%)

Ano PIB-CF Indústria Agropecuária Serviços Instituições Financeiras *

1955 100 25,64 23,47 50,89 3,36

1956 100 27,32 21,09 51,60 3,25

1957 100 27,81 20,43 51,76 3,55

1958 100 31,12 18,40 50,49 3,00

1959 100 32,98 17,16 59,86 2,76

1960 100 32,24 17,76 50,01 2,71

1961 100 32,53 16,96 50,50 275

1962 100 32,48 17,46 50,06 2,93

1963 100 33,10 15,95 50,96 2,98

1964 100 32,52 16,28 51,21 2,98

1965 100 31,96 15,86 52,18 3,43

1966 100 32,76 14,15 53,09 3,73

1967 100 32,03 13,71 54,25 3,84

1968 100 34,77 11,79 53,45 4,08

1969 100 35,24 11,39 53,36 4,42

1970 100 35,84 11,55 52,61 6,02

1971 100 36,22 12,17 51,61 6,08

1972 100 36,99 12,25 50,75 5,95

1973 100 39,59 11,92 48,49 5,41

1974 100 40,49 11,44 48,07 5,80

1975 100 40,37 10,75 48,88 6,55

1976 100 39,91 10,86 49,24 7,31

1977 100 38,64 12,61 48,75 7,51

1978 100 39,49 10,26 50,25 8,58

1979 100 40,05 9,91 50,04 8,40

1980 100 40,58 10,20 49,22 7,91

1981 100 39,09 9,47 51,44 10,02

1982 100 40,33 7,73 51,94 9,80

1983 100 37,82 9,02 53,16 11,35

1984 100 39,44 9,29 51,27 10,48

1985 100 38,73 9,00 52,27 11,02

1986 100 39,87 9,24 50,89 7,60

1987 100 38,51 7,73 53,76 13,14

1988 100 37,92 7,60 54,48 12,67

1989 100 34,49 6,91 58,60 19,51

1990 100 34,31 9,12 56,67 11,13

1991 100 33,62 9,18 52,20 10,06

1992 100 32,64 9,75 56,61 9,69

1993 100 33,68 9,13 56,89 9,02

Incluídas no setor serviços.

Fonte: Estatísticas Históricas do IBGE, 1988; Anuário Estatístico do IBGE, 1993.

PARTE I

1. A INDÚSTRIA BRASILEIRA

O Brasil, a partir de 1930, passou por amplo processo de industrialização, que trouxe profundas conseqüências em termos de mudança na estrutura produtiva e nos modos de vida da população.

A dinâmica industrial brasileira foi em geral pautada pelas necessidades de consumo, seguindo etapas mais ou menos definidas. Os investimentos, em termos setoriais, foram se dando em “blocos”, de acordo com as necessidades da demanda e com as possibilidades de materialização dos investimentos (condições da acumulação: escalas necessárias, existência de financiamento etc.).

Antes de 1930, as indústrias existentes surgiram nas “franjas” da economia cafeeira, ou seja, de acordo com as necessidades de atender a um mercado consumidor incipiente, surgido com o processo de imigração e a renda dos trabalhadores ligados ao setor agrário-exportador. Duas correntes principais visam explicar a origem da indústria brasileira neste período:

• a teoria dos choques adversos;

• a industrialização induzida por exportações.

“Teoria dos Choques Adversos - a indústria surgiu no Brasil como uma resposta às dificuldades de importar produtos industriais em determinados períodos. Como exemplo, poderíamos citar a Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão dos anos 30. Nestes momentos, em que se diminuía o valor das exportações, grava-se um protecionismo, que aumentava a rentabilidade da indústria. Assim, passava-se a produzir internamente, com vistas a suprir a falta de importações.

Industrialização Induzida Por Exportações - a indústria apareceu nos momentos de expansão da economia cafeeira. Segundo esta, nestes momentos ocorria expansão da renda e do mercado consumidor, através do aumento da massa salarial, bem como aumentava a oferta de divisas necessárias à importação de equipamentos industriais para investimentos”. (PEREIRA, 1977, pp. 156-157)

Em ambas, a indústria surge para atender às necessidades da economia cafeeira. Na primeira, é a crise do setor exportador que gera o impulso para a industrialização. Na segunda, o impulso é o bom desempenho do setor exportador.

Nos dois casos, a indústria visava atender às necessidades de consumo dos trabalhadores assalariados do café, com produtos cuja importação era mais difícil. Exemplos disto seriam os bens perecíveis ou aqueles que apresentavam baixa relação valor/frete, ou seja, alto custo para importar. Nestes casos, viabilizava-se a concorrência doméstica,

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