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Economia Brasileira

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Por:   •  23/2/2015  •  3.060 Palavras (13 Páginas)  •  284 Visualizações

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Atividade à Distância 2 (AD1) Economia Brasileira

Economia Brasileira

Texto 1

José Márcio Rego & Rosa Maria Marques (org.)

Choques externos e desestruturação interna: a recessão de 1981 – 1983

Com a assunção de Delfim Netto em 1979 no Ministério do Planejamento nasci uma política econômica com o objetivo do crescimento econômico que se encontrava estagnada, criou-se maior foco nos “setores de energia e de substituição de importações de insumos básicos e nas atividades voltadas para a exportação, mas com a crise do petróleo e do aumento dos juros externos neste ano ouve muita dificuldade”. Logo veio grave recessão econômica, e a necessidade de se recorrer ao FMI, que exigia o equilíbrio do balanço de pagamentos como garantia de que o país seria capaz de pagar suas dívidas externas. Entre o final de 1980 e todo o ano de 1981, Uma nova política econômica foi aplicada baseada no controle dos gastos públicos, no aumento da arrecadação via tributação e na redução da liquidez e do crédito –, resultando na queda de 4,3% do PIB em 1981, a inflação continuou alta, os juros externos aumentaram gerando grandes despesas com juros da dívida externa e a queda de 10% da produção industrial. Em 1982 a situação permaneceu grave, com as despesas de juros da dívida externa que continuaram crescendo, e a moratória mexicana e a deterioração das contas externas brasileiras dificultaram o financiamento desse déficit. Em 1983, a política foi acompanhada por uma maxidesvalorização cambial (30%) que, associada ao choque agrícola deste ano, aumentou a inflação, que reduziu o poder de compra dos trabalhadores. O PIB voltou a cair, assim como a produção industrial, aumentando o desemprego. Em 1984 ouve melhora na economia do Brasil, os EUA se recuperação, ouve aumento das exportações e redução das importações, o crescimento da renda agrícola, a recuperação da produção industrial, o aumento da participação do petróleo nacional e uma pequena recuperação salarial. o PIB cresceu 5,4%, assim como a produção, mas a inflação permaneceu alta. Altos juros do FMI colaborarão para a elevação do endividamento externo que, não foi utilizado para financiar o crescimento econômico nacional, já que o financiamento foi interno. Entre 1969 e 1973 esse endividamento externo tinha a função de aumentar o volume de reservas internacionais. Entre 1974 e 1977 a função do endividamento muda agora ele é para financiar os altos déficits em transações correntes, causados pelos choques externos, colaborarão para a crise em todo pais.

O ajuste fiscal de 1983 não foi suficiente para estabilizar os preços, apesar de bem sucedido em reduzir o déficit público, o que contrariava a teoria monetarista. A oferta era fundamental na explicação da inflação, e não o aumento da demanda, devido aos pontos de estrangulamento de oferta causados pelo monopólio das grandes empresas. A inflação inercial se explica pela constante tentativa dos agentes econômicos em manter sua participação na renda, repassando aumentos nos custos para os preços. Com essa nova teoria da inflação como base, buscou-se uma nova política econômica de controle da inflação inercial, já que as políticas convencionais não podiam ser aplicadas ao caso brasileiro. Entre 1964 e o final dos anos 70 a inflação estava relativamente controlada, apesar de elevada, graças à criação de mecanismos institucionais criados para possibilitar a convivência com as altas taxas, sendo o principal deles a crescente indexação da economia que, por sua vez, tornou-se um mecanismo de manutenção da própria inflação. O governo José Sarney encontrou em 1985 uma grave situação econômica, com uma crise fiscal e financeira provocada pelo crescente gasto público com o pagamento de encargos financeiros cada vez maiores, fruto das emissões de títulos indexados.

Objetivo do artigo: Avaliar: os principais resultados da política econômica do governo e as principais características da política econômica do governo do regime militar principalmente nos anos 81 A 83, e o governo José Sarney e o combate à inflação brasileira, avaliar o Plano Cruzado, Plano Verão, o Plano Bresser.

Principais ideias desenvolvidas pelo autor: a Crise da dívida externa e a crise fiscal do Estado Teoria da inflação inercial e política de estabilização. Resumo das teorias da inflação (fatores aceleradores):

Conclusão: O Plano Cruzado, cujo principal erro foi à inclusão de uma escala móvel de salários (gatilho). Este plano alcançou a meta de redução da inflação inercial, com o congelamento dos preços obtendo grande apoio popular, mas também desagradando muito o setor privado, que passou a criar formas de driblar este congelamento, principalmente através dos mercados paralelos. Com o fracasso do Plano Cruzado, Luiz Carlos Bresser Pereira ocupa o lugar de Dílson Funaro no Ministério da Fazenda e lança seu Plano de Estabilização Econômica (Plano Bresser), com a intenção de evitar uma hiperinflação através do fim do gatilho, da redução dos gastos do governo, e do controle do consumo de bens duráveis pelas altas taxas de juros. Com o retorno das altas taxas de inflação, Bresser foi substituído por Maílson da Nóbrega e uma “política econômica tímida, gradual e pouco intervencionista, eminentemente ortodoxa” (política do feijão-com-arroz) foi colocada em prática com o objetivo de manter a inflação em torno de 15% ao mês através do desaquecimento da economia. No início de 1989 foi criado o Plano Verão, a segunda reforma monetária de Sarney, com a criação do cruzado novo. “O Plano procuraria, no curto prazo, contrair a demanda agregada e, no médio prazo, promover a queda das taxas de inflação” através das altas taxas de juros, da restrição do crédito ao setor privado, desindexação e promessa de ajuste fiscal. Este plano, ao exemplo dos anteriores, também foi um fracasso e logo as altas taxas de inflação retornaram.

Texto 2

Economia e Política: Reflexões Sobre Os Governos Vargas, Jk E João Goulart

Fernanda Melchionna e Silva e Marcus Vinicius Martins Vianna

O início da década de 1960 para o Brasil e América Latina foi um período de transição de todo um modo de estabelecer as relações sociais e políticas, tanto do ponto de vista interno de cada país, como do ponto de vista das relações entre os países periféricos.

década

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