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Educação Homérica

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Por:   •  23/10/2013  •  601 Palavras (3 Páginas)  •  2.874 Visualizações

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Ao analisar a educação no decorrer da história é possível perceber que na Grécia Antiga o ensino estava voltado mais para o preparo militar ou esportivo do indivíduo, estimulava as competições, as virtudes guerreiras, as bravuras, pois os atos heroicos mostravam superioridade dentre a população e os povos conquistados. É importante considerar a sua finalidade de desenvolver um cidadão fiel a seu Estado. Também, cabe reconhecer, que a educação era a preparação para a cidadania, para eles o habitante da polis não poderia ser nada sem ela.

Destacou-se na Grécia Antiga, Homero, como o principal pensador e autor dos poemas Ilíada e Odisseia que foram grandes fontes inspiradoras da educação do homem grego. Na obra "Ilíada" está presente o ideal heroico do homem retratando as guerras e os atos heroicos. Já a obra "Odisseia" descreve as jornadas e experiências de seu protagonista Odisseu que após a Guerra de Tróia tenta voltar para sua casa.

O ideal homérico era voltado para formar o homem como um herói, visando a sua formação individual e assemelhando-o a um deus. A educação era baseada na religião e esta era baseada na rivalidade entre os deuses e os heróis humanos. A formação dos jovens gregos se dava por meio de combates e concorrências, acreditava-se que esse era o caminho para o desenvolvimento do homem. Daí a percepção de que esse processo de formação beneficiaria o Estado, pois nos combates através dos seus atos de heroísmo o indivíduo gloriava e dava relevância para o seu Estado.

Esparta foi uma das principais cidade-estado da Grécia Antiga, fundada pelos dórios, destacou-se no aspecto militar, dessa forma a educação recebeu forte influência da área militar.

A formação do cidadão em Esparta era reconhecida como uma função assumida pelo Estado. Assim, a educação espartana visava em moldar o indivíduo de acordo com a necessidade do Estado, descartando seu desenvolvimento pessoal.

A disciplina era severa, dura e rigorosa, as crianças e os jovens eram considerados propriedades do Estado, os pais não tinham permissão alguma para educar seus filhos a seu gosto, estes, ficavam com a mãe até os sete anos de idade e depois eram levadas para sua formação. Entre os sete e os doze anos recebiam uma educação mais lúdica onde conheciam a cultura do seu povo, depois disso iam para um rigoroso treinamento militar, passavam frio, fome, dormiam sem conforto algum, vestiam-se de forma simples, tinham que ser obedientes e aceitar os castigos respeitando sempre os mais velhos. Aos dezessete anos o soldado espartano era submetido a um teste final onde ele caçava escravos, quem sobrevivesse a este teste estaria pronto para compor o exército. Quando chegava aos trinta anos o soldado tornava-se um oficial e passava a ganhar direitos políticos, aos sessenta anos ele podia sair do exército e fazer parte do conselho que criava as leis de Esparta.

Em tese, pode-se perceber que tanto no ideal homérico quanto em Esparta a educação formava bons guerreiros visando à defesa do Estado. Neste contexto, vale ressaltar que no ideal homérico a defesa do Estado era o resultado da educação heroica individual do homem, ou seja, o indivíduo era primeiramente educado para ser um herói, sendo comparado individualmente aos deuses, tornando-se herói através de combates e concorrências, nos quais ele podia se destacar com

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