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Ensino De História E Cultura Afro-brasileira E Africana

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Por:   •  2/10/2013  •  955 Palavras (4 Páginas)  •  824 Visualizações

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O GROTESCO E A MÍDIA

JORNALISMO POLICIAL OU POPULAR E A ÉTICA

Quais os caminhos desse gênero jornalístico e é algo a ser solucionado?

Desde o inicio dos anos 2000 começou a surgir no Amapá os programas policiais: programas de TV que se afunilaram a divulgar boletins policiais e instigar a violência com matérias que julgam o suposto criminoso e com apresentadores tornando a notícia um espetáculo sangrento da vida humana, conduzido com sensacionalismo e falta de profissionalismo.

O jornalismo policial ou jornalismo popular vem se tornando cada vez mais comum na mídia brasileira, porém, a postura avessa às normas do jornalismo tem marcado este estilo como sensacionalista e disseminador da violência.

Desde o século XIX os crimes sempre despertaram o interesse das editorias de jornais diários e isso sempre chamou a atenção da população, prova disso é que na década de 90, por exemplo, as noticias sobre crimes “dispararam” e as pessoas acreditaram que a taxa de criminalidade estava a aumentar, quando, na verdade, estava diminuindo, pois a publicidade faz até com que os crimes sejam vistos como algo comum na nossa sociedade, o que não é.

Muniz Sodré relata que o gosto pelo ridículo e pelo vexatório prosperou e se diferenciou nos contextos histórico e sociocultural desde a Antiguidade Clássica e, assim como na TV, a partir dos anos 60 e 70, percebe-se um telejornalismo espetacularizado: uma busca obsessiva pela audiência, por projeção, pelas verbas publicitárias, as programações afastam-se de perspectivas críticas, substituindo valores éticos por emoções baratas e desonras de todos os tipos ao Código de Ética dos Jornalistas.

No Amapá nota-se em programas como Bronca Pesada, Rota 16, Rota 42 e Balanço Geral-Ap, a exposição do grotesco como opção de programação local; a baixaria começa na teatralização de seus apresentadores caricatos, de criatividade, cultura e ética duvidosas, não importando aí os valores humanos e esquecendo o alvo básico do jornalismo e também do entretenimento, que vem a ser o cidadão.

Programas que não se preocupam com o individuo humano e tornam se juízes, julgando e sentenciando supostos meliantes. O jornalista e professor universitário alagoano José Marques de Melo ressalta, “Alguns repórteres ultrapassam a linha divisória entre a investigação dos fatos policiais para fazer verdadeiras investigações policialescas. Deixam de ser narradores das investigações feitas pelos agentes policiais para se colocar no lugar deles. Desta maneira, produzem uma falsa sensação do poder jornalístico, enfraquecendo a legitimidade das instituições estatais”.

Programas que tornam cômico o terrível, os escândalos que são transformadas em zombarias, o grotesco procura prender o telespectador fazendo com que ele se identifique com o que está vendo. Um exemplo são os programas de auditório, tais como Programa do Ratinho, Teste de Fidelidade, Casos de Família e etc. Tendo como temática o povo, ou seja, pessoas humildes e sua realidade, seus problemas e a busca pela solução dos mesmos, esses programas, na corrida pela audiência, extinguem cada vez mais a ética e o respeito, tudo para, em troca, proporcionar emoções baratas. Quem mais se aproxima desses programas são as camadas marginalizadas da nossa sociedade, pois eles funcionam como espelho do seu cotidiano. Infelizmente nem sempre os responsáveis por esses programas se preocupam com o seu papel educativo, resvalando não raro para situações em que exacerbam os ânimos, quer dos agentes policias, quer das lideranças do crime organizado.

A intenção é que se tenham programas que sigam a risca as normas jornalísticas, baseando-se nos princípios éticos e morais devidos a todos os jornalistas, porém, a melhoria da qualidade dos programas considerados de baixo

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