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Fichamento

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Por:   •  17/3/2014  •  Seminário  •  2.372 Palavras (10 Páginas)  •  418 Visualizações

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FICHAMENTO

Capítulo II: Marcha acelerada (1930-1964)

"O ano de 1930 foi um divisor de águas na história do país. A partir dessa data, houve aceleração das mudanças sociais e políticas, a história começou a andar mais rápido. No campo que aqui nos interessa, a mudança mais espetacular verificou-se no avanço dos direitos sociais" (P: 87)

"Pela primeira vez, o voto popularcomeçou a ter peso importante por sua crescente extensão e pela também crescente lisura do processo eleitoral. Foi o período marcado pelo que se chamou de política populista, um fenômeno que atingiu também outros países da América Latina. A experiência terminou em 1964, quando os militares intervieram mais uma vez e implantaram nova ditadura." (P: 88)"

"Os direitos civis progrediram lentamente. Não deixaram de figurar nas três constituições do período, inclusive na ditatorial de 1937. Mas sua garantia na vida real continuou precária para a grande maioria dos cidadãos. Durante a ditadura, muitos deles foram suspensos,sobretudo a liberdade de expressão do pensamento e de organização." (P: 88)

"Houve progresso na formação de uma identidade nacional, na medida em que surgiram momentos de real participação popular. Foi o caso do próprio movimento de 1930 e das campanhas nacionalistas da década de 50, sobretudo a da defesa do monopólio estatal do petróleo. O nacionalismo, incentivado pelo Estado Novo, foi o principal instrumento de promoção de uma solidariedade nacional, acima das lealdades estaduais" (P:88)

1930: Marco divisório

"A Primeira República caracterizava-se pelo governo das oligarquias regionais, principalmente das mais fortes e organizadas, como as de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A partir da segunda década do século, fatos externos e internos começaram a abalar o acordo oligárquico. Entre os externos, devem-se mencionar a Grande Guerra, a Revolução Russa, e a quebra da Bolsa de Nova York em 1929." (P:89)

"A crise de 1929 serviu para agravar as dificuldades já presentes na área econômica. O governo desenvolvera amplo programa de defesa do preço do café. Como conseqüência,grandes safras foram produzidas nos últimos anos da década de 20. A superprodução coincidiu com a crise e com a Grande Depressão que a seguiu. Os preços do café despencaram." (P:90)

"A guerra contribuíra também para despertar em alguns oficiais a consciência do despreparo militar do país e da necessidade de mudanças na política de defesa, com conseqüências também para a política econômica e industrial." (P:91)

"Na área da educação também houve tentativas de reforma. A influencia maior veio dos Estados Unidos, sobretudo do filósofo John Dewey. As propostas dos defensores da Escola Nova, entre os quais se salientavam Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e Lourenço Filho, tinham um lado de pura adaptação do ensino ao mundo industrial, que se tornava cada vez mais dominador. O ensino devia ser mais técnico e menos acadêmico." (P:92)

"O reformismo atingiu ainda a área da saúde. A partir do saneamento do Rio de Janeiro,empreendido no inicio do século por Oswaldo Cruz, outros médicos sanitaristas levaram a campanha ao interior do país." (P:93)

"A década de 20 terminou presenciando uma das poucas campanhas eleitorais da Primeira República em que houve autentica competição. O candidato oficial a presidencia, Julio Prestes, paulista como o presidente que estava no poder, representava a continuidade administrativa. O candidato da oposição, Getulio Vargas, a frente da Aliança Liberal, introduziu temas novos em sua plataforma política" (P:93)

"O candidato da oposição, Getulio Vargas, a frente da Aliança Liberal, introduziu temas novos em sua plataforma política. Falava em mudanças no sistema eleitoral, em voto secreto, em representação proporcional,em combate as fraudes eleitorais; falava em reformas sociais, como a jornada de trabalho de oito horas, ferias, salário mínimo, proteção ao trabalho das mulheres e menores de idade.Getúlio Vargas não se diferenciava socialmente de Julio Prestes no que se referia as origens sociais." (P: 94)

"A Aliança Liberal ameaçava ainda o sistema por ter colocado em campos opostos as duas principais forças politicas da República, os estados de São Paulo e de Minas Gerais." (P: 94)

"As coisas pareciam caminhar para a retomada da "pax oligarquica", quando um assassinato mudou o rumo dos acontecimentos. O governador da Paraiba, João Pessoa, foi morto por um inimigo politico local. Sua morte forneceu o pretexto para que os elementos mais radicais da Aliança liberal retomassem a luta, desta vez com proposito abertamente revolucionário." (P:95)

"E verdade que em 1930, como em 1889, foi necessária a presen~a militar. O fato pode ser visto pelo lado negativo: as forças civis ainda não dispensavam o apoio militar. Os dois regimes nasceram sob a tutela do Exercito, isto e, da força." (P: 96)

"A experiencia adquirida desde 1922, os contatos com civis da oposição, deu a eles maior visão polftica, idéias mais claras sobre reformas políticas e, sobretudo, economicas e sociais."(P: 97)

"Entre 1930 e 1937,0 Brasil viveu uma fase de grande agitação politica. Anteriormente, só a Regencia, um século antes, e os anos iniciais da República tinham vivido situação parecida. Mas o periodo de 30 superou os anteriores pela amplitude e pelo grau de organização dos movimentos politicos." (P: 97)

"Quanto a organização, multiplicaram-se os sindicatos e outras associações de classe; surgiram varios partidos politicos; e pela primeira vez foram criados movimentos politicos de massa de ambito nacional." (P: 97)

"Os dois blocos principais, como vim os, eram as dissidencias oligarquicas e os jovens militares. As primeiras queriam apenas ajustes na situação anterior; os militares, aliados a revolucionários civis, queriam reformas mais

profundas que feriam os interesses das oligarquias. A principal delas era a reforma agraria.Do lado oposto, os inimigos da revolução, as velhas oligarquias, sobretudo a de São Paulo, procuravam explorar as divergencias entre os vitoriosos para bloquear as reformas." (P:98)

"Os reformistas pediam a redução do poder das oligarquias por meio da centralização política e da representação classista no Congresso;

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