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Fichamento - A MESO AMÉRICA ANTES DE 1519

Por:   •  19/5/2017  •  Resenha  •  1.781 Palavras (8 Páginas)  •  2.712 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

COMPONENTE CURRICULAR DE HISTÓRIA DA AMÉRICA

PROFESSOR ANTÔNIO MIRANDA

DISCENTE: JOÃO VITOR L. REGINATO

FICHAMENTO

 

BETHELL, Leslie.(org.) História da América Latina: América Latina Colonial, volume I. Cap. 1 – A Mesoamérica antes de 1519. São Paulo, EDUSP; Brasilia, DF, Fundação Alexandre de Gusmão, 2012.

“Os primeiros capítulos de uma história da América Latina dizem respeito aos povos que nela habitavam antes do primeiro contato com os europeus. Isso é particularmente válido no caso da Mesoamŕica. […] Este capítulo pretende, em primeiro lugar, delinear rapidamente o desenvolvimento dos povos e das altas culturas da Mesoamérica antes do estabelecimento dos mexicas (astecas) no vale do México (c. 1325); em segundo lugar, examinar as principais características da organização política  socioeconômica e as realizações intelectuais e artísticas durante o período de predominância (séculos XIV e XV) dos mexicas (astecas); e, em terceiro lugar, apresentar uma visão geral da situação reinante na Mesoamérica às vésperas da invasão européia (1519).”(p. 25)

- Delimitação da temática.

“A pré-história remota, no caso das Américas, tem início por volta de 35000 a.C., quando aparentemente o homem chegou pela primeira vez ao continente através do estreito de Bering. Existem alguns testemunhos de provável presença do homem, por volta de 20000 a.C. na região ocupada pelo México atual. […] Durante um longo período habitaram a terra apenas alguns bandos de caçadores e coletores de alimentos. Seriam necessários mais três ou quatro milênios para que o homem da Mesoamérica iniciasse […] o processo que veio a desembocar na agricultura. […] Em várias partes do México central e meridional e na América Central, começaram a proliferar aldeias de agricultores e artesãos de cerâmica.” (p. 27)

- A pré-história da Mesoamérica.

“Em La Venta […] começou a desenvolver-se uma espécie de proto-urbanismo. É provavel que os povos agricultores […] de La Venta tenha, experimentado , junto com o crescimento populacional, vários estimulos a abandonar seu antigo modo de subsistência. Suas realizações pressupõem mudanças em sua organização religiosa, política e socioeconômica. Até onde sabemos, os olmecas foram os primeiros, na Mesoamérica, a erigir grandes complexos de construções, principalmente para fins religiosos. […] A existência de grandes praças públicas parece indicar que as cerimônias religiosas eram realizadas ao ar livre. […] É possível supor algum tipo de divisão do trabalho. Enquanto muitos indivíduos continuaram a trabalhar na agricultura e em outras atividades de subsistência, outros se especializaram em artes ou ofícios diferentes.” (p. 28).

- Apanhado amplo sobre a cultura olmeca e o desenvolvilmento proto-urbano.

“Tudo isso, e a difusão precoce de elementos olmecas em localidades diferentes, muitas delas longe dos centros de origem, parecem confirmar o caráter de uma alta cultura-matriz. […] Aqui estavam os antecedentes do Período Clássico da Mesoamérica. […] Ausência permanente do uso prático da roda, com suas muitas consequências, como, por exemplo, no transporte e no artesanato de cerâmica; em segundo lugar, a ausência (até cerca de 950 d.C.) de um tipo mesmo de metalurgia […] não havia cavalos nem gado bovino e, com exceção dos perus (para alimentação), somente os cachorros mexicanos sem pêlos faziam companhia ao homem em sua vida quotidiana. […] No entanto, essas outras limitações não constituíram obstáculos insuperáveis ao desenvolvimento posterior de grupos mesoamericanos. […] A agricultura expandiu e diversificou; entre outras culturas, o algodão foi cultivado com sucesso. As aldeias cresceram, dando lugar a centros maiores.” (p. 29).

- As limitações do desenvolvimento tecnológico tardio.

“A metrópole de Teotihuacán, que em seu apogeu, por volta dos séculos V ou VI d.C., se estendia por cerca de vinte quilômetros quadrados, contava com uma população de pelo menos 50 mil habitantes. Diferenças de posição sociais vinculadas à divisão do trabalho, um exército eficiente, uma agricultura extensiva e um comércio bem organizado, em que os comerciantes atingiam localidades bastante distantes. […] Os muitos vestígios de sua influência [...] parecem indicar que Teotihuacan foi o centro de um grande reino ou de uma confederação de diversos povos.” (p. 30)

- Teotihuacán: confederação. Divisão social do trabalho.

“Muitas teses foram levantadas pró ou contra a natureza urbana dos centros maias. […] De um ponto de vista político, parece que esses centros urbanos estavam associados em vários tipos de ”confederações” ou “reinos”. Na sociedade maia clássica coexistiam dois estratos sociais claramente distintos: o povo comum […] e o grupo dominante, composto por governantes, sacerdotes e guerreiros de alta posição. (p. 31).

- A organização política dos maias e seus estratos sociais.  

“Conjecturas a parte, permanece o fato de que o período entre 650 e 950 d.C. assistiu à queda das civilizações clássicas da Mesoamérica. No entanto, a ruína das cidades não significou a morte da alta cultura nessa parte do Novo Mundo. Sabemos agora que outros povos herdaram e desenvolveram muitas realizações clássicas. […] Muitas delas sobreviveram à conquista espanhola e ainda hoje constituem elementos da cultura de muitos povos do México e da América Central.” (p. 32)

“Uma das principais características do legado clássico foi o urbanismo. Nenhuma cidade, por exemplo, podia ser construída sem um núcleo político-religioso estreitamente interligado. […] Uma outra instituição era a praça do mercado, um local onde não só se comerciava mas também onde as pessoas se encontravam. […] Os mesoamericanos gostavam de todos os tipos de planta. Assim, muitas de suas cidades, vistas de uma certa distância, pareciam uma mistura de pequenas florestas e jardins, com telhados cobertos de palha visíveis aqui e ali e os templos e palácios pintados emergindo por entre o verde em volta. Essa forma de urbanismo permaneceu típica na Mesoamérica” (p. 33)

- A perseverança da Alta Cultura clássica e o legado do urbanismo.

“A penetração asteca […] precisou superar diversos obstáculos. Muitas foram as adversidades, perseguições, ataques, etc.  Que tiveram de enfrentar antes de finalmente se fixarem na ilha de Tenochtitlán. […] Uma das realizações dos mexicas no apogeu de seu desenvolvimento político e cultural […] foi o forjamento de uma imagem de suas próprias origens, desenvolvimento e identidade.” (p.37)

- O surgimento dos Astecas.

“Os mexicas contam como eram extremamente pobres em Aztlan Chicomoztoc e durante sua peregrinação em busca do lugar prometido. Em Aaztlan praticaram a agricultura em benefício dos outros. Mais tarde, viveram como coletores e caçadores. Só ocasionalmente interromperam sua jornada para cultivar alguma terra. […] Uma das crônicas nativas relata que originalmente havia sete calpulli mexicas. Uma outra afirma que todas juntas perfaziam um total de dez mil pessoas.” (p. 38)

- Práticas de subsistência originárias e densidade populacional originária.

“A sólida estrutura econômica da organização política dos mexicas, que já estava basicamente formada ao fim do governo de Moteuczoma 1 (por volta de 1469), foi objeto de muitas interpretações divergentes. A maioria dos cronistas espanhóis haviam reconhecido que a sociedade mexica era, em muitos aspectos, semelhante à dos reinos feudais da Europa. Assim, para descrevê-la, não hesitaram em empregar termos semelhantes aos de reis e princípes; corte real, hidalgos e cortesãos; magistrados, senadores, cónsules, sacerdotes e pontífices; membros da aristocracia, nobres de alta e baixa posição, proprietários rurais, plebeus, servos e escravos.” (p.41)

“Dentros do grupo dominante, vários eram os níveis de hierarquia, posições e títulos: os tlazo-pipiltin, ”nobres ilustres”, eram descendentes dos que haviam sido os governantes supremos. Dentro desse grupo seleto é que se escolhia o huey tlatoani. Os pipiltin […] eram aqueles que estavam vinculados de outras formas […] ao mesmo grupo dirigente.  Pretextavam também uma linhagem de origem tolteca. Os cuauh-pipiltin, “nobres-águia”, eram indivíduos assimilados de algum modo pelo grupo dominante […] em virtude de seus feitos, especialmente em combate. Os tequehuaque […] eram filhos daqueles que exerciam importantes funções administrativas, como os teteuctin (senhores), alguns deles pipiltin e outros membros ilustres de um calpulli. Os pipiltin tinham extrema conscienência dessas diferenças de hierarquia entre eles e das possíveis posições que lhes estavam abertas na administração política e econômica do estado mexica. (p. 43)

- Das hierarquias nas estruturas políticas e econômicas.

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