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Fichamento Sobre A Revolta dos Mucker

Por:   •  2/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  6.977 Palavras (28 Páginas)  •  188 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE HISTÓRIA

FICHAMENTO E ANÁLISE: A REVOLTA DOS MUCKER, RIO GRANDE DO SUL, 1868-1898

Leonardo Bolek da Silva

Lajeado, novembro de 2018

Leonardo Bolek da Silva

FICHAMENTO E ANÁLISE: A REVOLTA DOS MUCKER, RIO GRANDE DO SUL, 1868-1898

Fichamento e análise da obra de Janaína Amado, A revolta dos Mucker, Rio Grande do Sul, 1868-1898. Trabalho apresentado à disciplina de História do Rio Grande do Sul I, do curso de graduação em História, como pré-requisito para aprovação na disciplina.

Orientador: Prof. Dr. Luís Fernando da Silva Laroque.

Lajeado, novembro de 2018

FICHAMENTO DE CITAÇÃO

OBRA:

AMADO, Janaína. A Revolta dos Mucker, Rio Grande do Sul, 1868-1898. São Leopoldo/RS, 2002. Editora UNISINOS.

 “A revolta mucker ocorreu entre 1868 e 1874 em São Leopoldo, a primeira colônia alemã fundada no Rio Grande do Sul, prolongando-se alguns incidentes até 1898. A palavra “mucker” era usada como sinônimo de ‘beato’, ‘fanático’, ‘santarrão’. Assim os adversários designavam, na época, pejorativamente, os rebeldes” (AMADO, 2002, p. 21).

“A bibliografia existente sobre o movimento mucker é escassa e cheia de lacunas. O primeiro livro publicado (em 1900, na Alemanha, e em 1911, no Brasil) é Os Muckers, de Ambrosio Schupp, a obra mais conhecido sobre o assunto, na qual se basearam todos os que escreveram sobre os rebeldes, mesmo os que criticaram” (AMADO, 2002, p. 22).

“O presente trabalho tem como objetivo central compreender o significado histórico do movimento mucker, perceber de que forma a revolta está integrada a uma realidade mais ampla que ela e como se situa em relação a um tempo passado e a um tempo futuro. Em outras palavras, pretende entender como e por que um determinado grupo de pessoas se afastou dos padrões que regiam a sociedade onde vivia e enveredou por um caminho novo” (AMADO, 2002, p. 24).

 “Ao ser fundada, em 1824, a Colônia Alemã de São Leopoldo era uma ilha perdida em meio ao “continente” do Rio Grande. Localizava-se no vale do rio dos Sinos, no local onde desde 1788 funcionava a Real Feitoria do Linho Cânhamo, iniciativa governamental que fracassara. A região, embora próxima a Porto Alegre (cerca de 33 km do núcleo da colônia) e ligada à capital da província por via fluvial, era coberta de mata virgem e dominada pelos índios” (AMADO, 2002, p. 33).

 “A primeira leva de imigrantes alemães desembarcou em São Leopoldo a 25 de julho de 1824. Nesse mesmo dia enfrentou problemas. O governo demarcara às pressas os lotes de terra numa área desconhecida; como resultado obteve uma planta tão falha que não pôde ser aproveitada” (AMADO, 2002, p. 34).

“Os primeiros imigrantes estabeleceram-se no núcleo central, enquanto os seguintes ocuparam o raio em torno, alcançando rapidamente as bordas da serra” (AMADO, 2002, p. 35).

“Quando as primeiras dificuldades foram vencidas, os imigrantes passaram a plantar também produtos europeus, como centeio, trigo e batatas. Os poucos excedentes iniciais foram trocados entre os próprios colonos, mas, à medida que aumentavam as colheitas e a situação melhorava, fazia-se necessário escoar a produção para mais longe [...]” (AMADO, 2002, p. 36).

“Entre o produtor e o consumidor final passaram a existir, portanto, dois intermediários, o comerciante rural e o do núcleo. Mas havia um terceiro elemento neste comércio – o transportador -, pois os colonos não podiam carregar nas costas indefinidamente seus produtos” (AMADO, 2002, p. 37).

“O processo de enriquecimento dos comerciantes rurais, entretanto, não foi rápido, como a exposição anterior poderia fazer crer. Até por volta de 1845, o patrimônio dos comerciantes rurais era bem modesto, existindo pouca diferença em relação ao dos colonos [...]” (AMADO, 2002, p. 38).

“Em 1845, São Leopoldo era uma realidade em termos econômicos. Os imigrantes, jogados vinte anos antes na mata virgem, tinham vencido. Estavam vivos e produtivos. Do ponto de vista governamental, os objetivos imediatos visados com a fundação da colônia alemã haviam sido alcançados. Os habitantes de São Leopoldo ocuparam e povoaram uma área estrategicamente importante para a província sulina, antes perigosa e pouco habitada” (AMADO, 2002, p. 43).

“A colônia alemã começara a formar um cinturão verde próximo a Porto Alegre. Durante a Revolução Farroupilha, quando a capital esteve por longos períodos isolada do resto da província, foi São Leopoldo que a abasteceu, através da ligação natural do rio dos Sinos” (AMADO, 2002, p. 44).

 “Na sociedade criada pelos imigrantes em São Leopoldo, a família era a principal unidade, a base de tudo: ‘sem minha família eu não sou ninguém’, escreveu, em 1842, um colono. Nenhum homem poderia sobreviver sozinho na colônia. A hostilidade do meio, aliada à dificuldade das tarefas a cumprir e à pobreza geral, empurravam uns para os outros na luta comum, tendendo a criar uma forma de vida mais grupal que individual” (AMADO, 2002, p. 45).

“A alta natalidade entre os imigrantes levou à formação de famílias grandes, muitas das quais já eram parentes entre si quando chegaram da Alemanha” (AMADO, 2002, p. 45)

“A criação de famílias extensas fez com que, de uma forma ou de outra, toda São Leopoldo acabasse por ser um pouco parente entre si, por volta de 1845. Os laços de parentesco resistiram à distância e à dificuldade de comunicação, acompanhando a marcha da colonização” (AMADO, 2002, p. 46).

“As circunstâncias da colonização fizeram dos imigrantes homens iguais em tudo (as exceções, de tão raras, desapareceriam no dia-a-dia da vida). As diferenças hierárquicas que por acaso existiam entre eles anteriormente – e eram poucas -, advindas da posição socioeconômica e cultural, religião, títulos, área de origem etc., ficaram sem valor em São Leopoldo” (AMADO, 2002, p. 50).

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