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Formaçao Social

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Por:   •  12/11/2013  •  9.338 Palavras (38 Páginas)  •  239 Visualizações

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UNIDADE JOINVILLE - 1

SERVIÇO SOCIAL – 2ª Série

Cleuza Valdimir Lerandiski – RA 75 99 61 97 78

Débora O. Marques – RA 81 71 57 58 76

Maradja Grasielle Pacheco Benjuino - RA 73 77 58 40 62

Tania Sueli Toni Borges - RA 77 54 63 31 05

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

DISCIPLINA: FORMAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA DO BRASIL.

Tutora: Vera Lúcia de Leão.

Joinville, 2013.

INTRODUÇÃO

Neste trabalho, pode-se perceber que existe uma forte ligação entre o passado e o presente, permitindo que tenhamos uma idéia de que nem tudo foi simples na história de nosso país e que o “hoje” é resultado de uma linha contínua escrita em nossa história, quem nem sempre é mostrada. Talvez porque conhecer a história política de um país possa ser perigoso demais para a estabilidade da balança capitalista.

Este trabalho serviu de estímulo para conhecer a história brasileira nos seus aspectos sociais, políticos e econômicos, de uma forma mais crítica, possibilitando uma visão além de um mero espectador, pois foi possível associar o que aconteceu no passado com o tempo que vivemos hoje, principalmente dentro do serviço social.

Conhecendo um pouco sobre os trabalhos de Debret (1768-1822), pode-se compreender o desenvolvimento social e econômico do Brasil Colônia de 1500 a 1822. Desenhista e pintor, ele retratou o cotidiano do povo brasileiro e conseguiu transmitir as muitas faces de um Brasil que iniciou em tempos distantes, registrando a flora, fauna, os costumes de indígenas e negros.

Através do filme “Carlota Joaquina: a princesa do Brasil” (1995, Carmurati), foram identificados diversos comportamento sociais dos brasileiros ainda hoje. Através desta pesquisa, pode-se analisar o panorama econômico e político entendendo com mais facilidade os movimentos políticos e a decadência das oligarquias que eram as famílias que tinham poder de governo sobre um estado.

O país sofreu com muitas guerras entre civis e militares, sempre com a busca do povo por justiça e os burgueses lutando para se manterem soberanos no poder de controle da política brasileira.

O QUE DEBRET PINTAVA SOBRE O BRASIL COLÔNIA, TEM ALGO EM COMUM COM O BRASIL DE HOJE?

Ao longo de suas obras, Debret, o pintor que mais retratou o dia-a-dia do Brasil, destaca diferentes momentos da nossa civilização. Momentos como a relação social dos índios com o homem branco, a economia e como a escravidão colaborava para que isso acontecesse. Na realidade sem a mão-de-obra escrava, muitas das necessidades dos abastados, não seriam supridas e por fim, nem as instituições políticas e religiosas sobreviveriam.

Debret se preocupava em preservar a História e a originalidade daquele povo. Para ele, o Brasil merecia estar no mesmo patamar de outros grandes países. Ele se preocupava em prestigiar o povo, que não se limitava a vida política e que valorizava seus costumes e sua religião.

Em algumas obras, conseguimos perceber que o foco era mostrar o quanto aquelas pessoas eram exploradas e como era grande a sua importância perante seus senhores.

Nesta obra, vemos os escravos trabalhando na sapataria e um deles está sendo castigado com a palmatória uma pá de madeira para bater nas mãos.

Pessoas eram obrigadas a servir sem nenhuma gratificação, e muitas vezes eram castigadas sem nenhuma piedade.

Debret: Oficina de sapateiro, com escravo sendo castigado

Os escravos eram fiéis aos seus senhores que davam o melhor de si na lavoura e também na casa grande. Eles serviam apenas por auto proteção, por não ter o direito de escolha. Esse, infelizmente era o quadro do nosso país representado na bibliografia de Debret.

JEAN-BAPTISTE DEBRET: Um jantar brasileiro, 1827

“Um jantar brasileiro” é uma das obras do francês Jean-Baptiste Debret. É a mais conhecida através dos livros de História que falam do dia-a-dia do Brasil Colonial. Pintor e desenhista, Debret, deixou, um valiosíssimo acervo de imagens que servem de referência para estudiosos e curiosos da nossa história e cultura sobre a primeira metade do século XIX.

Diante desta tela, é possível fazer uma análise sobre as diferenças existentes na sociedade brasileira daquele período. O trabalho escravo era o que sustentava a economia e a sociedade, pois por aqui no Brasil, quem trabalhava mesmo eram os escravos. Eles eram a mão-de-obra que tocava a economia e que cuidava das mordomias dos brancos.

Umas das coisas que chama a atenção é a diferença feita das pessoas livres e os escravos. Destacada principalmente pela cor da pele. Por outro lado, essa diferenciação é feita também pelo fato de que alguns negros servem, é o caso da negra que abana o casal, e de que os outros estão à disposição dos brancos para atender a qualquer situação ou solicitação. Tipo o negro que está encostado na porta.

A mesa farta consumida pelo casal é um ponto para se refletir a desigualdade social existente na época. Segundo descrições do próprio Debret, um jantar na casa de um pequeno ou médio negociante, como o que se vê na cena, era constituído:

“(...) de uma sopa de pão e caldo gordo, chamado caldo de substância, porque é feita com um enorme pedaço de carne de vaca, salsichas, tomates, toucinho, couves, imensos rabanetes brancos com suas folhas, chamados impropriamente nabos etc., tudo bem cozido. No momento de pôr a sopa à mesa, acrescentam-se algumas folhas de hortelã e mais comumente outra de uma erva cujo cheiro muito forte dá-lhe um gosto marcado bastante desagradável para quem não está acostumado. Serve-se ao mesmo tempo o cozido, ou melhor, um monte de diversas espécies de carnes e legumes de gostos muito variados embora cozidos juntos; ao lado coloca-se sempre o indispensável escaldado (flor de farinha de mandioca) que se mistura com caldo de carne ou de tomates ou ainda com camarões; uma colher dessa substância farinosa sem ilíquida, colocada no prato cada vez que se come um novo alimento,

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