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GOVERNADOR VALADARES

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Por:   •  26/1/2015  •  Tese  •  785 Palavras (4 Páginas)  •  307 Visualizações

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GOVERNADOR VALADARES -Ontem, completou-se 125 anos da assinatura da Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), sancionada em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel. A lei extinguiu a escravidão no Brasil. Mas embora o trabalho escravo tenha sido abolido há mais de um século, nos dias atuais ainda é possível observar a escravidão nos rincões do Brasil. Advogada, palestrante e escritora com artigos publicados em temas que abordam a promoção da igualdade e inserção social, Michely Marques, em entrevista ao DIÁRIO DO RIO DOCE, comentou sobre a conseqüência da abolição. Apaixonada pelas causas sociais, Marques falou também a respeito dos avanços conquistados a fim de reparar, o que segundo ela é “uma dívida histórica” com os negros. Dentre as conquistas, a advogada pontua, o sistema de cotas e até mesmo a presidência do Ministro Joaquim Barbosa, frente ao Supremo Tribunal Federal.DIÁRIO DO RIO DOCE — Conte-nos sobre seu perfil e histórico?MICHELY MARQUES  — Meu nome é Michely Marques, sou advogada e também pesquisadora com artigos publicados em temas que abordam promoção da igualdade e inserção social. Igualdade não só étnica, mas a igualdade de gênero, com relação às mulheres, a igualdade econômica e a inserção social. Porque se hoje a gente quer ver uma transformação no país, você tem que dar a vara de pescar, condições para a pessoa crescer, desenvolver. É difícil conciliar o exercício da advocacia, com ativismo social, mas sempre que dá eu profiro palestras em outras cidades, em quilombos da região e é um trabalho muito bacana. É uma paixão que surgiu desde a época da faculdade.DRD — Essa luta começou então na faculdade?MICHELY MARQUES  — Desde a época da faculdade que eu tive forças para expressar aquilo que eu no fundo desde criança sempre quis. Mas com esse preconceito velado na sociedade, às vezes ficava até com vergonha de assumir uma bandeira. Mas na faculdade eu falei que queria ser feliz. Na época eu não sabia que não tinha nenhum estatuto voltado para a questão social, étnica. E queria criar um estatuto, quando eu descobri assistindo a TV Justiça, o senador Paulo Paim, conclamando a sociedade civil para ajudá-lo, porque estava batalhando sozinho para aprovar o Estatuto da Igualdade Racial. Eu quis ajudar, fazendo o quê? Escrevendo. Provando que a constitucionalidade, do estatuto da igualdade racial, tendo em vista que é uma luta que tem caráter reparatório, pelo que aconteceu na escravidão, esse triste passado escravocrata. Foi ai que tudo surgiu. Na época, a pesquisa também foi publicada. A faculdade achou bacana, várias pessoas me procuraram para divulgar o trabalho, que foi publicado nas maiores revistas jurídicas do país, graças a Deus. E o que fiz, peguei esses trabalhos e mandava sempre para os assessores, para os contatos de movimento social que a gente tem em Brasília. E aquele trabalho como se diz de andorinha, o trabalho de formiguinha foi surtindo efeito. Graças a Deus, ano passado foi aprovado, foi reconhecido a constitucionalidade do sistema de cotas na educação. Então, isso sim é um marco, é um divisor de águas.DRD — Falando nessa questão de cotas. O seu posicionamento é favorável a essa determinação?MICHELY MARQUES  — Sim. É uma descriminação positiva. Aristóteles mesmo já dizia que ‘igualdade é tratar igual, os iguais. Desigualmente, os desiguais para que possa equiparar e fazer justiça’.

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