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Guerra

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Por:   •  2/10/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.127 Palavras (5 Páginas)  •  138 Visualizações

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A ESCOLHA DO TEMA: UMA JUSTIFICATIVA

Há exatos 100 anos o mundo acompanhou a deflagração de um conflito que provocou uma diversidade de reações, das quais destacam-se a estupefação, o pânico, a apreensão, a desolação, a indignação e até a indiferença. Era ainda muito precoce avaliar a extensão ou compreender a natureza desta crise aberta diante dos primeiros choques entre as forças antagonistas, mesmo assim não faltaram comentaristas com e sem conhecimento de causa. Uns procuravam acalmar, outros nem tanto, mas a maioria destes comentaristas aproveitava-se da situação para ganhar audiência e prestígio. Mal sabia a maioria que aquele conflito perduraria por quatro anos e mudaria e muito o curso da história.

O resgate histórico é condição imprescindível para os que buscam explicações sobre o mundo que nos cercam, seja qual for o evento ou o conjunto de eventos. Um honesta e plausível explicação sobre o que se passa hoje no meio de nós depende também do(s) eventos(s) que selecionamos e da profundidade do estudo que fazemos sobre o(s) mesmo(s). É preciso reconhecer que os eventos tem uma importância relativa, para uma parcela da sociedade um evento pode ter importância maior do que o outro, pois esta importância depende dos objetivos que esta parcela elenca para a investigação e o julgamento daquele evento.

A Primeira Guerra Mundial que se iniciou no verão de 1914 e terminou no início do inverno de 1918 constituiu-se, a meu ver, num evento relevante para o delineamento do mundo atualmente. Procurarei observar e compreender as conexões entre os inícios dos séculos XX e XXI sempre imbuído dos propósitos de combater a indiferença de uns sobre este tema, de melhorar a compreensão deste tema para os que iniciaram os estudos e, principalmente, ampliar o número de cidadãos e cidadãs que se colocam absolutamente contrários às guerras desta natureza que só trazem desgraças para todos, mais ainda para os indefesos. Portanto meu esforço na concepção destes textos sobre a Primeira Guerra é mais uma homenagem aos que direta ou indiretamente se empenharam e se empenham nas mobilizações e luta contrárias às guerras, que pleiteavam e pleiteiam um mundo melhor, mais justo e pacífico.

Convido todos os leitores a acompanharem uma sequência de oito textos sobre a Primeira Guerra Mundial, a pretensão é concebê-los e publicá-los ao longo deste ano. Neste texto 1 farei uma breve introdução sobre o tema procurando explicar a natureza e a extensão deste conflito, bem como suas causas estruturais ou suas origens. No texto 2 analisarei os eventos constituintes de uma conjuntura deflagradora do conflito em agosto de 1914. Nos textos 3, 4, 5, 6 e 7 reportarei e analisarei, ano a ano, o conflito propriamente dito e, por fim, no texto 8 um balanço sobre a guerra bem como os seus desdobramentos. Esta programação poderá sofrer mudanças, pois na condição de um arremedo de analista e com limites que são visíveis nos meus textos publicados neste site, sinceramente não consigo antever e mensurar detalhes e situações que poderão ser adicionados ou subtraídos durante meu trabalho de investigação e registro.

INTRODUÇÃO

As perdas humanas e a destruição do que tinha sido erigido a princípio para contribuir no bem-estar da sociedade estão entre os efeitos mais sentidos pelo mundo após quatro anos de conflitos. Os interlocutores dos governos, dos órgãos multilaterais, das instituições de toda natureza, das empresas envolvidas e das forças militares e diplomáticas faziam um esforço impressionante (e irritante) para minimizá-los e, pasmem, até para não reconhecê-los. Contudo a morte e a destruição eram tão expressivas que o esforço destes asseclas de plantão tornava-se cada vez mais inútil.

Não é muito difícil compreender os danos e as vítimas do caos produzido por um conflito como a Primeira Guerra, difícil mesmo é apontarmos os responsáveis diretos e indiretos pelo conflito, mais ainda compreendermos suas motivações e suas conveniências. Antecipo que este conflito ampliou o fosso existente entre os interesses e conveniências dos provocadores e/ou protagonistas da Guerra e os interesses e direitos das vítimas diretas e indiretas, um fosso que não foi (provavelmente não o será) preenchido. Quando menciono "vítimas indiretas", incluo também a grande parte dos homens e mulheres do mundo presente. As feridas de uma guerra são

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