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Guerra Dos Cem Anos

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Por:   •  24/5/2013  •  858 Palavras (4 Páginas)  •  524 Visualizações

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, Peste e Guerra:

Triste Trilogia entre os Séculos XIV-XV

Ao crescimento em termos económicos e demográficos que a Europa sentira após o ano mil, seguiu-se um violento abalo desta estrutura a partir de finais do século XIII que só findaria no século XV. Trata-se de um período marcante, pois significa o advento do Renascimento e o aparecimento do Estado moderno. A fisionomia da Europa modifica-se em consequência das fomes, pestes e guerras que agitaram os poderes tradicionais e fizeram emergir novas formas de poder no Velho Continente, enquanto se perdia o último vestígio da Antiguidade com a queda do Império Romano do Oriente (1453, tomada de Constantinopla pelos turcos).

A crise começou a sentir-se no mundo rural, onde as crises de subsistência se tornaram comuns. Tal facto deveu-se a sucessivas alterações climáticas as quais diminuíram drasticamente a produção de alimentos numa Europa sob forte pressão demográfica devido ao surto de progresso após o ano mil. Como não era possível recorrer a importações nem era grande o número de excedentes, a fome foi uma consequência imediata e depois única, tendo sido particularmente grave durante o período de 1315 a 1317. Além das vítimas mortais, a carestia trouxe também o enfraquecimento das defesas do organismo, facilitando a disseminação das doenças.

A grande praga foi a peste bubónica, conhecida como Peste Negra. Chegou à Europa em 1347 através de barcos genoveses vindos da Crimeia. A peste que tempos antes assolara a Ásia chegava por via da rota da seda e atacava os comerciantes italianos. Em pouco tempo, devido às pulgas dos ratos e à insalubridade das cidades, a doença alastrou-se a toda a Europa, difundida no sentido dos ponteiros do relógio pelos comerciantes mediterrânicos em toda a Europa. Estima-se que terá morrido cerca de um quarto ou um terço da população europeia. Esta doença, diferentemente da fome, a todos atingiu, sem distinção de condição social. Em consequência assistiu-se a uma desorganização das estruturas urbanas e à desorganização do poder político e religioso.

Paralelamente, a Europa era flagelada por várias guerras. Um dos motivos de guerra era a posse dos grandes espaços políticos e económicos, o que está na origem da Guerra dos Cem Anos (1337-1453) hegemonia na Europa do Noroeste; da guerra entre italianos e aragoneses pela posse do Mediterrâneo ocidental; e dos conflitos pelo domínio do Báltico, entre a Hansa e os reinos escandinavos da Suécia ou Dinamarca. Por outro lado, dentro de cada uma destas forças verificavam-se querelas pelo poder que se traduziam em guerras civis como a Guerra das Duas Rosas (1455-1485) em Inglaterra, ou os confrontos entre os reinos ibéricos e mesmo entre as cidades italianas entre Guelfos e Gibelinos. O terceiro foco bélico era a guerra da cristandade contra os Turcos, que avançavam em força sobre a Europa, conseguindo por fim conquistar Constantinopla em 1453, concretizando-se um velho sonho islâmico de posse daquela cidade cristã.

Como consequência deste quadro convulsivo dão-se crises sociais, primeiro provocadas pelo mal-estar dos camponeses, famintos e descontentes com a situação provocada pela baixa dos preços dos cereais e da terra, que significava um abaixamento do consumo e também da mão de obra disponível. O seu desagrado degenerou em

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