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ITATINGA - USINA DO PORTO DE SANTOS

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Por:   •  20/6/2013  •  3.882 Palavras (16 Páginas)  •  796 Visualizações

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RESUMO

Itatinga, pioneirismo nacional

Se quisermos retratar um dos capítulos importantes e significativos do desenvolvimento do Porto de Santos, teríamos que nos reportar ao surgimento da pequena vila, com suas 70 casas pintadas de verde e amarelo (cor da Cia. Docas de Santos), que se encontra encravada em plena Serra do Mar, no Distrito de Bertioga, a sete quilômetros do Rio Itapanhaú, e cujo nascimento se deve à hidrelétrica que fornece energia ao Porto.

Sua história se prende às muitas disputas em que a Light e o grupo de Gaffrée e Guinle se envolveram, numa das contendas mais acirradas para defender e garantir monopólios, tanto no transporte urbano sobre trilhos como na geração e distribuição de energia elétrica em São Paulo. Esta última foi mais polêmica entre os idos de 1909 a 1911.

Desse modo, o grupo realizaria em Santos sua obra mais importante, construindo - sob a direção do brasileiro Guilherme B. Weinschenck - o primeiro porto nacional em condições de receber navios de grande porte. Segundo Hélio Lobo, a participação de Gaffrée e Guinle na construção da estrada de ferro e na melhoria e operação do Porto de Santos despertou a atenção dos arrojados empresários para as potencialidades no setor. Entre esses, a aquisição da Cachoeira de Itapanhaú e a construção da Usina de Itatinga, em São Paulo.

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Palavras-chaves: Geração de energia, hidroelétrica pioneirismo tecnológico legado ambiental, porto.

Sumário

1 INTRODUÇÃO 4

2 BEM ECONOMICO 5

3 LEGADO TECNOLÓGICO 6

4 O PROJETO 7

5 VALOR AMBIENTAL 8

6 HERANÇA POLITICA 9

7 PATRIMONIO SOCIAL 11

8 Consideração Finais 13

9 REF ERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho procurou destacar o desafio para vencer as íngremes escarpas do da Serra do Mar e as terras pantanosas da planície, necessitou-se de desafiador projeto de engenharia realizado pelo visionário, engenheiro e diretor de obras da CDS, Guilherme Benjamin Weinschenk. Na serra era necessário captar um pequeno rio e conduzi-lo para a tomada de água que alimentaria a usina. Na planície, mais de 30 km de porto, cujo desafio era implantar numa região erma e desprovida de acessos a casa de força com os geradores e linhas de transmissão. Entre a captação e a casa de força, seria necessária a instalação de tubulações metálicas para trazer a água do alto da serra com força suficiente para a produção de energia. Para acesso e manutenção da usina foi necessária a construção de um pequeno porto onde partia uma estrada de ferro que permitia acesso a vila operária e a usina.

Este trabalho está divido em seis etapas, sendo a primeira etapa a importância econômica para a construção da hidroelétrica de Itatinga.

Na Etapa Seguinte, o legado tecnológico empregado na implantação da usina.

Já na Terceira Etapa, o pioneirismo de um projeto audacioso.

Na Etapa quatro, toda a complexidade e importância ambiental empregada em Itatinga, construída no coração da Mata Atlântica.

Seguindo a Quinta etapa, o grande potencial de crescimento empregado na hidroelétrica de Itatinga e toda a disputa politica com seus rivais.

A Sexta Etapa refere-se o modelo patrimonial deixado pelo legado de Itatinga.

Os objetivos deste trabalho é levar ao leitor uma importante história esquecida ao longo de décadas, a hidroelétrica de Itatinga vai além do Porto de Santos, interligando passado e presente, garantindo com toda sua riqueza de olho no futuro. 

2 BEM ECONOMICO

A intenção inicial para a construção da usina era de fornecer energia elétrica para a cidade de Santos e a capital de São Paulo. Também pretendiam adotar a tração elétrica nas ferrovias que ligavam São Paulo e Santos, pois o carvão importado aumentava o custo desse transporte.

Como a usina térmica existente não tinha capacidade de absorver a demanda do porto, seria necessária a construção da usina para ampliar a capacidade de equipamentos no porto e para que este pudesse trabalhar durante a noite, pois até então, os trabalhos eram realizados somente a luz do dia.

Através do decreto 4.235 de 1901, a CDS conseguiu a concessão para utilização dos rios Itatinga e Itapanhaú, depois de estudos de viabilidade para escolher o melhor rio para o aproveitamento elétrico.

Além da concessão governamental dos rios, comprou a fazenda Pelaes que contava com vários cursos e quedas d’água aproveitáveis para a produção de energia.

Mais de um século depois, a usina funcionam nos mesmos moldes de sua inauguração, com autonomia de cerca de 80%.

3 LEGADO TECNOLÓGICO

A tecnologia utilizada para a implantação da usina foi a “fio d’água”, onde parte da água do rio Itatinga é desviada, seguindo da represa, por gravidade segue por um túnel de 940m de extensão escavado na rocha, chegando até a câmara d’água a 640 m de altura das turbinas, descendo e sendo direcionada para cinco linhas de tubos em aço fundido, com diâmetro que variam de 900, 800, 700 e 600 milímetros, encaixados no sistema de ponta e bolsa, com mais de 3 km de extensão, com desnível de 110 metros, ampliando a força e velocidade da água a 3.000 litros por segundo. O comprimento total do canal coberto é de 3.034 metros e foi construído sobre um declive de 3,5%.

Para que nas curvas, a pressão da água não deslocasse os tubos, foram executados quatro maciços de pedra a cada 500 metros para a ancoragem dos tubos, além da instalação em dois locais diferentes, válvulas automáticas que se fecham caso ocorra a ruptura de um tubo. Antes de chegar às turbinas, na casa de força, a água passa pela casa de válvulas, onde uma linha de tubo interliga

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