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Imperialismo De Lênin

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Por:   •  18/7/2013  •  2.566 Palavras (11 Páginas)  •  493 Visualizações

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Imperialismo-fase superior do Capitalismo, V.I.Lênin

O desenvolvimento do capitalismo e sua tendência para a concentração da produção e do capital em grandes empresas que engolem as menores, engendrou na segunda metade do séc. XIX, sua fase mais avançada e superior: o Imperialismo, que tem como características principais a formação dos monopólios nos diversos ramos da economia, a dominação da oligarquia financeira(bancos e capital industrial),o acirramento de uma disputa entre os paises imperialistas pela hegemonia na Europa,a partilha do mundo entra as associações de capitalistas,e a partilha do mundo entre as grandes potências (neocolonialismo). Lenin analisa que o modo de produção capitalista passou por importantes transformações no final do século XIX, primeiro desenvolveu-se sob as determinações do desenvolvimento dos cartéis, depois os cartéis passaram a fazer parte da economia, como elementos inelimináveis que estruturavam a base econômica da sociedade. Os cartéis seguram ainda para uma nova fase, que era a fase dos monopólios:

Inicia-se uma transformação profunda com o craque de 1873, ou, mais exatamente, com a depressão que se lhe seguiu e que - com uma pausa quase imperceptível em princípios da década de 1880 e com um ascenso extraordinariamente vigoroso, mas breve, por volta de 1889 - abarca vinte e dois anos da história econômica da Europa.» «Durante o breve período de ascenso de 1889 e 1890 foram utilizados em grande escala os cartéis para aproveitar a conjuntura. Uma política irrefletida elevava os preços ainda com maior rapidez e em maiores proporções do que teria acontecido sem os cartéis, e quase todos esses cartéis pereceram ingloriamente, enterrados «na fossa do craque». Decorrem outros cinco anos de maus negócios e preços baixos, mas já não reinava na indústria o estado de espírito anterior: a depressão não era já considerada uma coisa natural, mas, simplesmente, uma pausa antes de uma nova conjuntura favorável.

Durante as primeiras fases de desenvolvimento dos cartéis, ao mesmo tempo em que se desenvolvia a partilha do mundo entre as potencias, os atritos mesclavam-se com períodos de possíveis equilíbrios temporários. A primeira fase do imperialismo é uma corrida de velocidades. A determinação era instalar-se no Maximo de territórios possíveis para conseguir mercados e vantagens comerciais. A segunda fase é quando o mundo já foi partilhado. A partilha reflete equilíbrio conjuntural de forças, mudando-se as relações políticas e o equilíbrio econômico-politico, muda-se a distribuição das colônias. Muda-se os donos. (ligar com a relação entre os bancos e as industriais.) A segunda fase, determinadas por nichos de colonização, combina-se com a fusão do capital industrial com o capital bancário, que forma o capital financeiro e o imperialismo propriamente dito, que busca sempre invadir novos nichos de mercados, destruindo frações mais fracas do capitalismo. A primavera árabe é um exemplo de uma crise que se desdobra no terreno econômico e se desdobra na superestrutura política. Inicialmente o imperialismo era apenas uma forma política, depois torna-se uma forma de existência, um modus operandi do capitalismo.

E o movimento dos cartéis entrou na sua segunda época. Em vez de serem um fenômeno passageiro, os cartéis tornam-se uma das bases de toda a vida econômica; conquistam, uma após outra, as esferas industriais e, em primeiro lugar, a da transformação de matérias-primas. Em princípios da década de 1890, os cartéis conseguiram já, na organização do sindicato do coque que serviu de modelo ao sindicato hulheiro, uma tal técnica dos cartéis que, em essência, não foi ultrapassada. O grande ascenso de fins do século XIX e a crise de 1900 a 1903 decorreram já inteiramente, pela primeira vez - pelo menos no que se refere às indústrias mineira e siderúrgica - sob o signo dos cartéis. E se então isso parecia ainda algo de novo, agora é uma verdade evidente para a opinião pública que grandes sectores da vida econômica são, regra geral, subtraídos à livre concorrência.

Decorrente das grandes navegações e do mercantilismo, desenvolve-se a livre concorrência na fase inicial de desenvolvimento da produção capitalista. Com o desenvolvimento da indústria desenvolve-se também acirradas disputas entre as burguesias industriais. Estas buscam organizar-se para disputar mercados de forma organizada. Desenvolvem-se os monopólios. Os monopólios industriais, que são desdobramento do livre-cambismo, fundem-se com o capital financeiro. Na esfera internacional estas burguesias começam a disputar entre si para partilhar o mundo. Partilhado o mundo as burguesias nacionais buscam cooptar setores do movimento operário para garantir a estabilidade do sistema capitalista, formam-se as Aristocracias operárias. Mas mesmo com o mundo divido entre as principais potencias do mundo, não se tem uma época de harmonia entre as burguesias.

Assim, o resumo da história dos monopólios é o seguinte: 1. Décadas de 1860 e 1870, o grau superior culminante, de desenvolvimento da livre concorrência. Os monopólios não constituem mais do que germes quase imperceptíveis; 2. Depois da crise de 1873, longo período de desenvolvimento dos cartéis, os quais constituem ainda apenas uma exceção, não são sólidos, representando ainda um fenômeno passageiro; 3. Ascenso do final do século XIX e crise de 1900 a 1903; os cartéis passam a ser uma das bases de toda vida econômica. O capitalismo transformou-se em imperialista. (23).

No entanto, cabe destacar que para Lenin, os monopólios não eliminam a concorrência. Para o autor existe uma tendência irreversível de Decomposição dos Monopólios, os avanços no sistema produtivo continua, tem-se assim crises de superprodução, a burguesias enfrentam-se brutalmente, chocam monopólios contra monopólios. Os monopólios buscam intensificar a exploração para terem maiores lucros, demite-se e fecham fábricas. A apropriação da matéria prima é finita. Após a colonização das jazidas de matérias primas torna-se inevitável a luta fratricida entre frações da burguesia.Reafirma-se aqui a elaboração de Marx no Manifesto Comunista: (...) A burguesia vivem em luta permanente (...) contra as frações da própria burguesia cujos interesses se encontram em conflito com os progressos da indústria; e sempre contra a burguesia dos países estrangeiros”. (p. 48). O imperialismo porta cinco traços fundamentais:

“ 1. a concentração da produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os

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