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Literatura Conteporanea X Ditadura

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Por:   •  13/2/2014  •  3.515 Palavras (15 Páginas)  •  270 Visualizações

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Literatura contemporânea

Sabemos que o século XX foi marcado por inúmeros acontecimentos e grandes revoluções que somados a uma conscientização do nacionalismo foram fatores que caracterizaram tal século como modernista. Como também contribuíram para a consolidação definitiva da emancipação das Letras e das Artes Brasileiras. Logo, podemos observar nesse período, uma abertura para as vanguardas e muitas mudanças, inclusive o impulso das rupturas. A contribuição deixada pelo Modernismo, tanto para a cultura, como também para a sociedade de modo geral, desde o seu “surgimento” até os dias de hoje, considerados como contemporâneos, ainda é refletida nas “produções artísticas” do século XXI.

José J. Veiga

José Jacinto Pereira Veiga nasceu no dia 2 de fevereiro de 1915, em Goiás. Comentarista, tradutor, jornalista e escritor, Veiga estreou na literatura um pouco tarde, aos 44 anos de idade, estréio seu primeiro livro com doze contos: Os Cavalinhos de Platiplanto, em 1959, ganhando o prêmio Fábio Prado.

J.J. Veiga publicou várias obras significativas para a literatura brasileira:

• Os cavalinhos de Platiplanto (1959)

• À hora dos ruminantes (1966)

• A máquina extraviada (1967)

• Sombra dos reis barbudos (1972)

• Os pecados da tribo (1976)

• O professor burim e as quatro calamidades (1978)

• De jogos e festas (1980)

• Aquele mundo de Vasabarros (1982)

• Torvelinho dia e noite (1985)

• A casca da serpente (1989)

• Os melhores contos de J. J. Veiga (1989)

• O risonho cavalo do príncipe (1993)

• O relógio Belizário (1995)

• Tajá e Sua gente (1997)

• Objetos turbulentos (1997)

Vale lembrar também que José J. Veiga teve seus livros publicados nos Estados Unidos da América, Inglaterra, México, Espanha, Dinamarca, Suécia, Noruega e Portugal.

Por meio do seu trabalho, é visto como um autor de estilo refinado, contista envolvente e mestre na tradução da língua inglesa. Quando suas obras foram consideradas "literatura fantástica", o próprio autor não aceito esse enquadramento, pois considerava o rótulo apenas um modismo. O autor abordava também os temas político/social, quando o Brasil estava na época da ditadura militar e alguns exemplos disso são: A hora dos ruminantes (1966) e Sombras de reis barbudos (1972).

Em 1997, J.J ganhou o Prêmio Machado de Assis concedido pela Academia Brasileira de Letras, reconhecendo a importância do conjunto de sua obra.

O lançamento de seus livros era sempre aguardado pelo público que, por sua vez, não era numero, mas seleto e cativo.

No dia 19, de setembro de 1999, José J. Veiga veio falecer, devido a um câncer no pâncreas e por motivos de complicações advindas de uma anemia.

Hoje, a rodovia GO-225, que liga sua cidade natal à capital goiana, tem seu nome.

A Hora dos ruminantes (1966)

"A Hora dos Ruminantes", de José J. Veiga é mais um livro surpreendente deste genial escritor, cuja temática abordada é a condição humana e sua reação diante das mudanças, repentinas, drásticas, inexplicáveis. Não se sabe propriamente o que José J. Veiga escreveu: um romance ou um apólogo? Em "A Hora dos Ruminantes", o autor retrata, numa verdadeira "fábula moderna", a estória de Manarairema, uma pacata cidade de interior cuja rotina dos seus habitantes é quebrada por acontecimentos inexplicáveis. Primeiro, a chegada de homens estranhos, sisudos e inflexíveis; depois, uma invasão de cães que infestam a cidade por vários dias; e, por último, os bois, centenas, talvez milhares, por todos os cantos, ruas, casas, plantações, rios e cuja presença parece que nunca terá fim. Numa abordagem inédita, José J. Veiga nos apresenta um enredo instigante em que se analisa o comportamento humano diante da opressão e da violência; das mudanças repentinas; do inusitado e do incompreensível.

Sombras de reis barbudos (1972)

Em "Sombras de Reis Barbudos", José J. Veiga trouxe ao público um livro capaz de mexer com o íntimo do leitor, fazendo-o refletir sobre os principais valores do ser humano. O autor, numa história de linhas simples e direta, retrata o extremo da opressão de um povo, submetido às piores restrições e desatinos emanados por uma empresa local, numa pequena cidade de interior.

A poderosa "Companhia" impõe absurdas e incompreensíveis regras de conduta e comportamento, levando as pessoas ao pânico e ao medo, desencadeando um clima de terror e desconfiança. Ninguém pode mais viver, amar e sonhar livremente. Quando todos pensam que não há mais esperança, descobrem que a mudança está numa estranha capacidade que todos os moradores possuem. A qual é sinônima de liberdade.

Vinicius de Moraes

Vinícius de Moraes tem uma obra muito variada. Começou na poesia (a sua principal atividade a vida inteira), passou pelo teatro, cinema e acabou se entregando de corpo e alma à revolução da música.

Como poeta, ele conquistou lugar de destaque entre os maiores da geração pós-modernista, ao lado de Schimidt, Cecília Meireles, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade, Jorge de Lima. Era o mais jovem dessa geração, e foi o crítico Álvaro Lins quem o situou historicamente como pós-modernista.

Ele já era, naquele tempo, um clássico e um moderno, um poeta de largo sopro elegíaco e um hábil sonetista que podemos classificar como um moderno renovador o modelo camoniano. Tudo levaria Vininha à consagração oficial, mas ele preferiu o contrário. Declarou guerra à solenidade e à sisudez precoce a que não resistiram outros da sua geração. Não se deixou atrair pelo aburguesamento, entregando-se a uma reação oposta: passou a agredir as convenções, assumindo atitudes anti-acadêmicas, anti-burguesas, tanto na vida pessoal como na arte. E passou a viver o seu próprio processo de rebeldia, através do qual rompeu as cadeias que o limitavam, e se afirmou à sua maneira.

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