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Luis XIV E Luis XVI

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Por:   •  30/6/2014  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  268 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA

KARLA ZILIOTTO

PATRICK BORGES

A FORMAÇÃO DA FRANÇA DE LUÍS XIV

CURITIBA

2013

KARLA ZILIOTTO

PATRICK BORGES

A FORMAÇÃO DA FRANÇA DE LUÍS XIV

Trabalho apresentado à disciplina de História Econômica, do 2º bimestre do 3º período do Curso de Relações Internacionais, do Centro Universitário Curitiba.

Professor: Etiane Caloy Bovkalovksi

CURITIBA

2013

INTRODUÇÃO

O estado absolutista ou o Antigo Regime é um sistema da época moderna, com início no final do feudalismo, e composto pelos seguintes elementos: capitalismo comercial, política mercantilista, sistema colonial, sociedade estamental, Estado centralizado na imagem do Rei, intolerância religiosa e laicização cultural. O absolutismo é característica marcante desse conjunto e foi muito bem representado por Luís XIV, o Rei Sol.

Nesse longo período de estados absolutistas, o reinado mais marcante, sem dúvidas, foi o do Luís XIV. Seu reinado começou quando tinha apenas cinco anos e só foi terminar com sua morte aos seus 77 anos. Marcado por excessivos gastos, o reinado foi diferente de todos, afinal a nobreza nunca foi tão bem tratada como no governo do Rei Sol.

Neste trabalho será relatado o processo histórico que levou o estágio da França de Luís XIV, com foco na história econômica, social e factual francesa. Em algumas partes do texto há análises da economia francesa na transição do feudalismo para a Idade Moderna, e em outras partes análise dos fatos históricos que levaram a França se tornar suprema no Governo De Luís XIV. Não poderíamos somente falar do Rei Luís XIV, pois é impossível relatar seu reinado, sem antes fazer uma análise da formação do Estado Absolutista.

A FORMAÇÃO DA FRANÇA DE LUÍS XIV

O longo e famoso reinado de setenta e dois anos de Luís XIV vem de um longo processo de formação do Estado Absolutista Francês, que começa um pouco antes da transição da Idade Média para a Idade Moderna, em torno do século XI, no qual a França era um reino hegemônico apenas na teoria, pois na prática estava dividida em pequenos estados (ducados e condados) quase independentes. Com essa situação indesejável, a dinastia regente (Capetíngio, 987-1328) resolveu adotar uma política diferente, que visava a submissão dos senhores feudais e ampliar o domínio real em torno do estado francês. Com isso, o Estado se aliou à Igreja e à burguesia, que preferiam essa situação, pois fugiam dos abusos dos senhores feudais.

O processo de expansão do domínio monárquico, iniciado pelos Capetíngios e prosseguido pelos Valois, estava quase por completo e o poder real era bastante consagrado. No entanto, a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) contra Inglaterra fez com esse processo fosse interrompido, e embora aumentasse a rivalidade entre os reinos envolvidos, colaborou com o desenvolvimento de um sentimento nacional entre os franceses, de modo que relacionassem a imagem do Rei a glória nacional. Além do mais, com o conflito o Estado Francês deixará de ser meramente judicial, para ser um Estado fiscal-militar, pois ocorrerá a criação de um exército real permanente, alimentado por imposto direto (talha).Tudo isso fez com que a Realeza se tornasse mais rica e mais forte, consolidando o poder monárquico (AQUINO et al., 1989, p. 33).

Na França, o poder real e absoluto evoluiu devagar mas progressivamente durante todo século XVI. As guerras religiosas, que afetaram o pais fortemente (Exemplo: A Noite de São Bartolomeu), atrasaram a evolução do poder absolutista francês. Foi, somente no século XVII, que o Estado Nacional e o Absolutismo atingiram seu apogeu.

O governo de Luís XIII foi extremamente importante para o longo reinado de Luís XIV e para seu apogeu absolutista, pois o início de seus reinado ficou sobe os cuidados de sua mãe, Maria de Médicis. A matriarca repassou as tarefas reais ao Cardeal de Richelieu, que para tornar o poder real mais forte decidiu impugnar de

vez os protestantes, afinal era um empecilho para o Estado desde o século anterior. Além do objetivo de combater os protestantes, Richelieu tinha como metas consolidar o Absolutismo, melhorar a política externa francesa e tornar o mercantilismo uma prática comercial.

Na luta pela consolidação do Absolutismo, o Cardeal combateu qualquer oposição ao poder real. Já em busca do Mercantilismo, favoreceu a construção naval, a melhoria de portos, bem como a criação de companhias de comércio, que impulsionou a colonização na América. Externamente procurou consolidar o poderio francês, intervindo no conflito tcheco-alemão, a Guerra de Trinta Anos (1618-1648). Apesar de sua morte em 1642, e de Luís XII em 1643, a estratégia de Richelieu de intervir no conflito foi de grande sucesso, pois, já então no governo de Luís XIV, o Cardeal regente, Mazzarino, consolidou a hegemonia da França na Europa com a Paz de Vestfália (1648).

O REI SOL

Luís XIV, ensinado desde criança por Mazzarino para exercer o Estado Francês, foi o melhor e o mais longo exemplo do absolutismo (1643-1715). Conforme Arruda (1990 apud GOTHIER; TROUX, 1959, p. 187), logo que assumiu (1661) o governo, o Rei Sol incumbiu todas as funções de rei e de ministro para si.

[...] “Eu me impus por lei trabalhar regularmente duas vezes por dia. Eu ordenei aos quatro secretários de Estado que

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