Luís XVI, Análise De Pintura

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

JONAS LUAN DIOGO

ANÁLISE DE PINTURA: LUÍS XIV (1701)

SÃO LEOPOLDO

2013

RIGALD, Hyacinthe. Luís XIV, 1701. Óleo sobre tela, 277x194 cm, Museu do Louvre, Paris, França

O que é tema: Óleo sobre tela que retrata o rei absolutista francês Luís XIV.É uma obra de grande tamanho (2,90 m x 1,90 m). O tema da obra é a onipotência dos reis absolutistas e está inserida dentro de todo aparato simbólico no qual se embasava a sociedade de Antigo Regime. Seja pelo adorno das roupas, pela espada na cintura ou pela luxuosidade do palácio, a imagem parece dizer que o rei absolutista tudo pode e nada teme.

Quem é o autor: A obra foi pintada por Hyacinthe Rigaud, um pintor francês de origem catalã nascido em 1659. O autor é conhecido por pintar outros retratos do próprio rei francês e também de outros monarcas europeus.

Onde: Versalhes, França. Atualmente, a pintura encontra-se no museu do Louvre em Paris, capital da França.

Quando: A obra Luís XIV data do ano de 1701 (século XVIII).

Por quê: Luís XVI, rei da França, solicitou este quadro ao pintor Rigaud para expô-lo no Palácio de Versalhes. Luís XIV era um amante das artes e tinha prazer em ser retratado.

Como: A obre foi concluída em um prazo relativamente curto, sendo que Hyacinthe Rigaud levou em torno de seis meses para finalizá-la. Devido a riqueza de detalhes trazida pelo pintor, o rei francês teve que posar doze vezes até que todas as especificidades pessoais fossem retratadas, apesar de a pintura apresentar algumas idealizações.

Para quê: Para ser mais um dos símbolos da autoridade real e da concentração de poder do rei absolutista. Assim, o quadro está inserido dentro da teatralização do poder promovida por Luís XIV, na qual consta também a presença de bustos que representam a figura real.

Para quem: Serem retratados em pinturas era uma prática comum para muitos monarcas europeus. Para Luís XIV, a obra serve para legitimar, de maneira pictórica, o seu governo absolutista. Para os demais membros da corte, é útil para lembrar a posição sublime e intocável do rei.

Contextualização Histórica da Obra (Século XVIII): Como a obra data muito do início do século XVIII (1701) é necessário voltarmos ao contexto histórico do século XVII, quando alguns países europeus estão vivendo o auge do sistema absolutista. Luís XIV, o símbolo de monarca absolutista europeu havia assumido o trono francês em 1661(Sua mãe governou como regente de 1643 a 1651 e o primeiro ministro Mazarino respondeu pelos assuntos do Estado até 1661). Inserido em uma sociedade de Antigo Regime, o governo de Luís XIV é marcado pela ostentação, pela luxuosidade e pela teatralização do poder nas mais diversas formas. Durante seu governo, a França encara importantes conflitos militar: A Guerra Franco-Holandesa (1672-1678); A Guerra dos Nove anos, contra a Liga de Augsburgo ( 1668-1697) e a Guerra de Sucessão Espanhola (1702-1713). A época da pintura do quadro, 1701, Luís XIV encontrava-se na idade de 63 anos, já nos últimos anos de seu reinado. A sociedade da Antigo Regime, embora profundamente desigual, ainda não apresentava desgastes nem maiores contestações. No século XVII, a vida na Europa Ocidental é marcada por uma sociedade altamente estratificada, onde cada indivíduo ocupava seu lugar na sociedade e isto era visto como algo bom, natural e correspondente à vontade divina. O próprio rei francês, inclusive, reina pela vontade de Deus, no fenômeno que ficou conhecido como Teoria do Direito Divino dos Reis.

Análise da imagem: Trata-se de uma obra relativamente fácil de ser compreendida. O centro da imagem é, logicamente, a imponente

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