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Marrocos: Abandono de Marrocos pelos portugueses, são momentos diferentes em relação ao que se passa no Índico

Por:   •  28/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  5.368 Palavras (22 Páginas)  •  157 Visualizações

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Fortalezas de África

Marrocos: abandono de Marrocos pelos portugueses, são momentos diferentes em relação ao que se passa no Índico.

1515: desastre de Mamora (enormes perdas de navios e cerca de 4 000 homens mortos).

Já com D. Manuel no mesmo momento que se atinge o auge da presença portuguesa em Marrocos, começa o declínio. Morte de Bentafufa e mais uma vez cai a pique a presença portuguesa. Emergência do poder ligado à religião islâmica, gera o surgimento dos Saádidas, dinastia que fica com Marrocos e que têm raízes no sul pondo em risco pequenas fortalezas como Santa Cruz do Cabo de Gueir. Novo poder militar começa por conquistar Marraquexe e depois mais tarde o reino de Fez, quando se dá a junção sobre o mesmo poder ou dinastia, havendo uma grande passagem de muçulmanos do reino de Granada para Marrocos, que gerou uma corrente enorme de muçulmanos que fogem para se estabelecerem em Marrocos, que têm uma atitude anti cristã muito forte.

Quadro com vista geral de Ceuta: tipo de fortificação medieval, modelo castelo, baluarte destinado à defesa estática e o que importa é as muralhas serem suficientemente altas para não conseguirem escalar. Actual fortaleza de Ceuta: transformada no final do reinado de D. Manuel, porque a emergência do novo poder em Marrocos, com a junção do reino de fez e de Marraquexe, apoiados pelos Turcos, que lhes fornece artilharia, porque as suas armas eram muito boas, o anterior era em altura muito estreita (baluarte de Safim, bem como a torre adossada à muralha e quadrada, tipo medieval).

Fortaleza de Alcácer-Ceguer e couraça, couraça é dois muros com um baluarte no estremo, onde os navios se dirigiam, entrando pela couraça sem ser atacados pelos inimigos por estarem protegidos pelos muros. Tinha torre de menagem.

Tânger: uma cinta de muralhas com couraça; portugueses adoptaram a couraça; muralhas por toda a cidade.

Novamente imagem da fortaleza de Ceuta, as muralhas dos castelos são em perpendicular, em seguida as muralhas aumentam brutalmente em espessura e em vez de serem muros na vertical, passam a ser inclinadas, para amortizar as balas da artilharia. Também utilização do fosso, com o sistema dos torreões em estrela, as fortalezas em desenhos geométricos e com os torreões destacados em forma de seta ou estrela.

Arzila, construções muçulmanas adaptadas, com a construção da torre no meio.

Os portugueses sempre fizeram as fortalezas ao pé da água, a única que se tentou edificar, foi a da Graciosa com D. João II.

Baluarte de Azamor, D. Manuel sente necessidade de fazer obras nos pontos que controlava, assim manda para o Oriente um conjunto de arquitectos para as fazer. Praça de Azamor, muralha de tipo medieval, e depois baluarte feito por Boitaca/Boytac, baluarte cilíndrico, com atalho até ao rio cortando a cidade em dois, com torneiras antiga bombarda, os canhões chamavam se Trons.

Azamor – pano de muralha e baluarte quadrado e alto. As alterações tiveram pouco impacto, e porque foram feitas com pouco impacto, porque não havia dinheiro, D. Manuel já esta mais preocupado com o oriente do que com Marrocos.

Primeira fortaleza portuguesa no Oriente foi em Cochim (1503).

Vasco da Gama chega a 1498 à Índia. Em 1505, vai levar regimento de vice-rei, inicia-se movimento anual de comerciarem com a Índia, aprofundamento da militarização do Estado da Índia, porque os portugueses não têm produtor para trocar com a Índia, tinha que se levar ou ouro ou moeda para proceder à compra da pimenta e produtos exóticos. Oriente era a zona dos produtos exóticos, raros e caros. Para manter esta estrutura, teve-se que se fazer o Estado da Índia que se vai espalhar por todo o Índico, no sul da Arábia, no oriente africano, na costa do Golfo, Timor, Macau etc. Esta rede do Estado da Índia começa a crescer.

Com a morte de D. Manuel o império oriental português estava delineado, com conquistas de Afonso de Albuquerque entre outras. A posta de D. Manuel vai ser para Oriente e naturalmente começa a descurar o interesse por Marrocos, porque as armadas para a Índia eram muito caras, implicavam um gasto superior àquele que uma população de 300 a 400 pessoas faziam num ano. O reino teve anos em que mandou 13 a 14 naus para o Oriente, sendo que se vê que eram gastos enormíssimos, e assim desde dos primeiros momentos há mercadores estrangeiros como genoveses ou particulares portugueses. São feitas assim opções. D. Manuel não teve que fazer opções, porque começa se a sentir algum perigo em Marrocos sendo prova disso o envio dos arquitectos, o que vai acontecer com D. João III. Na década de 30 o país cai numa crise muito grande, estruturas que começam a falar, neste caso concreto temos  noção  de que essa crise económica financeira, resulta no sentido em que a feitoria de Arguim deixou de ter produção que dava. O negócio de ouro da Mina, que tanto ouro deu em troca de tecidos e assim, começa a dar sinais de fadiga e os centros de produção de ouro começam a esgotar-se ou a ser canalizado PARA outras zonas. A feitoria da Flandres começa também a dar sinais de crise. Apesar da construção e edificação do Estado da Índia, os portugueses não foram capazes de travar que a pimenta fosse transaccionada por outros caminhos. Os locais, e ao nível dos genoveses e assim, começam a fazer rotas alternativas para fugir ao controlo dos portugueses através do Mar Vermelho. Portugueses não conseguiram fazer um bloqueio naval nesses lados. E as especiarias chegam em melhor qualidade do que as dos portugueses. Viagem portuguesa é mais  cara e perigosa do que aquela que é feita através do Golfo Pérsico ou através do Mar Vermelho. Primeiros 10/20 anos os portugueses controlam esses lados mas depois não se consegue controlar nada.

Gera se a crise económica e financeira, também porque o rei tem 4 fortalezas no norte de África totalmente dependentes do continente, bem como dos Açores e Madeira que alimentam o reino, e D. Manuel acrescentou Safim, Azamor e mais outras, mais no reinado de D. João III a fortaleza de Mazagão com planta estrelada, esta é a real fortaleza. Esta com modelos e concepções com arquitectos italianos, é construída sob  ordens de Boytac. Fosso de Mazagão com caminho de ronda muito grande em relação às outras, esta fortaleza nunca foi conquistada, não havendo canhões capazes de o destruir, a única hipótese era fazê-la render pela fome. A Cisterna de Mazagão acumulava a água da chuva para consumir, e ainda tinham a vantagem de ter uma parte virada para o mar estava planeado nenhum navio se conseguir aproximar. Mas construções destas são caríssimas e não era possível fazer em todos os sítios. D. João III 1º momento tem noção que avançar para o abandono das praças era complicado e lhe traria oposição dos fidalgos que viam em Marrocos o local de treinos para serem cavaleiros, era o local para dar acrescentamento ao novo da família, verter sangue em prol do reino significava o acrescentamento do novo da família, algumas tao envolvidas nestes fenómenos morrem geração apos geração em Marrocos, a Índia nesta altura era local de comércio em que os soldados combatiam com pessoas de menos capacidade, portanto não era tao nobre fazer guerra lá.

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