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Michel Foucault

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Por:   •  22/3/2014  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  498 Visualizações

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MICHEL FOUCAULT

Michel Foucault nasceu em 1926 em Poitiers, no sul da França, numa rica família de médicos. Aos 20 anos foi estudar psicologia e filosofia na École Normale Superieure, em Paris, período de uma passagem relâmpago pelo Partido Comunista. Obteve o diploma em psicopatologia em 1952, passando a lecionar na Universidade de Lille.

Em seus estudos de investigação histórica, tratou diretamente das escolas e das idéias pedagógicas na Idade Moderna. Além disso, vem inspirando uma grande variedade de pesquisas sobre educação em diversos países. Foucault desenvolveu critérios de questionamento e crítica ao modo como elas são encaradas. A primeira conseqüência desse procedimento é mostrar que categorias como razão, método científico e até mesmo a noção de homem não são eternas, mas vinculadas a sistemas circunscritos historicamente. Para ele, não há universalidade nem unidade nessas categorias e também não existe uma evolução histórica linear. O peso das circunstâncias não significa, no entanto, que o pensador identificasse mecanismos que determinam o curso dos fatos e os acontecimentos, como o positivismo e o marxismo.

Foucault veio parar na história trazendo grandes polêmicas e alternativas no estudo da história. Ele entendia que o pensamento é modelado por normas e regularidades de que as pessoas não têm consciência, o que vale para a própria definição de hom

em subjacente as ciências humanas. Escreveu diversas obras para a historiografia com temas de discussões diferentes para uma visão mais ampla em diversos aspectos.

Michel Foucault dedicou à História, tanto em seus aspectos puramente metodológicos, quanto em seus aspectos práticos, isto é, de pesquisa. Para ele a História é o acontecimento, marcado pelas táticas e estratégias dos processos de hierarquização, próprias de um jogo. Assim, não faz sentido ensinar/estudar uma História simplesmente centrada nas ações governamentais, políticas e econômicas. A história deve fazer emergir os diversos núcleos de poder, o homem simples e o cotidiano, desse modo, Foucault propõe uma nova abordagem da história. Ele usou de caminhos múltiplos, ou seja, diferentes maneiras para a construção e articulação de seu pensamento. Ele passa pelo campo da história, da filosofia e outros saberes. Uns dizem que ele é filósofo, outros historiador.

Muitos historiadores o criticavam o fato dele não ter mergulhado nos depósitos empoeirados, se misturando com a sujeira dos arquivos, ou seja, era como se quisessem dizer que ele não passou pelos mesmos caminhos que estes historiadores “reais”, que ele até podia brincar nessa área, mas não poderia ser considerado um historiador.

Segundo Foucault (RODRIGUES, 1998), a função da história, é mostrar que aquilo que é nem sempre foi da forma que se têm, como natural. Que se dá na confluência, no acaso dos encontros ao longo da história. E diferente de outros modos de fazer história como, por exemplo, uma história que vai buscar no passado a origem de fatos que explicam o presente e servirão como formas de melhorar o futuro, tendo como ponto para contar essa história acontecimentos envolvendo grandes reis do passado, ou pessoas de status importante em uma dada época como espelho para contar o que se passou em todo momento da história, que chamaremos aqui de História Tradicional; ou mesmo na Nova História dos Annales, que partem de uma problematização do presente para poder construir uma história sobre o passado, os fatos já não estão dados no passado, eles agora são construídos, tendo como objeto o homem no espaço-tempo (RODRIGUES, 2007). O Foucault, em contrapartida, parte para uma análise do que somos enquanto presente.

Foucault parte de um pensamento com bases nietzschianas e heideggerianas, onde não se baseia em essências, que não quer difundir totalidades, esta, juntamente, com a razão tem caráter múltiplo, contingente e historicamente localizado. Isso possibilita a produção de sentidos múltiplos para a história, seja do ser, da verdade ou da experiência. Onde para Foucault a história é uma prática discursiva que produz o real. A experiência em Foucault é uma inquietação que se torna um tipo de ponto de partida para seus estudos historiográficos. Ele faz a historia dos termos, dos enunciados, de categorias de visibilidade e diziabilidade que em cada época instituíram quais

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