TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Mulher Na Idade média

Dissertações: Mulher Na Idade média. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/5/2014  •  1.834 Palavras (8 Páginas)  •  370 Visualizações

Página 1 de 8

A história das mulheres na Idade Média é um tema que foi por muito tempo desprestigiado pelos historiadores, mas, atualmente, por ser rico e pródigo em possibilidades de estudo, vem atraindo muitos estudiosos, inclusive de outras áreas, como teólogos e sociólogos.

Na Idade Média, a maioria das ideias e dos conceitos eram elaborados pelos eclesiásticos. Esses homens possuíam acerca da mulher uma visão dicotômica, ou seja, ao mesmo tempo em que ela era tida como a culpada pelo Pecado Original, a Virgem Maria foi a mulher que deu ao mundo o salvador e redentor dos pecados. Mas, por que os clérigos tinham essas ideias sobre a mulher?

O conceito dicotômico feminino está presente no cristianismo desde sua consolidação. Durante o período de sua afirmação como religião, o cristianismo sofreu um processo de cristalização baseado em uma doutrina ascética e repressora, como reflexo das diversas ideologias presentes nos trezentos anos que levou para se estabelecer. A desconfiança sobre a carne, intrinsecamente ligada à figura feminina, e sobre o prazer sexual era encontrada nas filosofias platônica, aristotélica, estóica, pitagórica e gnóstica. Essas filosofias foram amplamente utilizadas pelos Pais da Igreja (João Crisóstomo, Jerônimo e Agostinho, dentre outros) para dar embasamento filosófico à doutrina cristã.

Os textos desses teóricos do cristianismo foram usados pelos homens da Igreja durante toda a Idade Média e continuam a ser consultados. As mulheres passaram, ou melhor, continuaram a ser consideradas pelo clero como criaturas débeis e suscetíveis às tentações do diabo, logo, deveriam estar sempre sob a tutela masculina. Para propor e estender suas verdades e juízos morais, a Igreja utilizava-se de um veículo eficiente, a pregação e, em especial no século XIII, a que era feita pelos franciscanos, nas ruas das cidades, para toda a população.

Nos sermões feitos pelos pregadores era muito comum o uso do exempla, que eram histórias curtas e que poderiam relatar a vida de um santo ou santa (hagiografia). As vidas de algumas santas, de preferência de prostitutas arrependidas, eram utilizadas nos sermões. Nelas, todas as características que eram atribuídas às mulheres apareciam e eram assim difundidas e disseminadas por toda a Cristandade.

A mulher, personificada em Eva, é a pecadora, a tentadora, aliada de Satanás e culpada pela Queda. Eva concentra em si todos os vícios que trazem símbolos tidos como femininos, como a luxúria, a gula, a sensualidade e a sexualidade. Todos esses atributos apareciam nos exempla. E como forma de salvação para a mulher, eles ofereciam a figura de Maria Madalena, a prostituta arrependida mais conhecida, e que se submeteu aos homens e à Igreja.

Esta concepção da mulher, que foi construída através dos séculos, é anterior mesmo ao cristianismo. Foi assegurada por ele e se deu porque permitiu a manutenção dos homens no poder, fornecia uma segurança baseada na distância ao clero celibatário, legitimou a submissão feminina e sufocou qualquer tentativa de subversão da ordem estabelecida pelos homens. Esta construção começou apenas a ruir, mas os alicerces ainda estão bem fincados na nossa sociedade.

Civilização Bizantina

• Com a decadência da parte ocidental do Império Romano a porção oriental começou a se sobressair;

• A civilização bizantina se efetiva com a transformação de Constantinopla, pelo imperador Constantino, em 330 como capital da porção oriental do Império Romano;

• A escolha da cidade como capital da porção oriental se deveu pela posição estratégica, o que facilitava ao governo local ter um controle sobre as regiões do Império sob sua jurisdição;

• Durou, mais ou menos, mil anos, devido a sua organização política, social e sua localização privilegiada;

• O Império Bizantino se caracterizava pela língua grega, pela religião cristã, o cristianismo na região era, e é, o ortodoxo. O cristianismo foi introduzido na região pelo Imperador Constantino, além do fato de ter sido na porção oriental do Império, que envolvia parte do Oriente Médio, ter sido o local de fundação do cristianismo;

• Economia baseada na agricultura, caracterizada pelo latifúndio e por técnicas de cultivo pouco eficientes;

• Devido à alta taxa de impostos a população não se identificava com o Império, intimamente até ficaram satisfeitos com a queda da porção ocidental, base do Império Romano;

• Política era uma autocracia teocrática, o rei era considerado o representante de Cristo na Terra;

• A vida das pessoas era governada pelas normas religiosas;

• Existiam várias seitas secretas que procuravam reformar os hábitos eclesiásticos como os: Monosofistas: afirmavam a existência divina de Cristo; Iconoclastas: quebravam imagens e discutiam todos os pontos obscuros da religião, como o sexo dos anjos.

À Espera de Deus

Durante a Idade Média duas correntes de pensamento acerca dos novos tempos que surgiriam na Terra, segundo a Bíblia, foram se formando. A corrente dos Milenaristas afirmava que depois de tanto sofrimento, viria um período de mil anos de felicidade em que o sofrimento desapareceria da face da Terra deixando lugar apenas para os prazeres da vida. Seria como se o Paraíso Terral mais uma vez fosse concedido para a humanidade. A outra corrente é a dos que diziam que depois de um período de mil anos em que a Besta estava acorrentada sobreviria sobre a humanidade o Juízo Final, em que todos seriam julgados pelas ações praticadas na Terra, sendo enviados ou para o céu ou para o inferno.

O interessante é que durante os primeiros anos do início do segundo milênio a humanidade não estava muito preocupada com o fim do mundo, as pinturas sobre o juízo final eram relativamente benéficas à humanidade, dando a entender que, no final das contas, todos ou quase todos se salvariam. Na verdade durante o período medieval o que preponderou foi a corrente dos Milenaristas, para os quais o período de prosperidade só começaria quando houvesse um Império que substituísse os reinos existentes levando toda a humanidade a viver um período de paz e amor sob o olhar de Deus. O problema que surgiu daí foi que muitos tentaram apressar a vinda desse Império a fogo e a ferro, buscando a conquista dos reinos tanto na Europa quanto fora dela, você já ouviu falar nas Cruzadas?

Apesar das muitas batalhas para apressar a vinda do chamado, Quinto Império, a todo custo a relação da humanidade – europeus

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.2 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com