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O Classico Bolo De Portugal

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Por:   •  30/4/2014  •  1.188 Palavras (5 Páginas)  •  225 Visualizações

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O Clássico Bolo de Portugal

A História do Pão de Ló

Criado nos conventos portugueses cruzou fronteiras, chegou até o Japão e pode ser considerado o bolo mais tradicional da doçaria portuguesa. Com sua simplicidade, sabe-se que conquistou paladares antes mesmo do século XVIII. O pão de ló é muito querido pelos portugueses, existindo por esse país afora, museu, festas e até uma confraria gastronômica.

O bolo simples, feito de farinha, açúcar e ovos, muitos ovos, leva claras fofinhas que são as responsáveis pela massa levíssima do bolo e justificam o termo "ló", que dá nome à receita. Ló, para quem não sabe, é um tecido finíssimo e delicado. E se os portugueses levam os parabéns pelos deliciosos bolos com nome de pão, por esse mundo além mar existe algumas receitas que fazem lembrar algo que só os portugueses com sua vocação para fazer deliciosos doces poderiam criar. Pode ser chamado de Sponge Cake na culinária da Inglaterra e dos Estados Unidos, na Itália chama Pan di Spagna e no Japão Kasutera ou Castella.

Dizem também que embora a origem do nome seja portuguesa, suas raízes são espanholas descendentes de um biscoito similar ao pão de ló que era preparado nos mosteiros e conventos de Castela na Espanha.O pão de ló estava sempre presente nas mesas dos padres mais abastados, ele era indicado para as dietas de convalescentes, como também era enviado como presente e conforto a famílias enlutadas. Também era oferecido aos condenados à morte junto com um copo de vinho, quando subiam à força.

O pão de ló foi introduzido no Japão, como Pão de Castela onde ficou conhecido como “castella” (pronuncia-se castera) por causa das claras em castelo que são mais firme que as claras em neve, e através do tempo tornou-se um dos doces mais típicos de lá, chamado Kasutera.

Em Portugal existem muitas variedades desse bolo dependendo da região, alguns se tornaram até símbolos regionais, como o de Alfeizerão, o de Ovar, o de Margaride, o Minhoto, o de Mirandela e o de Arouca. Existe em Portugal até o” pão de ló à brasileira”, diferente dos tradicionais por levar menos ovos.

A proporção entre os ingredientes, a forma de misturá-los, e, sobretudo a forma e o tempo como são batidos, é que vem criar a diversidade de pão-de-ló que hoje ainda podemos encontrar. Inquestionável é o sentido fofo que todas as regiões lhe atribuem.

Vejamos agora, uma pequena descrição dos pães-de-ló mais conhecidos. No Minho encontramos a maior variedade. Mas como Pão-de-ló Minhoto tem um bolo fofo feito a partir de mais gemas do que claras tudo muito bem batido com açúcar e a casca de um limão, cerca de uma hora em movimentos a ritmo regular com batedeiras e depois farinha peneirada que é adicionada com ajuda das duas mãos. Estes detalhes dos gestos são ricamente ilustrados no filme “Os Gestos dos Sabores”, executado pela Associação As Idades dos Sabores. Encontramos ainda o Pão-de-ló de Margaride, possivelmente o de maior expansão comercial, cozido em alguidar duplo de barro e revestido de papel. A mesma quantidade de gemas e claras e batidas em conjunto com o açúcar e depois adicionada a farinha em cerca de metade da quantidade do açúcar. Ainda no Minho temos um exemplo diferenciado que é o Pão-de-ló de Vizela que também é chamado de Bolinhol, cujo elemento mais evidente é a sua forma retangular e ter uma cobertura de calda de açúcar, que depois de arrefecer fica branca. Os ovos são batidos em conjunto com o açúcar e depois lentamente se junta à farinha peneirada. Interessantes são as informações que Isabel Maria Fernandes relata no livro Doçaria de Guimarães sobre o pão-de-ló daquela localidade confirmando a sua confeção desde o século XVII. Continuando no norte, temos o Pão-de-ló de Freitas, zona de Amarante, que na sua confecção utiliza dois tipos de farinha. Depois de bater as gemas com o açúcar, batem-se as claras em castelo e adicionam-se ao creme anterior. Depois se junta delicadamente fécula de batata, farinha de arroz e fermento em pó, sendo que o peso é igual para o açúcar, a fécula de batata e a farinha de arroz. Coze em formas redondas barradas com manteiga. De Vila Nova de Famalicão, surgem-nos

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