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O Informante

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Por:   •  20/6/2013  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  261 Visualizações

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Cigarro: Epidemia Global

Iale Clítias

No filme “O Informante” (1999), de Michael Mann, o ex-vice-presidente da Brown & Williamson, Jeffrey Wigand (Russel Crowe), é procurado pelo jornalista Lowell Bergman (Al Pacino) para conceder uma entrevista dando informações bombásticas contra as indústrias tabagistas ao programa “60 Minutos” da rede americana CBS.

Enquanto os “sete anões” (apelido dado aos diretores das empresas) afirmavam que a nicotina não viciava, Jeffrey declarou que eles não apenas sabiam da capacidade entorpecedora da nicotina, como também aplicavam aditivos químicos ao cigarro para acentuar esta característica.

Este filme chama muito a atenção por tratar deste assunto. Por muito tempo, o cigarro foi considerado como símbolo de status. As propagandas sempre exibiam jovens saudáveis praticando esportes e fumando cigarro para relaxar. O maço de cigarros era apresentado ao adolescente como um passaporte para o mundo adulto, para o sucesso, para a liberdade.

Cânceres de pulmão, colo uterino, laringe e de boca, são algumas doenças provocadas pelo uso contínuo do tabaco. Ele também contribui em grande parte para o infarto e o derrame cerebral. Segundo uma pesquisa divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de cigarros é a mais devastadora causa evitável de doenças e mortes prematuras. “O consumo do tabaco atingiu a proporção de uma epidemia global, provocando, a cada ano, a morte de quatro milhões de pessoas em todo o mundo”, dizia a pesquisa da entidade.

Além da nicotina, um grande número de substâncias tóxicas como o alcatrão e o monóxido de carbono estão presentes no cigarro. O monóxido de carbono é idêntico ao gás que sai do escapamento dos automóveis. Ao todo são mais de 4.500 complexos químicos, e só na fumaça há pelo menos 3.000 elementos nocivos. A nocotiana tabacun age no sistema nervoso central e dá um pequeno estímulo no usuário, causando relaxamento. Porém, prejudica a digestão e causa também o aumento dos batimentos cardíacos entre outros.

O filme faz uma ótima crítica aos fabricantes de tabaco, que mesmo tendo consciência do mau que ele causa, investem fortunas de dinheiro em propagandas e nos melhores advogados para não perderem nenhuma causa de danos morais movida contra eles.

Há outras considerações a serem ressaltadas. Por exemplo, a preocupação de Jeffrey em depor contra Brown & Williamson e perder o seguro saúde, já que sua filha mais velha sofre de asma e, nos Estados Unidos, saúde custa muito caro. Aqui podemos abrir um paralelo em relação ao Brasil. Os planos de saúde, aqui, também são caros. Para uma família com quatro componentes, por exemplo, são gastos em média R$ 400 mensais. Ou seja, apenas pessoas que pertencem às classes A e B podem dispor deste valor mensal para cuidar da sua saúde. A maioria fica, infelizmente, dependendo do Sistema Único de Saúde (SUS).

São poucos os filmes que abordam o tema saúde pública. Vivemos hoje numa era em que cuidar da saúde é questão de prioridade. As escolas gradativamente estão aderindo a lanches mais saudáveis ao invés de refrigerantes e frituras. Os programas de TV abraçaram a causa da saúde abrindo espaço para séries de como

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