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O Levantamento da Legislação de Patrimônio

Por:   •  1/6/2022  •  Projeto de pesquisa  •  6.210 Palavras (25 Páginas)  •  74 Visualizações

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Capela de São Miguel Arcanjo:

Sumário

 Introdução

1.1 Localização

1.2 História

1.3 Tombamento

1.4 Restauração

1.5 Redescoberta de Pintura

1.6 Levantamento da Legislação de patrimônio

1.7 Turismo Cultural

1.8 Justificativa da escolha

1.9 Motivo da preservação

1.10 Recuperação da história do patrimônio

1.11 Preposição da forma de utilização como atrativo

1.12 Discussão sobre conflitos com interesses econômicos

1.13 Região leste paulista: uma diversidade de patrimônios históricos

Pelos dados da comunidade local e da administração pública, São Miguel Paulista, bairro da Zona Leste da cidade de São Paulo, possui aproximadamente quatros séculos de existência, um aldeamento indígena que foi fundado pelos padres jesuítas. Aldeamento de São Miguel de Ururaí foi se desenvolvendo, tornando-se um espaço de defesa para São Paulo de Piratininga, local de descanso para quem por ali passava e centro de catequização dos jesuítas, núcleo importante para o processo de evangelização. Os aldeamentos indígenas em São Miguel de Ururaí, surgiram após os anos de 15601, foram o início dos aldeamentos indígenas. Theodoro e Ruiz citam que “os conflitos com os índios se tornaram tão violentos que São Paulo quase desapareceu”. (RUIZ; THEODORO, 2004, p. 88)

São Paulo foi marcada pelo uso excessivo da mão-de-obra indígena, daí vem-se os constantes conflitos entre colonos e jesuítas pelo domínio de almas e corpos dos indígenas. A conversão nasce aqui por conta desta necessidade do uso do trabalho indígena e os aldeamentos criados pelos jesuítas, quando de sua expulsão, não serão, mas adaptados a uma nova situação.

São Miguel de Ururaí surge nesse período histórico em que se deu a criação dos aldeamentos pelos jesuítas, em região localizada próxima às margens do Rio Tietê e do Ribeiro Baquirivu, seu afluente. São Miguel está desde o início acompanhando o desenvolvimento da então vila que hoje é cidade. Como passou por diversas situações de ordem de conflitos com os colonos por causa da mão-de-obra indígena. Além disso, em São Miguel formou-se um “considerável núcleo de sagitários, a testa do qual pôs-se Ururaí, irmão de Tibiriça, que levou os trânsfugas de Piratininga para o sítio onde ao depois assentou-se a aldeia de S. Miguel do Ururaí’. (OLIVEIRA, 1897, p. 50). Assim, São Miguel e Pinheiros, surgidos no Planalto de Piratininga, são “os primeiros frutos estáveis de uma reorganização dos quadros tradicionais, feita a partir de São Paulo, no cenário dos atritos entre colonos e indígenas, e sob a orientação dos jesuítas”. (PETRONE,1995, p. 115).

Os colonos se desentendiam com os jesuítas para adquirirem índios que pudessem trabalhar de forma forçada. Nos aldeamentos quem fazia as negociações eram os padres, e os colonos ficavam subordinados a essa situação que causavam o descontentamento indígena resistindo culturalmente. Os primeiros indígenas que viveram em terras a leste de São Paulo pertenciam à família de Tibiriçá, a partir de Piquerobi enquanto cacique de São Miguel de Ururaí. Após a desarticulação e transferência do Pelourinho de Santo André da Borba do Campo para a Vila de São Paulo de Piratininga, fato ocorrido em 1560. O nome Ururaí é de origem indígena e significa rio dos lagartos, sendo Piquerobi irmão de Tibiriça, sabidamente líder indígena aliado aos Jesuítas portugueses, é possível que Piquerobi e seus índios tenham aceitados a aliança com jesuítas, se estabelecendo como aldeamento em troca de proteção dos padres e da Coroa, contra-ataques de outras tribos indígenas e de colonos. Não se sabe muito do que tenha ocorrido neste aldeamento entre período de 1560 e 1580, década a partir da qual começamos e ter maior referência Penha de França, ganhando autonomia administrativa no fim do período imperial. A existência da estrada que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo e que passava por dentro da antiga Aldeia de São Miguel. Hoje, a estrada transformou-se nas Avenidas Marechal Tito e São Miguel. Tive como início a chamada “Capela dos Índios”, uma igreja construída no século XVI para o aldeamento de indígenas da região e por isso, muitos de seus moradores caracterizam o bairro como de forte influência indígena. Teve como um dos principais fatores de desenvolvimento as atividades da Companhia Nitro Química Brasileira, do Grupo Votorantim, a partir de 1932, quando passou a receber grande parte de nordestinos que buscavam a região em busca de emprego. Hoje, São Miguel Paulista conta com uma rede de serviços públicos e privados considerável, como escolas, hospitais, comércio e indústrias variadas. A denominação do distrito sofreu sucessivas alterações. A mais antiga referência nominal à região é Ururaí. Com a formação de uma aldeia cristã, surgiu São Miguel de Ururaí. Em 1944, está denominação foi substituída por Baquirivu, mas em 1948, após protestos dos moradores, reapareceu com o nome de São Miguel Paulista.

1.1 localização

Localizada na Praça Padre Aleixo

Monteiro Mafra número 10 (Praça do Forró), no bairro de São Miguel Paulista

[pic 1]

1.2. Historia

Localizada no centro de São Miguel Paulista São Paulo, antigas Terras das aldeias de El Rei de São Miguel de Ururai, as quais eram cuidados pelos jesuítas entre o século V11. Fundada pelo padre Jose de Anchieta, nas terras de Ururai havia um grupo de índios Guaianazes liderados pelo Piquerobi. Estes indígenas haviam saído das imediações do colégio jesuíta em São Paulo. Os jesuítas com o intuito de catequizar os indígenas e trazer para o seu convívio promoveu o evangelismo com os índios fez –se necessário fazer uma igreja simples que levou o nome de São Miguel do Arcanjo de devoção de Anchieta. Construída em 1622, duzentos anos antes da independência do Brasil. É o templo mais antigo datado de todos na cidade de São Paulo. Mas não era só por este motivo que ela foi importante também pela posição estratégica da aldeia situada às margens do Rio Tiete, e a forca dos índios chefiados por Piquerobi, que expulsavam os colonizadores europeus da capitania, eles foram de grande importância na defesa do colégio São Paulo. Os Tamoios também faziam parte do grupo deles, a posição geográfica facilitava a reunião dos núcleos de índios espalhados pela região usavam a igreja como uma espécie de fortificação diante dos ataques dos inimigos.

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