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O Que é Arte

Por:   •  31/5/2018  •  Resenha  •  743 Palavras (3 Páginas)  •  161 Visualizações

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COLI, Jorge. O que é arte. 15 ed. São Paulo (SP): Brasiliense, 1995.

Ana Victoria Gomes do Nascimento de Souza

Página 11 e 12

A arte instala-se em nosso mundo por meio do aparato cultural que envolve os objetos: o discurso, o local, as atitudes de admiração, etc” (COLI, 1995, p.12). Esses elementos, segundo o autor, dão a criação o aparato de arte. Além disso, o local e admiração são associados a exposição e ao público que vai ao local, admirar a exposição.

Porém, esses elementos não servem para delimitar se uma obra é melhor do que a outra, afinal, tais julgamentos são muito pessoais. Ele também não serve para dizer o que é “mais arte ou menos arte”, serve apenas para dar-lhe o nome.

 

Página 13 e 14

Apesar da crítica ser algo pessoal, ela serve para classificar a arte numa ordem de excelência. O conceito de obra-prima vem dessa ideia de classificar, sendo uma obra-prima, uma arte excelente.

Mas o conceito de obra-prima é antigo, e ele nem sempre teve o mesmo significado que tem atualmente. Segundo Coli, os dicionários dizem que obra-prima é a obra perfeita e obra capital, é a produção mais alta de um autor. Porém, no passado, a obra-prima não necessariamente era uma obra inovadora e sim, uma obra que comprovasse o aprendizado de um oficio. Além disso, uma obra-prima era geralmente algo que tivesse utilidade.

A partir do século XIV, os ofícios desempenhados em ateliês, não serviam apenas para produzir objetos mas também para ensinar. O dono do ateliê era, necessariamente, um mestre e ele possuía a matéria prima e os instrumentos de fabricação. Esse mestre ensinava seu oficio para seus aprendizes, que geralmente começavam ainda crianças. Para que esses aprendizes virassem mestres, era necessário que ele apresentasse uma obra totalmente de sua autoria, que pudesse ser considerada perfeita, sendo assim, uma obra-prima.

Logo, de acordo com Coli (1995, p.14):

a obra prima, no passado, era julgada a partir de critérios precisos de fabricação, por artesãos que dominavam perfeitamente as técnicas necessárias. Hoje, os profissionais do discurso sobre a arte possuem critérios mais diversos e menos precisos em seus julgamentos, critérios que não são apenas o do saber fazer

Página 16

Segundo Coli (1995, p.16):

Os discursos que determinam o estatuto da arte e o valor de um objeto artístico são de outra natureza, mais complexa, mais arbitrária que o julgamento puramente técnico. São tantos os fatores em jogo e tão diversos, que cada discurso pode tomar seu caminho. Questão de afinidade entre a cultura do crítico e a do artista, de coincidências (ou não) com os problemas tratados, de conhecimento mais ou menos profundo da questão e mil outros elementos que podem entrar em cena para determinar tal ou qual preferência.

Sendo assim, dar-se a entender que os critérios usados pela crítica são muito pessoais, podendo, uma única arte, ser considerada ruim para alguns críticos e uma obra-prima para outros.

Página 17 e 18

Devido essa falta de consenso crítico gerado por não haverem regras que possam dizer o que é arte boa e o que não é, surgem várias divergências. Para resolver isso, o autor propõe uma solução estatística. Na qual a opinião da maioria seria levada em conta para julgar a qualidade de uma obra de arte. Porém, o mesmo diz que não se chegaria a um consenso, pois sempre há muitas opiniões diferentes sobre as obras de arte. Além disso, o consenso geral (que por vezes pode acontecer), pode mudar ao longo dos anos. O que foi o caso de Van Gogh e Gaunguin, que só passaram a ser valorizados anos após suas mortes.

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