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Parnasianismo e Simbolismo

Por:   •  18/6/2018  •  Seminário  •  921 Palavras (4 Páginas)  •  496 Visualizações

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Parnasianismo e Simbolismo

O parnasianismo é a poesia do período realista, uma vez que, possuem algumas características em comum, por exemplo os dois rejeitam o sentimentalismo excessivo e são objetivos, mas não busca falar sobre os problemas da sociedade. O parnasianismo surgiu na França.

É caracterizado pela objetividade, impessoalidade, ou seja, eles são contra o sentimentalismo excessivo, mas nem sempre os poetas parnasianos conseguem fazer poemas com este critério. No Brasil os parnasianos oscilaram entre a objetividade parnasiana e a subjetividade romântica. Para eles a cultura greco-romana, é considerada exemplo supremo do belo e universal, em suas poesias não costumam discutir sobre temas do cotidiano e recusam os temas vulgares, se importam muito com a estética do poema, buscando rimas raras, correção gramatical e estilística, a métrica perfeita, o vocabulário acadêmico e a preferência pelo soneto, em seus poemas tem intenso descritivismo, vasos, objetos clássico, paisagens, enfim, a pintura de fenômenos naturais e fatos históricos, através das palavras. Por fim, são verdadeiros artesões da palavra.

No Brasil é comum citar a tríade parnasiana formada pelos poetas, Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia. Olavo Bilac foi um dos fundadores da academia brasileira de letra e poeta de enorme prestigio, até hoje um dos mais conhecidos da literatura brasileira, seu estilo demonstra a impassibilidade formal parnasiana, nota-se no conteúdo uma aproximação como o romantismo por um lirismo ora mais intimista, ora mais reflexiva, a sensualidade, o erotismo e o patriotismo também estão presentes na poesia de Olavo Bilac. Alberto de Oliveira foi o mais parnasiano dos poetas uma espécie de líder do movimento sua poesia era descritiva e cultuado-ra dos modelos clássicos, mais escrevia em seus poemas taças, vasos ou paisagens do que falar em desigualdade, escravidão ou injustiça social. Raimundo Correia considerado parnasiano muito mais pela forma do que pelos temas abordados, quando tentava fazer poesia puramente parnasiana tornava-se artificial, quando liberava suas emoções compunha poemas de estremo bom gosto, reflexões filosóficas faziam parte de seus versos, além de heranças românticas e grande profundidade filosófica evidenciando pessimismo.

Em resumo o Parnasianismo é um estilo literário exclusivamente poético, onde a maior preocupação é a estética do poema, buscando rimas raras, linguagem culta e palavras rebuscadas, sem expressar sentimentalismo excessivo.

Nota-se que o simbolismo foi marcado por uma visão científica, materialista e racional sobre a realidade. Porém esse foi apenas o seu lado predominante, por outro lado haviam artistas que estavam insatisfeitos com o fato de que tudo podia ser explicado pela ciência. Percebendo assim que o discurso racional não dava conta de explicar todas as questões sobre a existência e complexidade do intelecto humano.

No Brasil surgiu oficialmente em 1893 com o lançamento dos livros Missal e Broquéis de Cruz e Sousa, sendo o Simbolismo uma escola literária contemporânea do Realismo-Naturalismo que significou uma dupla reação.

A reação estética se opunha a objetividade e impessoalidade do parnasianismo, propondo o retorno das raízes subjetivas da poesia. E a reação ideológica é contra o materialismo positivista cientificista que predominava o século 19, colocando-se a favor da filosofia, da metafísica e do espiritualismo;

O simbolismo faz o uso de imagens e símbolos suaves, vagas e diluídas que aparecem fartamente em seus poemas. Os artistas tentam manter uma imagem mística, com a intenção de atingir o inatingível, buscando um sentido para a sua existência e na sua transcendência para outro plano. Fazem o uso de maiúsculas em substantivos comuns para fortalecer o sentido emocional da palavra. A música e o poema apresentam uma relação fundamental, assim ocorre a exploração de efeitos sonoros e é muito comum o uso de aliterações (repetição de sons consonantais). Sendo uma poesia complexa e fechada, exige do leitor uma sensibilidade maior para poder compreende-la. As nuvens, turíbulos, estrelas e constelações são alguns exemplos de símbolos utilizados por eles para explicar o seu estado espiritual. Fazem o uso de sinestesias, que promove a fusão de sensações (audição, olfato, visão, tato, etc.) para explicar aquilo que não se pode descrever objetivamente. Podem apresentar uma atitude escapista, sendo considerados nefelibatas (pessoas que vivem nas nuvens), por gostarem da viagem interior ou cósmica e se oporem aos limites do mundo material. Os simbolistas se interessavam pelas áreas até então desconhecidas da mente humana, como sonhos e alucinações. E tinham atração pela morte, temas macabros e ambientes noturnos e misteriosos.

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