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Participação Sócio Politica da Igreja

Por:   •  26/9/2019  •  Resenha  •  1.801 Palavras (8 Páginas)  •  120 Visualizações

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Titulo:Golpe de 1964 no Brasil.

Sub-titulo: Movimento sócio-político da Igreja católica.

Resumo

Esse projeto vem para expor a participação da Igreja na ditadura militar, compreender como a Igreja atuava para movimentar os civis e argumentar contra o até então presidente João Goulart. Projeto focara em priorizar a interação sociopolítica da igreja, apontando como base para tal feito à Comunidade Nacional dos bispos do Brasil (CNBB) para as mudanças desse conflito e aceitação da população para um novo Regime. Podemos apontar um desses motivos para uma “nova” expansão de setores da Igreja, foi à perda de adeptos da religião, culpando até mesmo o governo aqui citado, juntamente como a elite e os militares, apontando João Goulart de ateu e até mesmo que seu governo era comunista.

As mídias também ajudaram muito na movimentação da Igreja e do Militares para tal feito, pois até então Goulart ira criar projetos reformista, porem uma das suas reformas movimentava alguns leis agrárias; mexendo diretamente com a elite, a mesma que nesse mesmo projeto, colocara o militares no poder e começa a ser censura, contrariada e caçada e para os meados da ditadura ela começa e ser contra o governo que ela mesma colocou lá. Mesma postura  será tomada pela Igreja numa tentativa de se legitimar.

Comprovaremos nesse projeto a presença de país dando influência para o acontecimento do golpe. Essa mesma interação pode contar com agentes da CIA (Central Intelligence Agency), o mais conhecido entre todos que eles  o padre Patrick Peyton, que se sabe hoje que era um agente da CIA. Ele que liderou uma das mais famosas marchar popular antes da ditadura se instalar a “marchar da família com Deus pela Liberdade”.

Podemos deduzir então, que Igreja Católica esteve muito presente nas mudanças políticas que o Brasil passara. Ela foi fundamental para a chamada da população para “conscientizar - lá”, colocando teorias que o governa de João Goulart era ateu e comunista, usado isso como artifício para sua participação. Porém nada disso séria possível também sem ajuda de pessoas infiltradas dentro da Igreja, agentes da CIA, a elite contra as reformas e a mídias colocaram informações não verdadeiras, favoreceram para derrubar um governo “comunista”, verdadeiramente um governo reformista, para assim então o regime militar tomar o poder.

Introdução

Para que possamos entender a postura da Igreja em 1964 e seu apóia aos militares e sua postura controversa tempos depois, precisamos voltar um pouco no tempo. Com ás afirmações de Della Cava em “1950 a Igreja passava por um momento de perda de adeptos, principalmente jovens, esses mesmo jovens optavam pela umbanda ou protestantismo. Podemos usar o conceito de Renato Cacian, que seria uma “crise de vocações”, essa afirmação pode conferir na tabela abaixo:

Tabela 1- religiões no Brasil- 1940-2000

ANO

Católicos

Evangélicos

Outras religiões

Sem Religião

1940

95,2

2,6

1,9

0,2

1950

93,7

3,4

2,4

0,3

1960

93,1

4,3

2,4

----

1970

91,8

5,2

2,3

0,8

1980

89,0

6,6

2,5

1,6

1991

83,3

9,0

2,9

4,7

2000

73,9

15,6

3,5

7,4

Fonte: IBGE- Censos demográficos. (Quadro comparativo por % da população do país).

Como é apresentado nesse projeto, a queda de adeptos da Igreja Católica ocorreu de fato, por objetos da época que não vem ao caso desse projeto. Então a Igreja como resposta ampliou seus setores, criando movimentos, comunidades e maiores números de conferências aqui no Brasil, aqui já citamos uma delas, que é a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Mesmo sendo adepto ao movimento do regime militar, seu total núcleo não era a favor de uma tomada dos militares. Porém em uma conferência desse mesmo órgão que ocorreu nos dias 27 e 29 de maio de 1964, bispos e arcebispos declaram seu apoio ao regime milita. Uma declaração de Denise Rollemberd e Samantha Quadrat:

Atendendo à geral e angustiosa expectativa do povo brasileiro, que via a marcha acelerada do comunismo para a conquista do Poder, as Forças armadas acudiram em tempo e evitaram se consumasse a implantação do regime bolchevista em nossa Terra. Logo após o movimento vitorioso da Revolução, verificou-se uma sensação de alívio e de esperança, sobretudo porque em face do clima de insegurança e quase desespero em que se encontravam as diferentes classes ou grupos sociais, a Providência divina se fez sentir de maneira sensível e insofismável (ROLLEMBERG e QUADRAT, 2010: 53).

Declaração de apoio continua:

De uma à outra extremidade da pátria transborda dos corações o mesmo sentimento de gratidão a Deus, pelo êxito incruento de uma revolução armada. Ao rendermos graças a Deus, que atendeu às orações de milhões de brasileiros e nos livrou do perigo comunista, agradecemos aos Militares que, com grave risco de suas vidas, se levantaram em nome dos supremos interesses da Nação, e gratos somos a quantos concorreram para libertarem do abismo iminente. (ROLLEMBERG e QUADRAT, 2010: 53).

Podemos ver no dia em questão a CNBB se declarou fiel a causa contra a     “acelerada marcha comunista para a conquista do poder”, para a assim o regime ter totalidade no poder.

O projeto declara também, que mais duas pessoais foram importantes para a vitoria dos militares contra o “presidente comunista”. Vejamos na passagem de Chiavenato quem foi e suas contribuições:

O clero conservador acreditava que as reformas levariam o Brasil ao comunismo [...]A campanha religiosa contra o governo foi desencadeada pelo cardeal do Rio de janeiro, Dom Jaime de Barros Câmara. Na sua cruzada anticomunista , ele trouxe  das filipinas o padre Patrik Peyton, que,sabe-se hoje, era agente da CIA, um especialista em “levantar” as massas católicas contra o “comunismo ateu”,em nome da Virgem Maria[..]. O padre Peyton não só era agente da CIA como as varias marchas, promovidas em 1964 por associações femininas católicas, foram financiadas por empresas norte-americanas e pelo o departamento de Estado dos Estados Unidos [...]. Em São Paulo, no dia 19 de março (seis dias após o comício das reformas) 500 mil pessoas saíram às ruas protestando contra o governo [...] foi a Cruzada pelo Rosário, do padre Peyton. E entre os que lideravam a marcha ia o governado Ademar de Barros, com o rosário nas mãos em desagravo à Virgem, Maculada pelo ”comunismo ateu” dos reformistas.

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