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AÇÃO PELA IGREJA NA POLÍTICA DA INCLUSÃO SOCIAL BRASILEIRA

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Por:   •  4/11/2014  •  Monografia  •  2.580 Palavras (11 Páginas)  •  362 Visualizações

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A ATUAÇÃO DA IGREJA NA POLITICA DE INCLUSÃO SOCIAL BRASILEIRA

Resumo Uma sociedade plural, inclusiva e participativa de política de inclusão social tão difundida na mídia como fator preponderante para a valorização da pessoa humana necessita priorizar ações que abarquem também as relações de afeto, de caridade, de doação de si próprio ao bem daqueles que dele podem ter auxilio, um dever natural de todo ser humano ou ainda dar ênfase maior nas escolhas do que em sentimentos. Não basta apenas se comover diante de uma criança que passa fome, é necessário agir. Assim sendo o que é melhor para mim deveria ser o melhor para o outro, visto que o homem é transformado e transforma, organiza e oportuniza troca de conhecimentos, de relações, culturas e vivencias. Nesse contexto de descaso de parte das autoridades diante dos problemas sociais, religiosos, éticos que afligem a população brasileira a igreja oferece um novo paradigma com alternativas inovadoras para a valorização da vida, da dignidade, cumprindo seu papel enquanto instituição social, formadora na fé e no amor. A igreja vem a ser uma das colaboradoras, construtora das relações da pessoa com o outro e consigo próprio.

Palavras-chave: Inclusão social. Fé. Amor. Igreja.

INTRODUÇÃO

Cenas de uma realidade brasileira que comumente é noticiada: pessoas usando drogas ou álcool, pedintes nas calçadas, crianças em risco social, famílias sem terem um lar ou morando em condições mínimas. Essas realidades nos fazem refletir sobre a natureza humana, o que o poder público está fazendo para sanar ou amenizar situações como estas, o que posso fazer enquanto cristã para auxiliar na transformação das relações de violência física ou moral, como despertar talentos nesse mundo tão desenfreado pelo poder e ter e não pelo ser? Portanto, este tema tão importante e pouco difundido trata sobre algo que enfoca a condição humana, nossas relações conosco e com os outros.

O bem comum difundido na igreja remete a uma sociedade para todos a começar pelos espaços eclesiais, assim como esclarece o que é igreja, assim esclarece a finalidade de toda instituição que colabora e prioriza o que determina o Art. 3º da Constituição Federal promulgada em 05/10/1988, tendo como objetivos fundamentais do nosso país:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Nesse sentido, a igreja é evidenciada como uma das incentivadoras de inclusão social, com ênfase em conceitos como o bem comum e ações voltadas para a dignidade humana, sendo Cristo precursor da eliminação de barreiras sociais e a pessoa que verdadeiramente viveu o amor em sua plenitude. Tudo na igreja deve ser voltado para atender o outro sem intencionar qualquer vantagem. Nessa perspectiva, desde o mais humilde serviço deve ser voltado para atender dignamente a pessoa humana e ve-la com olhos cristãos. A vida humana precisa ser construída sobre princípios que não visem o egoísmo pessoal, o poder que esmaga ou, quem sabe, a busca desenfreada do prazer pelo prazer. A pessoa precisa comunicar aos outros e a si mesmo a sua riqueza interior que não tem fundamento sobre o alicerce frágil e arenoso, mas sobre a pedra viva que é Cristo.

Toda a felicidade de nossa vida consiste em descobrir o amor. Algumas pessoas optam por viverem sozinhas, no entanto, o grande ensinamento na vida é ninguém poder viver sem amar ou sem ser amado. Na breve permanência conosco Cristo manifestou um coração capaz de relacionar-se numa amizade profunda com as pessoas, ajudando, orientando, curando, libertando, deu todo seu amor a favor da vida. Ensinou que é necessário descobrir o amor é tornar-se amor a fim de experimentar a verdadeira alegria não ligada as coisas relativas e passageiras desta terra.

Em relação ao Bem Comum, Alceu Amoroso Lima comenta a encíclica Mater et Magistra:

A alma do Bem Comum é a solidariedade. E a solidariedade é o próprio princípio constitutivo de uma sociedade realmente humana, e não apenas aristocrática, burguesa ou proletária. É um princípio que deriva dessa natureza naturaliter socialis do ser humano. Há três estados naturais do homem, que representam a sua condição ao mesmo tempo individual e social: a existência, a coexistência e a convivência. Isto vale para cada homem, como para cada povo e cada nacionalidade.

A constituição assegura a finalidade, o próprio Cristo mostra como devemos fazer para viver o amor. O amor não tem explicação. É uma força maior do que a razão, é vida, atitude e alegria, vivencia de caminhos novos na sociedade insegura e desestruturalizada no mundo do provisório e do interesse, onde grande parte das autoridades não assumem o ideal nem o bem estar espiritual psicológico, cabendo ao ser humano redescobrir a força do ideal somente alcançado por um amor incondicional. A encíclica Mater et Magistra fomenta a ajuda ao próximo como uma questão humanitária e imprescindível na essência humana, um motivo para viver bem consigo mesmo e com o outro e fazer qualquer sociedade melhor.

Quanto a esse aspecto Assmann(2001,p.61) afirma:

O bem comum exige a ruptura com sistemas sociais excludentes e a afirmação de ações, social e cooperativamente construídas, a fim de que nossos conjuntos sociais preservem a solidariedade mínima em situações extremas, nas quais estão em jogo os direitos básicos da corporeidade humana em situações –limite.

Quando observamos na mídia o extremo da pobreza ou situações de calamidade publica que poderiam ser evitadas e percebemos a omissão de algumas autoridades percebemos que para alguns é tão difícil viver os ensinamentos cristãos. Então, a igreja se manifesta e diz não ao descaso publico e busca até com pouco recurso que tem maneiras de resolver situações que não são de sua competência e sim do poder publico.

A politica de S. Tomas de Aquino estabelece a ideia de que o homem é sociável, a partir daí nasce a politica, a ordenação dos homens buscando de forma justa, o seu fim que é o Bem Comum. Nesse sentido, Carlos Cadorna (2002, p.6) justifica:

Pois

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