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Peter Burke

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Por:   •  21/11/2014  •  1.242 Palavras (5 Páginas)  •  455 Visualizações

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Segundo Peter Burke, a história está fragmentada no que diz respeito as suas áreas de atuação. Como, por exemplo, a história econômica encontra-se independente da história social. O autor ainda diz que muitos historiadores econômicos, sociais, culturais e políticos compõem, portanto, essas transformações.

“Atualmente, a verdadeira identidade da história econômica está ameaçada por uma proposta de controle de um empreendimento jovem, mas ambicioso: a história do meio ambiente, às vezes conhecida como eco – história.” Pg. 08

Diante das constantes transformações de um universo que se expande cada vez mais, há uma necessidade de orientação. É nesta dimensão que ele nos chama atenção para a Nova História. Evidentemente que pretendemos tratar destas inúmeras transformações da história de forma superficial, entretanto, com muita seriedade e transparência.

A história nova nasceu na França com estudos: “novos problemas”, “novas abordagens” e “novos objetivos”. Estes estudos contaram com a colaboração maciça de Jacques Le Goff. Algo que contribuiu, e muito, para esse movimento foi a Escola dos Annales, que está associada à revista dos Annales. Evidente que para esta nova história atingir sua existência mais completa, a mesma foi influenciada por grandes pensadores como Conte, Durkheim e outros.

Descrever o significado de história nova é uma tarefa árdua, para Burke. O mesmo, então, resolve relatar esta dimensão começando pelo que não condiz a história nova, da mesma forma que os medievais quando na tentativa de definir Deus.

De acordo com o autor, a tradição histórica sempre se preocupou com uma história nacional ou internacional, excluindo assim a história regional. Outro fenômeno fica por conta da consideração insistente da política como formadora da história. Deste aspecto, podemos dizer que a história tradicional marginalizou muitos aspectos das atividades humanas, pois para a nova história, toda atividade humana é portadora duma história.

O movimento dos Annales tenta compreender o mundo francês, explicar desde a década de 20 até as gerações posteriores, a teoria e a prática do historiados para outros cientistas sociais. De acordo com a obra de Burke, o movimento dos Annales foi dividido em três fases:

1. A primeira parte da apresenta a guerra radical contra a história tradicional, a história política e a história dos eventos.

2. Na segunda parte, o movimento aproxima-se verdadeiramente de uma “escola”, com conceitos (estrutura e conjuntura) e novos métodos (história serial das mudanças na longa duração) dominada pela presença de Fernand Braudel.

3. A terceira parte traz uma fase marcada pela fragmentação e por exercer grande influência sobre a historiografia e sobre o público leitor, em abordagens que comumente chamamos de Nova História ou História Cultural.

Na obra, o autor proporcionava uma viagem através da “história da história”, seus principais escritores, métodos e finalidades de sua escrita, partindo da contribuição antiga até chegarem ao século XX. Trata-se da História da Historiografia na sua longa duração. Considera o autor que, a partir da Revolução Copernicana, com Leopold Von Ranke, a história sociocultural foi remarginalizada. Foi dada ênfase nas fontes dos arquivos, numa época em que os historiadores buscavam se profissionalizar e a história não política foi excluída. O século XIX ouviu vozes discordantes entre historiadores que propuseram uma visão ampla da história.

Historiadores econômicos foram os opositores mais bem organizados da história política. Os fundadores da Sociologia expressavam pontos de vista semelhantes. No início do novo século, um movimento lançado por James H. Robinson, sob a bandeira de “nova história”, defendeu que a história incluía qualquer traço ou vestígio das coisas que o homem fez ou pensou, desde o seu surgimento sobre a terra. Na França, a natureza da história tornou-se objeto de intenso debate e alguns historiadores políticos tinham concepções históricas mais abrangentes. É inexato pensar que os historiadores profissionais desse período estivessem exclusivamente envolvidos com a narrativa dos acontecimentos políticos. Exemplo disso é o economista François Simiand, seguidor de Durkheim, que promoveu um ataque a Charles Seignobos, símbolo de tudo a que os reformadores se opunham. Tratava-se, na verdade, de um ataque aos três ídolos da tribo dos historiadores: político, individual e cronológico.

De acordo com Burke, no final da Primeira Guerra, Febvre idealizou uma revista internacional dedicada à histórica econômica, mas o projeto foi abandonado. Em 1928, Bloch tomou a iniciativa de ressuscitar os planos da revista, agora francesa, com sucesso. Originalmente chamada “Annales d’histoire économique et sociali”, pretendia ser a difusora de uma abordagem nova e interdisciplinar da história, exercer uma liderança intelectual

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