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Por:   •  14/5/2014  •  660 Palavras (3 Páginas)  •  245 Visualizações

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A FORMAÇÃO DO POVO

BRASILEIRO

A população brasileira é formada pela união de diversos povos, isso ocorreu em razão da mistura de diversos grupos humanos (miscigenação) que ocorreu no país. São inúmeras as raças que contribuíram para a formação do povo brasileiro. Os principais grupos foram os povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos. Uma só palavra Nenhum estudo é capaz de abarcar todos os processos e experiências históricas que marcaram a formação do povo brasileiro. Marcados por contradições e conflitos de convivência, constituímos uma nação com traços particulares que ainda se mostram vivos no cotidiano dos vários tipos de “brasileiros” que habitam essa imensa nação.

Em 1584, o padre José de Anchieta avaliou a população brasileira em 57.000 pessoas: 18.000 índios, 14.000 negros e 25.000 "brancos da terra". Esse termo abrangia algumas centenas de portugueses e milhares de mamelucos, filhos de lusitanos com mulheres indígenas. Estas eram as únicas parceiras disponíveis, pois as primeiras portuguesas - três irmãs - só desembarcaram no Brasil em 1551. Além disso, as uniões com as índias forneciam aos portugueses aliados e mão-de-obra. O exemplo mais conhecido foi o do ex-náufrago João Ramalho, que favoreceu a ocupação do planalto de Piratininga. No livro de Darcy Ribeiro (1995) há um testemunho do padre Manoel da Nóbrega, escrito em 1553, que dizia:

Nesta terra está um João Ramalho muito conhecido e muito aparentado com os índios. Ele e seus filhos andam com irmãs e têm filhos delas, tanto o pai como os filhos. Vão à guerra com os índios e as suas festas são de índios e assim vivem andando nus como os mesmos índios.

Desse modo, foram geradas as bases de uma cultura que não era indígena nem européia, mas uma combinação contraditória das duas. Nos séculos seguintes, os indígenas foram dizimados. Com o tráfico de escravos houve a combinação de novos elementos para a cultura e para o processo de mestiçagem brasileira. Com o fim do tráfico de escravos, o governo brasileiro passou a financiar a vinda de imigrantes europeus para o Brasil: a cafeicultura, em constante expansão, necessitava de braços. Entre 1880 e 1940 vieram mais de 4 milhões de imigrantes somente para São Paulo. Levas menores foram para o Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A população de cidades como São Paulo duplicou. No entanto, a grande maioria dos imigrantes foi enganada por contratos que prometiam o paraíso, mas os transformavam no substituto mais barato do escravo negro. Muitos colonos trabalhavam sob feroz vigilância, sem poder deixar as fazendas. Surgiu daí um brasileiro de improviso, que foi expulso da terra natal e violentado em seus sonhos ao chegar à nova terra. Ele sonha em voltar à antiga pátria, mas reconhece que seu lugar é aqui. Cultiva tradições de seu local de origem, mas já o faz de maneira brasileira.

Em meio a tudo isso, poderíamos perguntar: quem são os brasileiros, afinal? Em primeiro lugar é preciso dizer: não são os índios, os negros, os brancos de Portugal ou de outros países. Não se trata de identificar raças, mas sim culturas e modos de organização social. O brasileiro constrói a sua identidade a

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