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Rebeliões Da República Velha

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Por:   •  21/5/2014  •  3.513 Palavras (15 Páginas)  •  252 Visualizações

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Rebeliões na República Velha (1889 a 1930)

1) Guerra de Canudos

Durante o governo de Prudente Prestes, na Bahia no sec. XIX, a população que ouviu muitas promessas de melhorias sociais se viu enganada e não suportando o tipo de vida miserável que levavam, foram buscar refúgio na cidade de Canudos. Essa cidade foi fundada por Antônio Vicente Mendes Maciel, ou Antônio Conselheiro em 1896. As pessoas acreditavam que ele era um milagreiro e isso contribui em grande parte para o crescimento de migrações para sua cidade, fora o fato de que em Canudos tudo era compartilhado e aquilo que não se produzia na cidade era trocado com cidades vizinhas. A vida proporcionada na cidade de Antônio Conselheiro era bem diferente da que a população tinha sob o domínio dos coronéis e o descaso do governo.

Quando o número de fiéis na igreja católica diminui notavelmente e os coronéis se preocuparam pela escassez de mão de obra, eles procuraram e persuadiram o governador a derrubar Canudos.

Canudos era bem armada e protegida, e com isso sua população venceu três dos ataques do governo, porém após três batalhas perdidas, o governador recorreu ao governo federal. Carlos Bittencourt, Ministro da Guerra, enviou uma tropa de 10 mil homens, sob o comando do General Artur Costa, e após um terrível massacre, no qual a maior quantidade de vítimas era de mulheres e crianças, a comunidade de Canudos caiu.

Após um ano de resistência (1896 – 1897), ela foi derrotada em 05 de Outubro de 1897.

2) Revolta da Vacina

No Rio de Janeiro, entre 1902 e 1906, sob o governo de Rodrigo Alves, a cidade enfrentava sérios problemas: pobreza, crescimento desordenado, desemprego, lixo amontoado nas ruas e excesso de ratos e mosquitos transmissores de doenças. Muitas pessoas morriam de doenças como febre amarela, peste bubônica e Varíola.

Com a intenção de modernizar o Rio para que outras nações vissem o novo tempo que se vivia na República, Alves ordenou a demolição dos cortiços e casebres dos bairros centrais, desalojando esses moradores que foram morar em barracões nos morros ao redor dos bairros centrais.

O médico Oswaldo Cruz era o então diretor de Saúde Pública da cidade e iniciou a campanha da vacinação obrigatória contra a Varíola.

As pessoas não entendiam a necessidade de se vacinar para que não ficassem mais doentes, e com isso estourou-se a revolta da vacina. O povo já cansado de tantos problemas se viu obrigado pelo governo a se vacinar e foi contra isso, alguns pregavam que vacinar mulheres era imoral ou que a obrigatoriedade da vacina feria o seu direito de liberdade, etc.

3) Guerra do Contestado

Ocorreu entre os anos de 1912 a 1916, na fronteira entre Paraná e Santa Catarina, numa região contestada (disputada) pelos dois estados. Nessa área, era grande o número de sertanejos sem-terra e famintos que trabalhavam sob duras condições para os fazendeiros locais e duas empresas norte-americanas que atuavam ali.

Os sertanejos de Contestado começaram a se organizar sob a liderança de um “monge” chamado João Maria. Após sua morte, surgiu em seu lugar um outro “monge”, conhecido como João Maria (Miguel Lucena Boaventura).

Reuniu mais de 20 mil sertanejos e fundou com eles alguns povoados que compunham a chamada “Monarquia Celeste”. A “monarquia” do Contestado tinha um governo próprio e normas igualitárias, não obedecendo às ordens emanadas das autoridades da república.

Os sertanejos do Contestado foram violentamente perseguidos pelos coronéis-fazendeiros e pelos donos das empresas estrangeiras, com o apoio das tropas do governo. O objetivo era destruir a organização comunitária dos sertanejos e expulsá-los das terras que ocupavam.

Em novembro de 1912, o monge Jose Maria foi morto em combate e “santificado” pelos moradores da região. Seus seguidores, criaram novos núcleos que foram, combatidos e destruídos pelas tropas do exercito brasileiro.

Os últimos núcleos foram arrasados por tropas de 7 mil homens armados.

4) Levante do Forte de Copacabana

Conhecida como uma das primeiras manifestações do movimento tenentista, o Levante do Forte de Copacabana foi uma das crises da hegemonia oligárquica. Esta revolta foi ambientada no ano de 1922, período em que acontecia a campanha de sucessão ao governo do presidente Epitácio Pessoa. A disputa eleitoral envolveu Artur Bernardes, representante da oligarquia paulista, e Nilo Peçanha, apoiado pelos militares e oligarcas dissidentes do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia.

Derrotados na disputa eleitoral, os tenentes se sentiram profundamente frustrados com a perpetuação de mais um representante das oligarquias. Foi nesse momento que uma série de cartas falsas, supostamente escritas por Artur Bernardes, dirigia várias críticas à ação política dos oficiais do exército. Ao mesmo tempo, havia um descontentamento geral contra o novo governo em uma época em que a população sentia profundamente as mazelas causadas pelo conservadorismo político-econômico dos oligarcas.

Nesse clima de insatisfação geral, alguns militares de baixa patente organizaram levantes em instalações militares do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Niterói. Na verdade, a agitação desse militares somente tomou corpo depois que o marechal Hermes da Fonseca foi preso após criticar o processo eleitoral que garantiu a vitória de Artur Bernardes. Entre os diversos focos de revolta, o mais grave aconteceu na capital, no interior das instalações do Forte de Copacabana, em cinco de julho de 1922.

Controlados sob a liderança de Euclides Hermes da Fonseca (filho do marechal) e Siqueira Campos, os militares amotinados apontaram seus canhões em diferentes pontos do Rio de Janeiro. Segundo relato, a intenção desses revoltosos era de tomar o Palácio do Catete e colocar Hermes da Fonseca como presidente provisório. Nesse meio tempo, os votos da última eleição seriam recontados para que se acabassem as suspeitas de fraude que marcaram aquela disputa.

Temendo o poder de reação do governo, os líderes do Forte permitiram que aqueles soldados que não quisessem participar do levante saíssem do local. De todos os 300 amotinados ali encontrados, somente vinte e oito resolveram permanecer no conforto. Com a imensa deserção acontecida, Euclides Hermes da Fonseca resolveu sair do Forte para tentar negociar com o governo. Após sua saída, foi imediatamente preso

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