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Rebeliões Regenciais

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Por:   •  20/3/2014  •  8.444 Palavras (34 Páginas)  •  241 Visualizações

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TRABALHO DE HISTÓRIA

TEMA: REBELIÕES REGENCIAIS

INDICE

INTRODUÇÃO

Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: enquanto o país era governado por regentes, as diversas forças políticas lutavam pelo poder; o país perdia espaço na concorrência por mercados econômicos e aumentava sua dependência das potências estrangeiras; as reivindicações populares por melhores condições de vida se acirravam, ocasionando revoltas em diversos pontos do país.

Homens livres brancos, mulatos, mestiços, pardos, e negros forros, foram às ruas em busca do direito de participação na vida política e de melhores condições de vida. Por outro lado, esses conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo em torno das Províncias do RJ, SP e MG.

Nesse período ocorreu, também, a expansão da cultura cafeeira na região do Vale do Paraíba, fazendo surgir o poderoso grupo dos "barões do café". Nesse contexto, torna‐se fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro, apesar da pressão inglesa.

Nessa época são criados o Colégio de Pedro II e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com a finalidade de desenvolver uma política cultural para o país.

O agravamento da situação econômica e o anseio das camadas popular e média, por uma maior participação política, vão gerar revoltas em vários pontos do país, sempre esmagadas com rigor pelas forças governistas. Segundo Feijó, era preciso conter "o vulcão da anarquia que ameaçava devorar o império".

DESENVOLVIMENTO

A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835-1845)

Características do movimento. A Farroupilha (assim denominada, depreciativamente, devido à roupa peculiar dos revoltosos), conhecida também como Guerra dos Farrapos, foi um movimento separatista ocorrido no atual estado do Rio Grande do Sul, liderado pelos criadores de gado das fronteiras com o Uruguai.

A fundação da Colônia do Sacramento. A região platina, relativamente ignorada nos primeiros tempos da colonização tanto pelos espanhóis quanto pelos portugueses, tornou-se um pólo de atração graças ao porto de Buenos Aires, por onde escoava a prata peruana. Contrabandistas ingleses, holandeses e luso-brasileiros chegaram à região, apesar do esforço espanhol em coibir o comércio que julgava ilícito. Porém, a rivalidade luso-espanhola na região tornou-se realmente sangrenta depois que a Coroa portuguesa fundou em 1080 a Colônia do Sacramento (atual Uruguai), na margem Oposta a Buenos Aires no rio da Prata.

Paulistas e a preação de índios. Essa iniciativa oficial da Coroa portuguesa baseou-se essencialmente na ocupação militar, mas foi, em seguida, reforçada pela expansão econômica liderada pelos paulistas. No tempo da ocupação holandesa do nordeste, os bandeirantes paulistas atacaram e destruíram as missões jesuíticas espanholas de Itatim e Guairá (Paraguai). Os índios guaranis aldeados, assim capturados, foram vendidos como escravos nos engenhos da Bahia. Por volta de 1626, os jesuítas espanhóis voltaram à região, mas desta vez para se estabelecer no atual estado do Rio Grande do Sul e retomar a sua obra missionária. Mas foram atacados pelos bandeirantes em 1640. Os jesuítas abandonaram novamente a região, deixando para trás o seu rebanho de gado, que, devido à boa pastagem, multiplicou-se rapidamente.

Paulistas e a preação do gado. Retornando ao estado selvagem e em constante crescimento, esse rebanho tornou-se o principal atrativo para novas incursões paulistas na região, que trocaram assim a preação do índio pela preação do gado. Criava-se, desse modo, uma base econômica - a pecuária - para a ocupação e o povoamento do Rio Grande cio Sul. Em 1687, os jesuítas voltaram ao Rio Grande do Sul, Onde fundaram os Sete Povos das Missões. Os índios guaranis aldeados e os colo¬nos espanhóis da Argentina disputavam com os luso-brasileiros o gado do numeroso rebanho da região.

A criação das estâncias. A presença luso-brasileira na região intensificou-se com a descoberta e exploração do ouro em Minas Gerais, no final do século XVII e início do XVIII. De Laguna, Santa Catarina, posto avançado da expansão paulista para o sul, começaram a chegar os preadores de gado para abastecer a região mineira. Por volta de 1719 estabeleceram-¬se em Viamão (perto de Porto Alegre) os primeiros povoadores provenientes de Laguna. Com a ocupação dos campos de Vacaria a partir de 1730, o povoamento luso-brasileiro se intensificou, abrangendo também o litoral e a região das lagoas, com o estabelecimento das estâncias (fazendas de gado). O interesse dos preadores que lutavam com armas em punho pela posse dos rebanhos limitava-se normalmente à extração do couro para a exportação. Porém, a carne não era aproveitada. Foi essa ação contínua e predatória que, ao diminuir o rebanho, obrigou os preadores a se estabelecerem como pecuaristas (estancieiros), passando a investir na criação do gado. Para estimular a ocupação e garantir a posse do território, a Coroa portuguesa adotou a política de distribuição de sesmarias nas terras conquistadas aos espanhóis, para a criação de novas estâncias. Como peça importante dessa política, a Coroa entregou aos estancieiros a chefia das guardas de fronteiras, que eram utilizadas 'nadas, em geral, para defesa de seus interesses particulares. Com isso, muito cedo os interesses regionais das estancieiros acabaram se chocando com os interesses mais gerais da Coroa portuguesa.

As charqueadas. No final do século XVIII, as bases econômicas da ocupação haviam se solidificado com a introdução da indústria da carne-seca, denominada charqueada. Ao que parece, esta foi introduzida por um cearense, José Pinto Martins, nas margens

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