TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Relatório do documentário “O Velho - A História de Luís Carlos Prestes”

Por:   •  6/6/2020  •  Resenha  •  1.616 Palavras (7 Páginas)  •  231 Visualizações

Página 1 de 7

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS[pic 1]

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

    Higor Barbosa e silva

Relatório do documentário “O Velho - A História de Luís Carlos Prestes”

Goiânia

Novembro/2018

CÓDIGO: HGS1137- BRASIL REPUBLICANO

Turma: C01       Prof. Eduardo Jose Reinato

 

Acadêmico: Higor Barbosa e silva

28/10/18 (PUCGO) *

          Neste relatório é desenvolvida uma análise formal, porem crítica, em certos aspectos do documentário "O Velho - A História de Luís Carlos Prestes”, demostrando aspectos históricos do período republicano do século XX.

          O Documentário dirigido por Toni Venturi, produzido em 1997. Que demonstra em termos gerais, a humanização popular da imagem do personagem histórico brasileiro de Luís Carlos Prestes. O conteúdo cinematográfico apresenta uma variada utilização de imagens e vídeos, sobre diferentes aspectos de assuntos da História do Brasil, e que nos mostram a compreender as forças políticas, ideológicas e sociais, que estiveram em conflito no país durante período republicano do século XX. Com uma análise real da vida de Prestes desde o nascimento, em 1898, até sua morte em 1990, narrando sua trajetória de vida social e política. A narrativa do documentário é áudio visual, ou seja, com imagens da época, gravações do período, documentos escritos, cartas, jornais, mapas, propagandas radiofônicas e televisivas que dialogam com a vida de Luís Carlos Prestes, compondo uma narrativa simples de fácil compreensão.

          O documentário como eu disse no parágrafo acima, trabalha diversas linguagens; imagética, sonora, literária entre outras que é narrado através de áudio descrição vídeo- ao de cartas, jornais, vídeos, fotos, documentos etc. Uma característica completa da narrativa da “História Cultural”.

          O presente trabalho é narrado pelo ator Paulo José Gómez de Sousa, sobre Direção de Toni Venturi. A Produção é feita por Renato Bulcão. Os Roteiros por Di Moretti. Elenco principal sobre depoimentos de Luís Carlos Prestes, elenco diverso; Leonel Brizola, Oscar Niemeyer, Eliane Brum, Carlos Heitor Cony, Roberto Freire, Fernando Gabeira, Ferreira Gullar, Fernando Morais, William Waack.

          O filme já começa com imagens vídeo-ais da queda do muro de Berlim em novembro de 1989. Apresentando a euforia e felicidade das pessoas ao passar pelos blocos de concreto derrubado do antigo muro que dividiu a Alemanha dez 1961. Demostrando assim, o reflexo da queda do “império soviético, e o fim de um ciclo, e a fragmentação socialista no mundo. O narrador Paulo José fala a seguinte frase “quando se põe abaixo um pedaço da história, não se tem ideia de como tudo começou”. Após isso as imagens voltam no tempo, em outubro de 1917 em moscou, mostrando a revolução socialista na Rússia. Narrando de uma forma significativa que enfatiza o acontecimento, de que uma nova história começa no século XX, a ideologia nova inédita, utópica, vencida na revolução russa, que mudaria a história do mundo e o destino de Luís Carlos Prestes.

         O contexto inicial do documentário visa a história de Luiz Carlos Prestes de uma forma com certo olhar romântica, em que o roteiro apresentado e tão pragmático que chega a comover aos olhos de quem o assisti. A história surge num canteiro de terra, onde mudas de rosas estão sendo plantadas, são os passados que sucedem o  tempo presente da história contada com metáforas da vida de prestes, com os seguintes capítulos; A Inocência; A Coragem; A Esperança; a Sombra; a Maturidade, e o resto dos anos.

        Nos momentos iniciais do capitulo, Prestes narra sua história. Nasceu em porto alegre em 1898, mais aos seis anos de idade mudou com a família, sua mãe e irmãos para o Rio de Janeiro, aprendeu a ler e escrever com a própria mãe, D. Leocádia Prestes, e foi educado no Rio, em 1915 com 15 anos terminou o curso no colégio militar como Major aluno, depois passou a estudar na escola.

        O documentário nos transporta pra década de vinte no Brasil, coma narrativa de que o Brasil entra na década de vinte com grandes impactos de greves gerais, um importante período de greves e conflitos com acirramento dos regimes socialista e capitalista, disputas políticas dentro do cenário nacional, que aspiravam mudanças em termos ideológicos, popular, cívicos, e históricos, não só no Brasil mais em grande parte do mundo. segundo Napolitano (2017, p. 78) “Ao longo da Primeira Guerra Mundial, Cresceu a classe operária e, com ela, a própria agitação sindical [...] Entre 1917 e 1920 ouve no Brasil um importante ciclo de greves operárias.

         No final de 1917 os bolcheviques, que deram sua revolução na Rússia, fizeram gerar suas influências nos movimentos de greves operárias no Brasil, em são Paulo e no rio de janeiro, grandes núcleos urbanos. Tal influências tiveram grande impacto sobre algumas lideranças operarias. Com isso acabou gerando o PCB (partido comunista do Brasil), fundado em 1922. E também nesse mesmo ano eclode as revoltas tenentistas, promovida por jovens militares, de baixa patentes. Revoltas como no clube militar, no forte de Copacabana e no distrito federal, que foram rapidamente reprimidas pelos tropos governamentais. Mas foi uma revolta com 17 militares e um civil, que marcharam rumo a avenida atlântica no rio de janeiro, numa luta suicida, porem honrada, que no qual foram derrotados mais que deram a raiz do movimento tenentista que espalhariam pelo país. “Este levante militar ficou conhecido como Os Dezoito do Forte de Copacabana, que é considerado a estreia dos tenentes no cenário nacional” (PRESTES,1997, p.70)

        Os movimentos, que se espalharam pelo país até a década de trinta, tiveram vários relatos, que são apresentados no documentário. Sucessivas lutas travadas, nesse período marcante na história de nosso país e na vida de Prestes. As colunas dos tenentes, percorrem o interior do país, até o ano de 1927 e no final acabam–se dissipando e exilando nos países vizinhos, principalmente na Bolívia. Após esse período de luta Carlos prestes se torna uma lenda, um mito revolucionário.

        1929, queda da bolsa de valores de nova York. Crise mundial nos países capitalista. A República do Brasil passou por esse período com enorme crise política e econômica, mas com uma grande transformação no ano seguinte, com a revolução de 30. Prestes que até então estava exilado na Argentina fez parte desse marco histórico da política brasileira. Sendo convidado pela Aliança liberal Junto a Getúlio para o apoio da revolução. Porém o acirramento dos regimes, principalmente o que o Prestes defendia, gerou intriga com representantes da revolução, como o próprio Getúlio Vargas. Prestes então, devido a isso, acaba sendo exilado para Moscou em 1931. Lembrando, que “Os tenentistas foram os representantes das necessidades de mudança e democratização da vida política, expressando os anseios da maioria da população brasileira” (FERREIRA, 2003, p. 66). Após anos no exílio. Prestes volta, e se dedica sua vida a sucessivas lutas e movimentos políticos, que entregar sua vida pessoal à luta pela causa em que acredita, por uma sociedade mais justa de caráter socialista. No desenrolar de sua trajetória, acaba sendo senador pelo Distrito Federal no fim do Estado Novo, após o golpe militar de 1964 e caçado pelo regime com o AI-1. Prestes foi então perseguido pelo regime governamental, mas conseguiu fugir, exilando-se na União Soviética no final dos anos de 1960. Anos mais tarde retorna ao Brasil em 1979.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.7 Kb)   pdf (164.8 Kb)   docx (60.3 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com