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Renascimento Cultural

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Por:   •  17/9/2013  •  4.479 Palavras (18 Páginas)  •  568 Visualizações

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Primeiro grande movimento cultural burguês dos tempos modernos, o Renascimento enfatizava uma cultura laica (não-eclesiástica), racional e científica. Entretanto, embora tentasse sepultar os valores medievais, sobretudos os teocêntricos, apresentou um entrelaçamento dos novos e antigos valores.

Buscando subsídios na cultura greco-romana, o Renascimento foi a eclosão de manifestações artísticas, literárias, filosóficas e científicas do novo mundo urbano e burguês. Tendo inicio no século XV em Florença, a Renascença, se estendeu a Roma e Veneza e, a partir de 1500, ao resto da Europa.

Os seus elementos principais foram a redescoberta da arte e da literatura clássica da Grécia e de Roma, o estudo científico do corpo humano e do mundo natural. O renascimento foi um movimento anticlerical e antiescolástico, pois a cultura leiga e humanística opunha-se à cultura religiosa medieval.

Assim, a partir do século XV encontramos paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como “barbarismo”, “ignorância”, “escuridão”, “noite de mil anos” ou “sombrio”, em suma, era a “era das trevas”.

Inspirando-se, sobretudo, na Antiguidade Clássica, seu elemento principal foi o humanismo. A expressão humanismo refere-se genericamente a uma série de valores e ideais relacionados à celebração do ser humano. O Humanismo levou a concepção do homem como o centro do universo (isto é, o antropocentrismo), o humano ocupando o lugar central atéentão dominado pelo divino e o extraterreno.

O antropocentrismo (do grego άνθρωπος, “anthropos”, “humano”; e κέντρον, “kentron”, “centro”) é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o homem.

É comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média. A transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus a uma outra, centrada no homem.

O homem, na visão humanista renascentista, é visto como empreendedor e capaz, como inventivo e observador, um ser integral que sabe e pode fruir as delícias do mundo e usar o seu corpo, muito diverso do homem medieval, submisso, crédulo, temeroso e ascético. Daí o predomínio da vida ativa e especulativa renascentista sobre a vida contemplativa medieval. Mas as idéias religiosas importantes para o homem medieval, como salvação, redenção, pecado original, não desaparecem, apenas deixam de ser primordiais.

Começaram também a sobressair valores modernos, burgueses, como o otimismo, o individualismo, o hedonismo, o racionalismo, o naturalismo e o neoplatonismo.

Otimismo se caracteriza por ser uma forma de pensamento. É sinônimo de pensamento positivo. No Renascimento ele significa poder fazer tudo sem nenhuma restrição e abertura ao novo.

Individualismo é um conceito político, moral e social queexprime a afirmação e liberdade do indivíduo, especialmente diante à sociedade e ao Estado. No Renascimento, colocava-se como antítese do coletivismo da sociedade feudal medieval. Expressava-se nas obras nos destaques em personagens individuais.

Hedonismo (do grego “hēdonē” que significa prazer) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer individual e imediato o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, na época pós-socrática, e um dos maiores defensores da doutrina foi Aristipo de Cirene.

Racionalismo é uma corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. O Renascimento defendia a razão como fonte de todo o conhecimento humano. Rompia-se com a supremacia da teologia medieval e com a sujeição do homem à fé.

Naturalismo está centrado na observação e representação fiel da realidade e na experiência.

Neoplatonismo foi uma corrente de pensamento iniciada no século III que se baseava nos ensinamentos de Platão e dos platônicos. O neoplatonismo foi revivido na renascença italiana por figuras como Marsílio Ficino, os Medici e Sandro Botticelli.

A Arte Renascentista

As transformações socioeconômicas do final da Idade Média, associadas ao processo de urbanização e ascensão da burguesia, tornaram as concepções artístico-literárias feudais inadequadas.

Redescoberto o mar Mediterrâneo, com as Cruzadas, as cidades italianas de Florença, Veneza, Roma e Milão transformaram-se em grandes centros de desenvolvimento, condições necessárias para osurgimento do Renascimento. Além disso, surgiram na Itália os mecenas, ricos patrocinadores das artes e das ciências, como os Médici, em Florença, e os Sforza, em Milão.

A Pintura renascentista surge na Itália durante o século XV inserida, de um modo geral, no Renascimento. Esta pintura funda um espírito novo, forjado de ideais novos e em novas forças criadoras. Desenvolve-se nas cidades italianas de Roma, Nápoles, Mântua, Ferrara e, sobretudo, em Florença e Veneza (principais centros que possuíam, entre os séculos XV e XVI, condições económicas, políticas, sociais e culturais propícias ao desenvolvimento das artes como a pintura).

As raízes das artes renascentistas resgatam a cultura greco-romana, mas apresenta comumente uma temática mista, onde alguns autores buscam elementos na Antiguidade Clássica (tomadas a partir da cultura e mitologia grega e romana, e dos vestígios quer arquitectónicos quer escultóricos existentes na península itálica) e outros na Idade Média (captadas em sentido evolutivo e sobretudo da obra de Giotto que teve na sua arte do século XIII, o pronúncio dos princípios orientadores da pintura do Renascimento).

No campo artístico, a Renascença promoveu inovações técnicas para representar a realidade. Com novas descobertas artísticas (perspectiva, luz e sombra, o óleo sobre tela), além de outros elementos como o estudo da anatomia, os artistas evoluíram na arte de pintar retratos, paisagens, motivos mitológicos e religiosos. Os grandes destaques da pintura foram Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael eSandro Botticelli, na Itália, Jan van Eyck, na Holanda, El Greco, Grécia e Espanha, e Albert Dürer, na Alemanha.

Os princípios artisticos orientadores das obras renascentistas são:

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