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República Velha

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Por:   •  17/7/2014  •  1.151 Palavras (5 Páginas)  •  199 Visualizações

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Os militares mantiveram-se no comando da República nos primeiros quatro anos de existência do novo regime. Foi o período dos governos dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, de 1891 a 1894.

Em 24 de fevereiro de 1891, foi promulgada a Constituição da República, de inspiração liberal-democratica e que tinha como pontos principais: a divisão e independência dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); o regime federativo presidencialista; voto universal masculino não-secreto, com exceção dos mendigos, analfabetos, soldados e religiosos; igualdade jurídica dos cidadãos (“todos são iguais diante da lei”); direito de propriedade; liberdade de crença, de associação e expressão; laicização do ensino público; separação entre o Estado e a Igreja; autonomia dos estados.

Com a posse do paulista Prudente José de Morais na Presidência, em 1894, o poder passava das mãos dos setores militares para os políticos liberais. A base político-social desses políticos eram as oligarquias agrárias do Sudeste, sobretudo de São Paulo e Minas Gerais, representadas por seus respectivos partidos, o PRP (Partido Republicano Paulista) e o PRM (Partido Republicano Mineiro).

Daí até 1930 foram quase quatro décadas de hegemonia política dos dois partidos, PRP e PRM. A alternância no poder, que consagrou a hegemonia política dos dois estados, ficou conhecida como República do café-com-leite.

Caricatura de Oswaldo Storni, sobre as eleições presidenciais de 1910.

As elites paulista e mineira precisavam de apoio de outros estados para governar. Ao mesmo tempo, os partidos eram organizados de forma regional, em cada estado um grupo controlava o poder.

Durante a presidência de Campos Sales (1898-1902), os acordos tornaram-se um grande pacto de dominação, conhecido como política dos governadores. Tratava-se de um acordo para garantir o controle do poder, onde o presidente dava seu reconhecimento e apoio aos candidatos dos governos estaduais nas eleições regionais e recebia em troca o apoio desses governos ao candidato oficial na eleição presidencial. Além disso, os governos estaduais se comprometiam a eleger bancadas no Congresso Nacional que apoiassem a política do governo federal.

Nas eleições, o voto não era secreto. O eleitor votava sob o olhar do presidente da mesa eleitoral.

Os coronéis eram à base de sustentação política das oligarquias, representantes e beneficiários do governo estadual nos seus municípios. Controlavam a política nas suas localidades com a autoridade recebida do partido republicano, com poderes para obrigar o eleitorado a votar nos candidatos por ele indicado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc). As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.

A vida dos trabalhadores da indústria e dos transportes no começo do século XX era penosa e sofrida. A maior parte de seu tempo era dedicada ao trabalho. As jornadas de trabalho eram de 12 a 16 horas por dia. Aos salários eram mínimos e não correspondiam as necessidades dos trabalhadores.

Em geral toda a família trabalhava inclusive as crianças, que sofriam até espancamentos nos locais de trabalho. Nas fábricas, por exemplo, ocorria o emprego maciço de mão-de-obra infantil, mais barata que a adulta. Muitas crianças empregadas acabavam com membro mutilados pelas máquinas e, assim como os demais trabalhadores, não tinham direito a tratamento médico, seguro por acidentes de trabalho, etc.

Essa situação levou os trabalhadores a reagir. Ainda no século XIX, surgiram associações de auxílio, com o objetivo de prestar socorro a seus membros. Na década de 1870, trabalhadores imigrantes europeus começaram a criar ligas operárias, destinadas a lutar por reivindicações trabalhistas. Nascia assim o movimento operário no Brasil.

Guerra de Canudos

Guerra de Canudos foi um movimento de fundo sócio-religioso, de caráter messiânico, reprimido militarmente, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia. Canudos foi levantado em 1893, perto do rio Vaza-Barris.

Envolveu uma série de fatores como a grave crise econômica e social em que encontrava a região à época.

A situação na região, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais.

Guerra do Contestado

A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla

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