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Resenha Marc Bloch: Apologia Da História Ou Ofício Do Historiador

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Por:   •  5/5/2014  •  725 Palavras (3 Páginas)  •  2.217 Visualizações

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“Ciência do homem no tempo”

Sob o contexto do ano de 1886 nascia na França um dos maiores historiadores do século XX. Marc Léopold Benjamin Bloch atuou como soldado nas duas grandes guerras mundiais, foi professor de história, além de, fundar, com seu colega, a escola de Annales (importante movimento historiográfico).

Em 1944, o mundo – principalmente a europa – vivia em pânico e a maioria das pessoas sofria com a angústia do período da Segunda Guerra Mundial. Marc Bloch, assim como muitos outros judeus neste período, foi capturado, e torturado neste mesmo ano. Ainda que estivesse exposto a esta terrível situação e sob condições complicadas, continuou o seu trabalho como historiador e escreveu o livro ¨Apologia da História ou Ofício do Historiador¨, que hoje é considerado um importante guia para o historiador. Infelizmente, foi assassinado antes de poder terminá-lo, mas, por sorte, o livro chegou ao seu colega Lucien Fecvre, quem publicou-o. Caso contrário, não teríamos acesso a esta importante obra, influente herança que fora nos deixada.

¨Papai, então me explica para que serve a historia¨. Com esta frase, Marc Bloch coloca a dúvida inicial que estará presente em sua obra. Partindo daí, o autor busca a árdua tarefa de esclarecer, com coerentes afirmações, críticas e relatos, a problemática que é a legitimidade da história. Faz uma crítica aos eruditos, principalmente aos positivistas, alegando que sua forma de entender a história era tratada como uma ciência imposta, definida e rígida. Traz como seu ponto de vista, a brilhante ideia de que a história vivia em transição, e era movida por imprecisões, lidando com os acontecimentos em processos de longa duração, tornando então simples, as civilizações e os entendimentos. Outra crítica utilizada pelo autor é em relação à investigação das origens dos fatos. Ele defende que antes de qualquer ação, é preciso compreender os acontecimentos que ocorreram no decorrer do tempo, obtendo a relação entre os fundamentos e as consequências com o tempo presente.

Em relação às características da observação histórica, Bloch compara o historiador com um “investigador que se esforça para reconstruir um crime ao qual não assistiu”. Usa este exemplo para tentar explicar que o historiador não pode obter absoluta certeza sobre os fatos que estuda, alegando que o conhecimento do passado, ao contrário ao do presente, é “indireto”. Como já citado, Marc defendia que, para se compreender o presente, precisamos ter um bom conhecimento sobre o passado. Mas que, para isso, é fundamental a busca do conhecimento através dos vestígios e relatos deixados anteriormente.

Além da dificuldade de acesso e a falta de documentos e vestígios sobre grande parte dos povos antigos, surge ainda, mais um dilema: suas respectivas veracidades. Durante o capítulo três, Bloch revela que a falsificação de documentos era uma prática extremamente comum na antiguidade, e procura colaborar com o leitor, dando avisos sobre como conseguir perceber quando se trata de uma falsa evidência, através de recursos como por exemplo o tipo de escrita usada na época e a que está presente no documento, ou o modelo de linguagem usada, entre outros meios.

Em contrapartida, o autor alega que mesmo que estes relatos sejam falsos, não deixam de perder sua importância

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