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Revolução Industrial

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Por:   •  18/9/2013  •  2.114 Palavras (9 Páginas)  •  673 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial designa um processo de profundas transformações econômico-sociais que se iniciou principalmente na Inglaterra. Em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial. Entre as principais características da sociedade industrial, podemos citar: a organização das mais diversas atividades humanas pelo capital; a predominância da indústria na atividade econômica e o crescimento da urbanização. Vários historiadores têm dividido o processo de criação das sociedades industriais em duas fases, a primeira com duração de 1760 a 1860 e a segunda iniciada por volta de 1860. Com essa revolução surgiram também novas formas de energia, como a eletricidade e os combustíveis derivados do petróleo. A velha Europa agrária foi se tornando uma região com cidades populosas e industrializadas. Com tempo, a Revolução Industrial influenciou profundamente a vida de milhões de pessoas em todas as regiões do planeta.

DESENVOLVIMENTO

Iniciada no século XVIII, na Inglaterra, a Revolução Industrial traduziu-se, em "sentido lato", num processo de modificações estruturais profundas na economia, na sociedade e na mentalidade do mundo ocidental ao longo do século XIX.

Em "sentido estrito", as transformações tecnológicas e económicas foram, porém, a imagem de marca da revolução industrial. Grandes descobertas técnicas, amparadas em novas fontes de energia, motivaram a passagem da manufatura à maquinofactura. A palavra "indústria" passou a ser utilizada para designar o fabrico, em grande escala, oriundo do maquinismo e um país industrializado definiu-se pela percentagem de mão-de-obra e pela riqueza obtida através do sector secundário de atividades.

Obviamente, a revolução industrial não constou de uma única operação, tal como os diferentes países foram afetados em épocas e a ritmos também diferentes. Assim, de 1780 a 1840-50, distinguimos uma primeira revolução industrial, liderada pela Inglaterra: foi a revolução do carvão, do ferro, do algodão e da máquina a vapor, que determinou o desenvolvimento do Capitalismo Industrial. Por volta de meados do século XIX, a revolução industrial está em expansão. É a segunda revolução industrial, do aço, do petróleo, do motor de explosão e da eletricidade, que se espalha pela Europa e atinge a América do Norte e o Japão, entre 1850 e 1914. O Capitalismo Financeiro atinge, então, um ponto alto. Revolução Industrial teve consequências de curto à longo prazo, sendo que uma das mais visíveis e uma das primeiras foi a explosão demográfica devido ao êxodo rural que culminou com o crescimento desordenado das cidades e a exploração dos seres humanos, pois a procura de emprego passou a ser maior que a oferta.

[...] a “explosão demográfica”, parece habilitar-se, na imprensa popular, para a metáfora da mudança ruidosa. Em vista da cacofonia das cidades, sem falar da violência incidental das ruas, o conceito de “explosão” ou “revolução” seria, pelo menos, igualmente adequado. (MOORE, 1968, p 94)

O desemprego concentrou-se nas maiores cidades, o que proporcionava ao empresário capitalista burguês um grande contingente de mão-de-obra que poderia ser explorado por um preço irrisório. A consequência disso foi o avanço do capitalismo, no qual existe uma intensificação generalizada da exploração humana por parte dos emergentes detentores dos novos meios de produção - fato que, por sua vez, gerará inúmeras reações violentas em todo continente europeu por parte dos trabalhadores explorados e desempregados miseráveis. Outra consequência foi o isolamento do ser humano, como um fator psicológico a ser estudado.

[...] a Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo... Pois a nova cidade não era um lar onde o homem pudesse achar beleza, felicidade, lazer, conhecimento, religião e as influências que civilizam a visão e o hábito, mas um lugar deserto e desolado, sem cor, ar ou riso, onde o homem, a mulher e a criança trabalhavam, comiam e dormiam... as novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as pirâmides, mostrando mais a escravização do homem do que seu poder, lançando sua longa sombra sobre a sociedade que tinha tanto orgulho de tais coisas. (HAMMOND apud DEANE, 1969, p 271) “A sociedade pós-industrial, ao estabelecer as bases para a cultura de massas, propiciou ao capitalismo disseminar quase universalmente sua ideologia individualista e pragmática: cada um por si.”

A máquina tinha, inicialmente, a função de facilitar o trabalho. Ela parecia ser a solução de tantos problemas, na medida em que era capaz de produzir o dobro na metade do tempo e, com isso, permitiria viver em condições mais humanas. Acreditava-se que enquanto a máquina produzia as pessoas poderiam conviver mais.

Foi um sonho ingênuo, uma vez que o homem está muito mais apto a conhecer o funcionamento de uma máquina e a sua previsibilidade do que alguém de sua própria espécie ou a si mesmo.

“Uma das formas de disseminar o estado profundo da solidão foi o equipamento televisivo. A mídia sempre foi o braço vitalício do domínio sobre o aparelho social e a televisão foi mero catalisador de um padrão previamente consumado.”

Seguindo as afirmações de Branco, pode-se concluir que no processo de materialização o outro passou a SER estranho. A televisão conseguia reunir toda a família ao seu redor, mas apesar de as pessoas estarem juntas em um mesmo ambiente, suas atenções se dividiam com o aparelho.

As pessoas que viviam em pequenas cidades rurais tinham uma interação pessoal com mais afinidades entre os moradores, pois a maioria se conhecia pelo nome e quase todos sabiam onde moravam e o que faziam. Moore (1968) descreve que nas cidades industriais existe um congestionamento anônimo.

Ele explica que:

[...] existem multidões sem verdadeira interação social, abundando as interações segmentarias ou mesmo transitórias. As chamadas relações secundárias são nominalmente características das relações de emprego e, na realidade, de muitas outras entre o professor e o pai, funcionário

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