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Revolução da Venezuela

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Por:   •  1/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.580 Palavras (7 Páginas)  •  227 Visualizações

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Revolução da Venezuela

O sociólogo Edgardo Lander, professor da Universidade, Central da Venezuela eu dos melhores analistas da realidade venezuelana fez, no inicio de 2007, a seguinte pergunta: “Que futuro, do ponto de vista da pluralidade e da democracia, se espera de um partido cuja criação de decreta dessa maneira?”

No inicio de novembro de 2007, um mês antes do referendo constitucional, Baduel daria uma explosiva entrevista à imprensa, na qual qualificava a reforma constitucional de “golpe do estado.pg 35

Não ficaram claro o motivo do afastamento do general, que foi acusado de traidor pelo governo. Um exagero.

O cardeal Ignácio Velasco ( 1929-2003) ex-arcebispo de Caracas, chegou a assinar o termo de posse de Pedro Carmona. O fato representa uma espinha atravessada na garganta de Chaves. pg 36.

Para o Sociólogo Edgardo Lander, a conseqüência imediata é . o rompimento do mito do dirigente messiânico, seguido por uma massa popular incondicional, carente de capacidade de fazer juízo político próprio. “ Apoiador critico do governo, Lander é rigoroso em sua avaliação:

Produzido de afogadilho, sem debates maiores com a população e apresentada como um pacote fechado, a reforma não empolgou. Pg 37

OPOSIÇÃO E BONANÇA ECONOMICA

E o surgimento de um novo segmento oposicionista como já disse páginas atrás. Perderam força os setores golpistas, remanescentes da trapalhada palaciana de 2002.

Na coletiva da madrugada no dia 3 de dezembro de 2007, no salão Ayacucho, Chaves ainda não digerira por inteiro o amargor da derrota. Ora aceitava o resultado, ora culpava o povo pela situação. Pg 38

“Em uma possível autocrítica, declarou “guerra ao sectarismo” e propôs o retorno do diálogo” com o PCV, PPT [Partido Pátria Para Todos] e as camadas médias e setores da burguesia nacional.

Numerosos são os fatores que contribuem para isso, a começar pelo o presidente, com reconhece Teodoro Petkoff, ter colocado a questão social no centro da agenda institucional.

Mas há um argumento indiscutível a sustentar esta popularidade. É que a vida melhorou para a maioria da população ao longo desses anos.

Entre 2004 e 2007, a Venezuela cresceu a taxas próximas de 10% AP ano, graças aos altos preços de seu principal produto de exportação, o petróleo. O PIB real- descontados os efeitos da inflação- cresceu 87,3% entre seu ponto mais baixo, no primeiro semestre de 2003, e fevereiro de 2008.pg 39

O impacto é enorme, se levarmos em conta que o país tem 28 milhões de habitantes.

Em 2006, as camadas D e E compraram 22% mais que ano anterior.

O controle de preços que o governo empós as diversas mercadorias, em especial aos gêneros de primeira necessidade, tem inibido a produção de maneira sensível. Esta foi uma forma de se tentar deter um processo inflacionário em aceleração. Pg 40

Os portas vozes oficiais, por seu lado, argumentam que a escassez é fruto do aumento do consumo. Passou a importar gêneros de primeira necessidade aos borbotões.

No terreno macroeconômico, o governo contava com reservas internacionais de US$ bilhões, equivalentes a cerca de 15% do PIB, no inicio de 2008. Pg 41

PETRÓLEO, PETRÓLEO, PETRÓLEO

As disputas na Venezuela, ao longo dos últimos cem anos, ocorreram em torno do grande combustível da sociedade local e da economia internacional: o petróleo.

Nem sempre foi assim. No inicio do século XX, a Venezuela era um país agrícola, despovoado e pobre, com reduzida importância do cenário internacional.

A situação não ficaria assim da noite para o dia. Independente da Espanha em 5 de julho de 1811, o país viveu longos períodos de instabilidade durante o século XIX.

Nesse mesmo ano começou a fragmentação de Grande Colômbia, formada por Venezuela, Colômbia e Equador, grande sonho unificador de Bolívar. Pg 43

Mas foi a partir do governo ditatorial do general Cipriano Castro ( 1889-1908)e, mais especificamente, no seu sucessor o também general Juan Vicente Gómez (1908-1935), que o caudilhismo regional foi liquidado e o poder foi centralizado a ferro e fogo.

Gómez assumiu a cadeira presidencial por um golpe palaciano. Seu primeiro ato foi pedir a “proteção” militar norte-americana par estabilizar o governo. A contrapartida foi abrir o país ao capital estrangeiro.

A Venezuela Gomezista deixou para traz as velhas bases agrícolas e adentrou o mundo do petróleo.

Gómez solicitou o vinculo da região com a economia internacional.

OS PRIMEIROS TEMPOS

O petróleo fora descoberto na província de Táchira, em 1878. Pg 44

Apesar de enfrentar mosquitos, doenças topicais e ataques indígenas, as empresas estrangeiras arrancaram do general Gómez uma legislação assegurando estabilidade política, administrativa e fiscal, além de condições definidas de concessões, royalties e cobrança de impostos. Em contrapartida, o Estado seria o inequívoco proprietário das jazidas, além de receber 15% do total produzido. A primeira lei de Hidrocarbonetos data de 1920, O interesse do Estado nas sucessivas disposições legais sobre sua riqueza subterrânea – foram sete até 1938. – estava em buscar uma política orientada possíveis, mediante impostos altos, e uma crescente intervenção e controle do Estado na administração do negócio.

No final daqueles 1920, um poço perfurado pela Shell, no campo de La Rosa, bacia do Maracaibo, começou a jorrar um volume de 100 mil barris. No ano seguinte, a produção se expandiu, com a descoberta do gigantesco campo de Mene Grande.

O general era o maior proprietário individual de terras no país.

Em oito anos o negócio explodiu: de modestos 1,4 milhão de barris, a Venezuela produziria no final da década de 1920, 137 milhões de barris. Já era o segundo produtor mundial, atrás, apenas, dos Estados Unidos. Não havia volta: aquela riqueza negra transformou a pátria de Bolívar numa economia extrativista e importadora de bens industrializados, que fez a delícia das classes dominantes locais, inebriadas, por sua vez, era tudo que as empresas estrangeiras queriam. Pg 45

A Venezuela tinha, em 1926, segundo o censo, 3 milhões de habitantes.

A solida aliança entre as classes dominantes internas- burguesia comercial,

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