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Santo Ofício (Inquisição)

Artigo: Santo Ofício (Inquisição). Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/5/2013  •  2.557 Palavras (11 Páginas)  •  1.036 Visualizações

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Escola Estadual Luis Prisco de Braga

Santo Ofício (Inquisição)

Nome: Andreza Cristina da Fonseca Brás – nº03

Chayene Judith Monteiro Gomes – nº04

Lindaura Soares Pelfino – nº18

Professora: Marilene

Matéria: História da Educação

Curso: Magistério – 1º Período

A CRIAÇÃO DA INQUISIÇÃO

Criada sob o pretexto de preservar a fé católica diante do crescimento das heresias, a Inquisição foi uma das etapas mais sombrias da humanidade e da igreja. Em nome de Jesus muitas pessoas foram perseguidas, torturadas e mortas. Conhecida popularmente como “Tribunal do Santo Ofício”, a inquisição era uma função na Igreja Católica. Na medida em que a igreja foi organizando sua estrutura, estabeleceu também suas regras que com o tempo, foram organizadas no Direito Canônico. Os conflitos internos da igreja deram origem ao policiamento do clero, a investigação disciplinar, mais tarde usado no combate ao que eles chamavam de heresias.

O crescimento do dogmatismo, da coerção e do poder material da Igreja, provocou o surgimento de outras igrejas. Algumas tentavam recuperar a pureza e a austeridade da Igreja Primitiva. As dezenas das chamadas seitas que surgiram pregavam uma nova ética cristã, em oposição à opulência, riqueza e aos desmandos da Igreja Católica, que tinha como meta apenas sua prosperidade econômica. A vida luxuosa de alguns líderes da Igreja Católica fez com que a população menos favorecida não reconhecesse mais a função religiosa dos representantes do clero.

Novas interpretações religiosas passaram a assumir o papel de uma igreja que se distanciava de suas funções espirituais. Foi dessa forma que surgiram diversos grupos como os joaquistas, os beguinos, os flagelados, os humilhados, etc.

A doutrina chamada pela igreja de herética mais conhecida foi a dos Cátaros (puros) ou albigeneses, que se desenvolveu na França, no norte da Itália e norte da Alemanha, durante o século 11. Os Cátaros tinham uma igreja organizada e pregavam uma vida simples em comunidade. Defendiam a castidade, o jejum e o vegetarianismo. Organizavam-se em dois grupos: os fiéis e os perfeitos. Diante da opulência da Igreja Católica, a seita atraiu um grande número de adeptos.

A igreja fez oposição aos Cátaros com a cruzada "Albigenese", que assolou a França durante a primeira metade do século 13. Foi nesse período que as ordens mendicantes dos dominicanos e franciscanos tentaram envolver os “hereges” com o exemplo de pobreza e humildade. Muitos “hereges” eram linchados pela população, e muitos governantes passaram a persegui-los. Dessa forma a Santa Sé (Roma), foi pressionada a oficializar a perseguição aos hereges. Oficialmente as primeiras iniciativas partiram do papa Lúcio III, que amparado pelas recomendações dos concílios de Latrão (1179) e Verona (1184), unificou a repressão às chamadas pela Igreja Católica de seitas heréticas.

As atividades inquisidoras do episcopado se intensificaram com o apoio de diversos reinos contra as doutrinas não autorizadas pela Igreja de Roma. O castigo adotado foi o da fogueira contra o delito de “lesa-majestade divina”, considerado o mais grave crime que poderia ser cometido por uma pessoa.

No entanto, os bispos da igreja não conseguiram controlar a situação. Em 1216, o papa Inocêncio III, elegeu São Domingos de Gusmão, fundador da ordem dos Dominicanos, presidente de um tribunal especial em Toulouse, na França. As decisões do papa tinham como base as determinações do Quarto Concílio de Latrão, de 1215, que estabelecera regras e sustento doutrinário para a Inquisição, que foi chamada de “inquisição delegada”, presidida e executada por membros da Igreja.

Dessa forma outros tribunais foram criados, ligados a Santa Sé. A estrutura definitiva do Santo Ofício foi delineada no concílio de 1229, em Toulouse, e consolidada em 1231, por bula do papa Gregório IX.

A bula Licet ad Capiendos, do papa Gregório IX, datada de 1233, marcou definitivamente o inicio da Inquisição: “onde quer que os ocorra pregar, estais facultados, se os pecadores persistiram em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre dos seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis", autorizava a bula papal.

Os chamados inquisidores delegados, geralmente dominicanos ou franciscanos, passaram a agir com eficácia, embora ainda existisse a ação inquisidora dos bispos. Os tribunais eram subordinados ao papa, mas agiam com relativa autonomia. No entanto tornou-se evidente a necessidade de se criar uma coordenação geral das atividades dos tribunais. Dessa forma, o papa Urbano IV criou em 1263, o cargo de Inquisidor Geral, que passou a controlar todos os tribunais da inquisição.

Apesar de ter sido um instrumento útil e poderoso no combate aos chamados hereges, o Tribunal da Inquisição, por suas ações cruéis e injustas, comprometeu a imagem de uma igreja que pregava caridade, amor ao próximo e justiça. A repercussão de suas atividades e o poder da Inquisição eram muito grandes e se baseavam na idéia implantada a partir do papado de Gregório VII, de que o papa era o representante de Deus na terra. Ele estava no mundo como guarda supremo da fé, para velar pela humanidade, com o poder de intervir nas relações sociais, políticas e religiosas. Qualquer resistência poderia ser aniquilada por ele.

Durante o século 13 a Igreja se encontrava no auge de seu domínio secular. O papa era o senhor dos corpos e das almas, e tinha poder sobre o bem e o mal. Seus emissários, representantes e inquisidores não executavam diretamente as torturas ou sentenças de morte, embora estivessem presentes em todos esses atos. Após os interrogatórios os réus eram entregues ao Estado, às autoridades civis que sob a coação do poder da Igreja, eram obrigados a cumprir as penas determinadas aos réus. Caso contrário, também seriam considerados hereges e submetidos ao tribunal. A pressão era muito grande, pois o papa tinha poder de interditar uma cidade inteira caso seu governante não seguisse suas ordens; o que significaria que, no local os sacramentos da igreja não seriam

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