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Milton Santos

Artigo: Milton Santos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/11/2012  •  732 Palavras (3 Páginas)  •  1.192 Visualizações

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Marcia Aparecida Gobbi, no capítulo “Ver com olhos livres: Arte e educação na primeira infância”, refere-se ao período modernista no Brasil e mostra seus fundadores com uma visão das crianças inspirando as pessoas mais velhas nos processos de criações e na visão do mundo.

Gobbi destaca a potência criativa, a complexidade dos trabalhos realizados pelas crianças e sua capacidade de aprender com elas.

Segundo Flávio de Carvalho “só os verdadeiros artistas nutrem-se de produções das crianças e, talvez, até mesmo assemelhem-se a elas numa aproximação estreita.”

Dentro dos espaços de educação, as crianças acabam por serem destituídas de suas múltiplas capacidades expressivas, de sua criatividade e da capacidade de formular ideias, em favor de uma única linguagem, a leitura e a escrita.

“(...) a escola separa a cabeça do corpo e todas as suas partes, extirpando sua capacidade criadora. Não há nos espaços escolares com tais características, a pesquisa da multiplicidade de expressões, ou, mesmo, a apreciação estética do mundo, o encontro com o fantástico, com o imprevisto, as reações contra a monotonia, constituindo uma cultura minúscula presente nos grupos escolares dos quais falava Mario de Andrade e que reflete a ausência da pluralidade, da imaginação, da curiosidade.” (GOBBI, Marcia Aparecida. p.35. Ver com olhos livres: Arte e educação na primeira infância. In. O coletivo infantil em creches e pré-escolas: falares e saberes. 2007)

Mario de Andrade cria então os Parques Infantis, que tinham propostas opostas ao da disciplina da normalização e normatização dos corpos. A arte e o lúdico faziam parte da rotina diária dos Parques e as crianças deveriam ser ouvidas.

Gobbi cita o autor Staccioli ao falar sobre não enxergarmos coisas cotidianas que estão diante dos nossos olhos e não mais as vermos. Se perdermos nossa capacidade de estranhar um objeto olhado acabamos por perder também a capacidade de ler e dar sentido às formas deixadas pelas sombras.

“...é daí que se origina a preocupação em retomar a presença dos artistas modernistas que provocam, com suas propostas e práticas, nosso olhar, nossas ações nas pedagogias voltadas para a primeira infância, reforçam sempre a idéia de que as crianças criam e expressam a realidade de inúmeras formas e que lhe são próprias.” (GOBBI, Marcia Aparecida. p.46. Ver com olhos livres: Arte e educação na primeira infância. In. O coletivo infantil em creches e pré-escolas: falares e saberes. 2007)

A autora conclui o capítulo dizendo que, a professora, ao colocar em pastas os desenhos criados pelas crianças, acaba por apagar suas expressões, elas devem olhar com olhos livres as produções infantis, valorizando a criança e suas produções capazes de ensinar mais sobre elas e suas vidas.

O filme “Encontro com Milton Santos”, produzido por Silvio Tendler, documentarista brasileiro, apresenta uma contraposição entre “o mundo global como nos fazem ver” do “mundo global tal como ele é”.

O mundo global que nos fazem ver mostra que no sistema capitalista global a pobreza, o desemprego e a fome aos quais passam grande parte da população são vistos como necessários para o avanço técnico econômico. A manipulação, que é realizada através da mídia, nos mostra que a informação seria um bem

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