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TONY JUDT E AS REFLEXÕES SOBRE UM SÉCULO ESQUECIDO

Por:   •  4/7/2018  •  Resenha  •  905 Palavras (4 Páginas)  •  509 Visualizações

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TONY JUDT E AS REFLEXÕES SOBRE UM SÉCULO ESQUECIDO.

Judt faz uma crítica construtiva em sua obra, fazendo uma analise profunda sobre o mal que

ronda o século XXI “o esquecimento”. No capitulo introdutório denominado o mundo que

perdemos, o autor busca resgatar por meio do passado fatos que foram marcantes para a

sociedade, e que de alguma forma, hoje é fácil de ser carregado.

Judt faz uma poderosa observação sobre a futilidade que o mundo se encontra ao relacionar

fatos notórios para a história da humanização, de um certo modo dá ao entendimento que é

dispensado todo o desenvolvimento que passado do século anterior, congelado em

estereótipos tão negativos quanto oportunos, assuntos como “totalitarismo", "globalização"

"neoliberalismo" se tornou tão banal quanto discutir sobre futebol.

No que enseja Judt a fazer meras conclusões sobre tal esquecimento, está ligado ao fato do

mesmo voltar no passado de forma sucinta e observar que no século XIX, a sociedade via o

passado de uma maneira impactante no presente,” O passado penetrava fundo no presente”,

em confirmação o autor exemplifica a obsessão dos europeus pelas lutas e pelo o que

constituía as transformações revolucionárias francesas, dessa forma tudo que que foi

repassado ao longo dos anos como os debates políticos e filosóficos do Iluminismo não foram

dissipados pela revolução. Pelo contrário, na visão de Judt “a Revolução Francesa e suas

consequências foram amplamente atribuídas ao mesmo Iluminismo, que então emergiu para

adeptos e adversários igualmente como fonte consagrada dos dogmas políticos e programas

sociais do século que sucederia”. Isso significa que o passado era mais respeitado em uma

época que a sociedade caminhava junto com o progresso e a revolução.

Em contrapartida, enquanto no século XIX a visão do passado era usada como exemplo para se

ser aplicado no presente, o século XX já emergiu o passado de uma forma menos avassaladora,

menos congruente para os problemas que viriam a surgir, o passado é lembrado mas

vagamente em forma de museus, livros, ruas, dentre outros Judt afirma que o passado tem

uma função especifica apenas lembrar “de coisas que foram feitas e não devem ser

esquecidas, ou de erros que foram cometidos e não devem ser repetidos”.

O autor também faz uma crítica sobre a questão de cada indivíduo, cada povo, cada raça

visualizar seu passado de forma individual, sem olhar para o coletivo, porque hoje a

interpretação “comum” ao olhar para o passado é fragmenta-lo em pequenos pedaços

separados (judeu, polonês, sérvio, armênio, alemão, asiático-americano, palestino, irlandês,

homossexual...) marcado por sua própria vitimização, distinta e afirmativa. Com essa visão, dá

ao entendimento que ao invés de termos um passado compartilhado, estamos nos afastando

cada vez mais dele.

Antigamente o passado era referido como uma ideia de grandeza para ser servido de exemplo,

era visto como uma forma própria para buscar entendimento, e a tomar decisões de profunda

importância agora o passado é somente ligado referência de nossas preocupações presentes,

múltiplas e frequentemente divergente.

É notório as observações de Judt em relação a política a mesma se dissipou, hoje as discussões

são em grande parte ligadas a questões econômicas, não tem existência de novas "metas

sociais" a serem cumpridas, outros pontos fortemente debatidos se tratam a respeito de que a

sociedade esqueceu o significado de guerra, e o desaparecimento dos intelectuais.

É perceptível também um destaque, em razão de Judt descontruir veemente Hobsbawn. O

mesmo consegue retomar de forma sucinta o interesse pela

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