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TRABALHO DE HISTÓRIA

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Por:   •  13/11/2013  •  1.796 Palavras (8 Páginas)  •  229 Visualizações

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Colégio Serrano Guardia

Trabalho

De

História

Nome: Gustavo Ramos Fernandes

Nº 10

8ºB

A família real portuguesa no Brasil

A vinda da família real portuguesa para o Brasil se deu no ano de 1808, após a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte a Portugal.

Essa invasão foi causada porque a França não conseguiu derrotar a Inglaterra em uma disputa militar, fato pelo qual Napoleão proibiu que os países da Europa Continental fizessem qualquer tipo de comércio com os ingleses. Para isso criou um decreto que constituía o “bloqueio continental”.

Dom João não teve alternativa senão fugir com sua família e parte da corte para as terras brasileiras, vieram um total de dez mil pessoas, em 29 de novembro de 1807.

Após sua chegada ao Brasil, dom João decretou que os portos brasileiros fossem abertos para o comércio com todas as nações com as quais mantinham relações cordiais, inclusive com a Inglaterra. Antes dessa decisão o Brasil só mantinha comércio com Portugal e suas colônias.

A família real permaneceu por um mês na Bahia, fazendo melhoras na região,como: a criação da Escola de Cirurgia – que mais tarde tornou-se faculdade de medicina do estado; a criação da Junta do Comércio – virando a associação comercial; a criação do Passeio Público e a construção do Teatro São João – a melhor casa de espetáculos do país.

Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi instalada a sede do governo de Portugal, por mais de treze anos. Com isso, o Rio de Janeiro cresceu muito e o estado obteve novas estruturas.

As principais benfeitorias foram: o Banco do Brasil, a Academia Militar e da Marinha, a Imprensa Régia, a Academia de Belas Artes, o Jardim Botânico, o Museu da Biblioteca Nacional, além de outros museus, bibliotecas, teatros e escolas.

O Brasil, até então, era tido como colônia, mas em 19 de dezembro de 1815, passou a Reino Unido a Portugal e Algarve, tendo suas capitanias transformadas em províncias.

Com o falecimento da mãe de D. João, a então rainha de Portugal, este teve que assumir o trono do país, administrando o mesmo daqui do Brasil, enviando suas ordens através dos mensageiros. Mas em 1820 aconteceu uma revolta em Portugal e D. João teve que retornar ao país, deixando seu filho, D. Pedro I, como Príncipe Regente do Brasil.

Quais as pessoas que vieram

A esquadra composta de 8 naus, 3 fragatas, 2 brigues, 1 escuna de guerra, 1 charrua de mantimentos e mais 20 navios mercantes da marinha portuguesa foi pequena para acomodar as 15.000 pessoas que fogem.

A frota chegou a ser avistada por Junot quando chegou a Lisboa e, daí, vem o dito ficou a ver navios. Muitos nobres que não quiseram fugir, ainda abalados com o Massacre dos Távora na época do Marquês de Pombal, aderem ao inimigo e se apressam a lhe fazer rapapés convidando-o para recepções.

Portugal, já vinha desde a época pós descobrimentos, a perder sua importância econômica e política no contexto mundial, que fora imensa, pois a tenacidade, competência técnica, empresarial e logística que demonstrara, fizera o comércio tornar-se mundial e os lucros e a riqueza foram formidáveis para o país. Dois fatos causam um enorme prejuízo às finanças do reino: a Restauração dos Braganças, após o domínio espanhol de 1580 a 1640, custou muito caro, pois o auxilio inglês significou o casamento da filha de D. João 4o com o rei Carlos 2o da Inglaterra em 1661 e, para isso, houve o dote de 2 milhões de cruzados e a entrega da região de Tanger e Bombaim. A alegada expulsão dos holandeses de Pernambuco, em 1654, que fora o ponto mais rico do mundo colonial português com sua exportação de açúcar atingindo 700 mil arrobas, fez com que, entre 1661 (Tratado de paz de Haia) e 1730, Portugal tivesse que pagar à Holanda, 4 milhões de cruzados de indenização, além de entregar o Ceilão e as ilhas Molucas para a Holanda.

Por conta dessa desastrada política de entrega de patrimônio e perda de renda, em 1800 Portugal já está sem força pois acabara o dinheiro que vinha do Brasil, cujo apogeu foi entre 1750 e 1760, quando se estima que veio uma fortuna, de 2,5 milhões de toneladas de ouro e 1,5 milhões de quilates de diamantes, que ajudou a reconstruir Lisboa destruída pelo terremoto ao tempo de D. José 1o e do Marquês de Pombal cuja energia, dinamismo e autoridade tiraram Portugal da letargia em que estava desde a época pós descobrimento. Portugal era um país em processo de alienação como metrópole autônoma pois começou dando ao inglês condições de igualdade com o português, avançou a ponto de sacrificar nossa indústria em prol da britânica e acabou por concordar em eliminar a lavoura brasileira para favorecer a agricultura das colônias inglesas das Antilhas.

A corte desembarca a 7/3/1808, todos imundos, fedidos, com pulgas e piolhos, no Rio de Janeiro cuja população total era de 60.000 almas, das quais 40.000 escravos negros. A chegada à baía é assim descrita por um viajante da época:

Não existe viajante algum que, tendo visto o Rio, não fale com admiração do magnífico espetáculo proporcionado pela baía da cidade. Esta baía é ainda mais vasta que a baía de Constantinopla, pois tem 5 léguas de extensão por ¾ de milha de largura, é defendida por rochas graníticas de efeito grandioso e poderia acolher todas as frotas do mundo sem amontoamento.

Quais as conseqüências do Brasil tanto para Portugal

Em 22 de Janeiro de 1808, desembarcou em Salvador o príncipe regente de Portugal com sua família e toda a sua corte. Lá foram recebidos com festa e permaneceram pouco mais de um mês.

Uma das principais conseqüências da vinda da família real para o Brasil foi à abertura dos portos para o comércio com as nações amigas, o que pôs término ao antigo pacto colonial que vigorava entre Brasil e Portugal.

Essa decisão foi necessária, pois o comercio estava paralisado desde que os franceses haviam ocupado o porto de Lisboa. Além disso, era a forma com que Dom João pagaria a dívida com a Inglaterra pela proteção contra os exércitos de Napoleão, sendo que tal atitude já havia sido negociada em 1807 em Londres. Além da abertura dos portos, também ficou estabelecido que Portugal permitisse a instalação de uma base naval inglesa na ilha da Madeira

A abertura dos portos

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