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Tempos Modernos

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Por:   •  26/2/2014  •  3.173 Palavras (13 Páginas)  •  265 Visualizações

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Tempos Modernos – O fim do emprego de Carlitos

Por Glauco Cavalcanti para o RH.com.br

Se Chaplin fizesse um filme retratando a realidade do emprego nas grandes corporações, certamente Carlitos não estaria girando nos eixos metálicos das indústrias. Provavelmente seria um homem engravatado sentado em uma baia com um computador à sua frente e uma pilha de papéis ao seu lado.

Com aquele jeito desastrado que só Chaplin conseguia interpretar, o novo Carlitos correria de um lado para o outro com um celular na mão, gritando ao telefone e dizendo para as pessoas que não tinha mais tempo. O tempo que antes era ditado pela velocidade da máquina, agora é comandado pela agilidade das informações e dos acontecimentos. Carlitos seria o exemplo do executivo trabalhador que fez de tudo pela empresa e em um belo dia é demitido e perde o emprego.

Neste cenário melodramático, o desempregado Carlitos acaba ficando sem perspectivas e o dinheiro vai acabando, as opções vão se esgotando e as organizações o rejeitam devido à sua idade. Ele não serve mais, está velho e desatualizado. No final do suposto filme, Carlitos viraria um vagabundo, sentado na calçada pedindo esmola ao lado de seu adorável cão, seu único e verdadeiro amigo nesta sociedade pós-moderna. Agora, por ironia do destino, ambos teriam todo tempo do mundo para pensar na vida, nas pessoas e no fim do emprego.

"A sociedade em que cada qual podia esperar ter um lugar, um futuro direcionado, uma segurança, uma utilidade, essa sociedade - a sociedade do trabalho - está morta" - André Gorz, sociólogo francês.

Embora o cenário que descrevi seja uma sátira aos nossos "tempos modernos", retrata a realidade vivida por milhares de executivos que se deparam com uma sociedade que vive o fim do emprego. Uma sociedade onde a máquina substituiu o homem e os novos modelos de gestão demandam estruturas mais enxutas, criando assim uma legião de pessoas sem trabalhos tradicionais.

Esse artigo tem como principal objetivo levantar questões sobre o paradoxo que existe na nova sociedade sem emprego - quanto mais os seres humanos buscam a segurança, mais se afastam dela. No entanto, o texto não tem a pretensão de responder estas questões complexas, apenas levar o leitor à reflexão.

Para começar o exercício mental, pensemos sobre a origem da busca pela segurança. O que leva uma pessoa a querer trabalhar com horários rígidos, ter um salário mensal e se sujeitar a ter um chefe: será que a família é a base do pensamento focado na segurança? Em seguida refletiremos sobre a nova sociedade sem emprego, buscando entender se existe atualmente segurança dentro das organizações. Existe alguma garantia em uma carreira focada em organizações formais? Por fim pensemos sobre o empreendedorismo e formas alternativas de geração de renda. Será que o empreendedor é o personagem central desta nova sociedade?

Estas três perguntas estão longe de serem suficientes para esgotar um assunto de tamanha complexidade, mas servem de faísca para acender o barril de pólvora que está prestes a explodir. Finalmente, faço uma breve conclusão, trazendo uma opinião própria a fim de expressar meu otimismo frente ao cenário exposto.

Resumo filme tempos modernos

O filme Tempos Modernos é uma crítica a mecanização do trabalho e a desvalorização do indivíduo no trecho mostra Carlitos um operário, num processo quase que mecanizado em que se perde um segundo atrapalha o serviço do segundo individuo responsável pela fixação da peça seguinte.

No trecho é possível também notar a limitação do trabalhador frente às atividades que desenvolviam. Por serem treinados e obrigatoriamente forçados a desenvolver as mesmas funções tornavam-se “profissionais” incompletos limitados a atuar na mesma função sempre.

Segundo os Teóricos mais críticos essa “especialização” dos trabalhadores era vantajosa apenas para os donos das fábricas, pois tinham a cada dia, profissionais mais rápidos e consequentemente mais produtivos. Em contrapartida formavam pessoas insatisfeitas e frustradas, sobretudo em suas vidas pessoais.

A fiscalização constante e a aceleração das rotinas de produção eram pontos abordados pela teoria clássica e também estão presentes no filme. Em determinados momentos do filme torna-se possível perceber a forma negativa como toda essa pressão e cobrança excessiva influenciava a vida dos operários.

Eles passavam a viver as rotinas da fábrica involuntariamente no seu cotidiano, tornando-se pessoas que viviam em função do trabalho e não trabalhavam em função da vida. A preocupação capitalista dos donos das fábricas inviabilizava qualquer possibilidade de humanização das técnicas trabalhistas.

Por serem profissionais de uma única função, os operários tinham nas fábricas seu único meio de sobrevivência, visto que se tornavam obrigatoriamente dependentes das atividades que desenvolviam, pois eram as únicas quais dominavam conhecimento.

A centralização do poder é outra característica que está presente no contexto do filme. As cenas em que mostra o dono da fábrica observando os seus operários pelos monitores retratam além da centralização a impessoalidade que os operários eram tratados.

Contudo no bojo de todos esses fatores e os métodos utilizados pelos clássicos começam a surgir os primeiros estudos de relações humanas, que não foi mencionada no filme, mas que começou a dar os seus “primeiros passos” considerando justamente a situação imposta aos operários pela abordagem clássica.

O filme tempos modernos protagonizado por Charles Chaplin é o “retrato dos ideais capitalistas” e, sobretudo o reflexo dos primeiros estudos do comportamento do indivíduo nas organizações, preferi assistir o filme completo, pois alem de engraçado é muito instrutivo, no entendimento da modernização das relações de trabalho atuais.

Já na moderna gestão de pessoas segundo Idalberto Chiavenato:

“A Gestão de Pessoas é representada pela intima interdependência das organizações e das pessoas.” O contexto da Gestão e Pessoas é representado por pessoas e organizações, se de um lado temos as organizações que precisam das pessoas pra alcançar resultados, do outro temos as pessoas que precisam das organizações para alcançar seus objetivos, da junção temos a moderna Gestão de pessoas. Temos que observar, no entanto que isso depende de varias questões, tais como, a cultura da organização, o ramo de atividade, e tantos outros. Na atualidade, todos os processos produtivos se baseiam na parceria, onde cada parte contribuirá

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